Tenha a gentileza e a ética ao reproduzir os textos originais deste blog ou de qualquer outro, colocar claramente a fonte de onde foi retirado, no início ou na apresentação do texto com um link direto para o texto original. Poucos criam enquanto o restante todo copia.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Vit. D e Autismo - GcMAF e Nagalase:

Por Claudia Marcelino.

Como muitas mães e pais de autistas ao redor do mundo inteiro, eu gosto de ler sobre autismo, estudar e estar a par de todas as pesquisas falando sobre o tema.
Participo de vários grupos de trocas de e-mails e visito páginas e blogs diariamente que tratam sobre o tema, sempre em busca de atualização e respostas de todos os tipos sobre o autismo. Os estudos que mais me interessam são referentes a parte médica da desordem.
Quando acompanhamos as notícias que pipocam na mídia todos os dias, verificamos que elas são tão abrangentes como o próprio autismo, relatam descobertas ou na maioria das vezes, relatam constatação de problemas na área genética, imunológica, gastrintestinal, celular, cerebral... sem levar a lugar algum ou mostrar soluções efetivas que contribuam com o bem estar do autista, que aponte com precisão a origem do distúrbio ou que mostre caminhos para remediar, tratar ou prevenir a síndrome.

A anos acompanhando diariamente as notícias, li alguns artigos falando sobre a falta de vit. D em gestantes como possível aumento de risco de desenvolvimento de autismo em bebês, a incidência aumentada em famílias mais ricas em relação a famílias pobres, a regiões e países frios ou chuvosos e baixa incidência de exposição solar... mas tudo sempre muito vago, sem ligar uma coisa a outra ou ir a fundo nas explicações do porque estes dados seriam importantes. Não dei a mínima importância, afinal, que raios uma vitamina que tem a ver com os ossos estaria implicada no autismo?!

Mas a uns 5 meses atrás quando comecei a tomar conhecimento das novas investidas do Dr. Jefff Bradstreet através do seu blog numa proteína chamada GcMAF, passei a ler cada vez mais sobre o assunto que acaba levando a vitamina D e a cabeça foi fervilhando com tanta informação. Um artigo foi puxando a outro e mais outro e mais outro ... uau! Quanta informação importante! Dr. Bradstreet, um médico DAN dos mais requisitados e com vasta experiência, diz que esta descoberta envolvendo o autismo é o que lhe aconteceu de mais importante nos últimos 15 anos!

E eu fiquei muito surpresa em descobrir que a vitamina D exerce controle sobre o sistema imunológico inato e adquirido, a sulfatação, a expressão genética, a resposta a todo tipo de fator ambiental, o crescimento celular com a diferenciação de células e a apoptose ... simplesmente tudo o que vemos envolvido no autismo. 

O meu objetivo com estas postagens que serão divididas porque o assunto é extenso, é organizar as idéias envolvendo todos os tópicos da vitamina D e suas implicações no autismo, gerar informação para que possamos juntos com nossos médicos, chegar a formas efetivas de tratar nossas crianças e contribuir para a melhora das suas qualidades de vida.
De forma alguma quero transformar a vitamina D numa panacéia curadora de todos os males, mas contribuir de alguma forma para que seu valor e importância no caso seja reconhecido e direcionado de acordo.



Então vamos começar pelo começo: os trabalhos do Dr. Bradstreet com a GcMAF.

Não sei como e nem por quê o Dr. Bradstreet começou a testar seus pacientes autistas para medir os níveis de nagalase.
Nagalase é uma enzima secretada por células cancerígenas. Esta enzima inibe a proteína receptora de vit D que ativa os macrófagos, a GcMAF, de forma que o sistem imunológico não reconheça o perigo deixando-as livres para se proliferarem.
Talvez o Dr. Bradstreet tenha tido o insight de testar seus pacientes autistas porque além de células cancerígenas, vírus, bactérias e fungos também segregam esta enzima nagalase provocando o mesmo mecanismo de inativação de macrófagos. Sabemos que vírus, bactérias e fungos estão intimamente ligados ao autismo. Vírus liberam esta enzima nagalase como uma substância paralisante que permite não resistência para a sua entrada na célula minando a reação imunológica e permitindo a permanência do estado viral.

Com 400 pacientes testados, 80% deles apresentaram altas taxas de nagalase, o mesmo índice de pacientes com câncer e aids! 80% destes pacientes também apresentam baixos índices críticos de vitamina D.

GcMAF e Vit D:

A Proteína Derivadora de Ativação de Macrófagos, também conhecida como Proteína Ligadora de Vitamina D (VDBP), é produzida naturalmente no nosso fígado, em seguida, secretada para a corrente sanguínea. Uma das muitas funções da GcMAF é doar um dos seus muitos açúcares para um macrófago, que, por sua vez, irá tornar-se ativado. Macrófagos (do grego: grande comedor) são células do sistema imunológico responsáveis por destruir, comer elementos patogênicos e estranhos ao corpo além de restos de células mortas, num processo conhecido como fagocitose. No cérebro estas células são chamadas de micróglias. 
Com a proteína ativadora desses macrófagos imobilizada pela nagalase, o cérebro torna-se susceptível a todo tipo de danos por substâncias que não deveriam estar lá.

Neste vídeo tem uma explicação simples de como a GcMAF é desativada por patógenos que ataca as suas moléculas de açúcar:



A GcMAF ou VDBP anda de braços dados com a vitamina D: quanto mais vitamina D, mais VDBP. Deficiência ou níveis insuficientes de vitamina D, níveis insuficientes de VDBP ou GcMAF que ainda na presença de vírus, bactérias ou fungos não os combaterão.

Todas as células cerebrais possuem receptores de vitamina D.
Nosso corpo é uma máquina perfeita e certamente ela deve ser muito importante para a regulação das funções cerebrais.

Nesta palestra do Dr. Carlos Pardo ele explica o sistema imunitário cerebral e o papel das micróglias. Por ser um latino falando inglês, é fácil de entender sua palestra, para quem sabe inglês claro, já que a palestra não apresenta legendas.




Bactérias intestinais produzem uma certa quantia de nagalase. É normal apresentarmos níveis inferiores a 0.8.
Este nível é considerado para bactérias probióticas que as produzem para se manterem vivas e livres de serem destruídas pelos macrófagos.
O interessante é que mães de autistas também apresentam níveis anormais de nagalase. Como sabemos que cerca de 90% das mulheres atualmente apresentam disbiose intestinal, muito provavelmente estes altos índices estão vindo da presença de bactérias patogênicas.
Então aqui já temos dois fatores de risco para nosas crianças:
- Baixos níveis de vitamina D na vida intrauterina com sequência na 1ª infância e flora bacteriana anormal herdada pela mãe.

Assim como a nagalase permite a proliferação de células cancerígenas, no caso de nossas crianças ela está certamente mantendo a inflamação cerebral.
Daí, concluí que a nagalase pode ser um importante biomarcador de inflamação cerebral.

A estratégia do Dr. Bradstreet é suplementar com GcMAF, sim ela pode ser feita em laboratório e, trazer os níves de nagalase a níveis normais utilizando uma proteína que o próprio sistema imunológico fabrica para se defender. Isto indicaria que o sistema imunológico estaria trabalhando corretamente se livrando dos patógenos, se livrando da inflamação e enviando os sinais corretos para o restante do sistema.
A partir daí ele trabalha com trasplante de células tronco na tentativa de recompor os danos que já foram causados.

Este tratamento é caro, experimental, complicado e ninguém sabe no que vai dar, apesar das crianças estarem apresentando respostas satisfatórias. São tentativas de pôr as coisas no rumo. É praticamente inviável para a maioria das pessoas:

- A nagalase só é testada num laboratório na Holanda com filial em New Jersey nos EUA;

- A GcMAF só é vendida na Europa (Holanda) por 660 euros para uma média de 8 aplicações;

- A GcMAF é altamente susceptível a temperatura ambiente o que gera um grande risco no transporte para locais distantes;

- Não temos médicos qualificados para acompanhar o tratamento. Só quem está aplicando este tratamento no autismo é o Dr. Bradstreet.

- A resposta ao tratamento depende da expressão genética dos genes VDR, dependendo das mutações apresentadas pelo paciente é que serão calculadas as doses que deverão ser utilizadas. Isto implica num teste  genético de nutrigenoma, só feito nos EUA, o que significa mais um gasto e de acordo com o resultado, o tratamento pode quadruplicar as despesas de medicação.


Mas... podemos aproveitar boa parte de toda essa história:

- A vitamina D é crucial para o desenvolvimento saudável e prognóstico de nossas crianças. É importante suplementá-la na gravidez e mantê-la em níveis adequados. Há uma grande discussão ainda entre os médicos do que seriam estes níveis óptimos, mas vale a pena se esforçar para descobrir. Os mais comedidos falam entre 50ng/ml a 80ng/ml e os mais entusiastas falam entre 60 e 160ng/ml;

- A GcMAF é produzida pelo fígado. Muitas de nossas crianças estão com o fígado sobrecarregado por deficiência de glutationa, problemas com desentoxicação e sulfatação. Cuidar do fígado e mantê-lo saudável, seria então de extrema importância no autismo;

- Exstem dezenas de tratamentos biomédicos disponíveis e muitas vezes eles são necessários até mesmo para clarear a situação e perceber qual o grande problema da criança, mas não devemos nos distanciar do foco: o que estaria gerando todos os sintomas da encefalopatite autística seriam: vírus, ou bactérias ou fungos, ou até mesmo, tudo junto!

- De acordo com o Prof. Marco Ruggiero, o aspartame pode interromper a função da GcMAF, assim como os corantes carragena E407 e E407a;

- Vitamina C ou curcúma ajudam a implementar o sistema imunológico;

- Faça uma alimentação que beneficie o seu sistema imunológico: alimentação fresca e saudável rica em lipídeos. Fique longe de açúcar, amidos, grãos. Uma dieta alcalina ajuda muito.

Kent Heceknlively, pai de uma menina com autismo que contribui com artigos para o blog "Age of Autism", relata uma experiência muito interessante com sua filha:
Ela não é paciente do Dr. Bradstreet, mas em maio de 2001 ele fez o exame para testar sua nagalase já que ele estava desesperado com uma série de convulsões intensas, ela apresentou um resultado de 3.3 (normal seria entre 0.35 a 0.95).
Para controlar as convulsões, eles iniciaram a dieta cetogênica.
As convulsões diminuíram em 80%, as fezes se normalizaram e ao retestar a nagalase 4 meses depois, os níveis tinham baixado para 1.7, ainda alto, mas com uma grande queda em pouco tempo. Isto levou-o a concluir que uma dieta baixa no consumo de carboidratos exerce controle sobre a carga viral.


Concluindo, mesmo que não tenhamos acesso ao tratamento do Dr. Bradstreet, podemos através das soluções apresentadas, diminuir ou até mesmo cessar o impacto inflamatório no cérebro de nossas crianças.

Referências:

O que é GcMAF: http://www.gc-maf.de/en/what-is-gcmaf.html

Informações sobre tratamento com GcMAF:
http://www.gcmaf.eu/info/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=18&Itemid=23

Vit D e Câncer: http://www.naturalnews.com/031577_vitamin_D_scientific_research.html

Vitamina D e seu papel no sistema imunológico: http://www.fasebj.org/content/15/14/2579.full

Blog do Dr. Bradstreet: http://drbradstreet.org/

Blog Age of Autism: http://www.ageofautism.com/2011/10/dr-bradstreet-nagalase-and-the-viral-issue-in-autism.html

Vit D, Autismo e doenças da civilização moderna: http://www.wholefoodsmagazine.com/columns/vitamin-connection/new-research-vitamin-d-part-5-vitamin-d-autism-and-other-childhood

GcMAF e Imunoterapia 1ª e 2ª parte:



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

O que posso fazer para ajudar meu filho com autismo?

Achei esta matéria incrível! Elucidativa e inspiradora. Pude entender melhor a cascata de eventos que se sucede no autismo e porque em muitos casos ele vai se agravando ao longo do tempo. Compreendi como meu filho chegou aonde chegou, com comprometimento nas 3 áreas descritas: gastrintestinal, imunológica e mitocondrial. Portanto, não poderia deixar de traduzir e repassar informações tão esclarecedoras.

O que posso fazer para ajudar meu filho com autismo?
Por Nancy O'Hara, MD e Szakacs Gail, MD

Tradução de Claudia Marcelino de um texto Original da Revista Autism File.



O que é o autismo?

É um transtorno do desenvolvimento caracterizado por problemas com a interação social, a comunicação e comportamentos repetitivos e restritivos?
Sim, mas isso é um rótulo, e não uma verdadeira compreensão.

É um distúrbio cerebral que só é determinado geneticamente e intratável?
Não, é uma doença geneticamente influenciada, ambientalmente disparada no cérebro e no corpo que envolve vários ciclos viciosos e é tratável.

Perturbações do espectro do autismo afetam aproximadamente um em cada 91 crianças nos Estados Unidos e uma em 57 meninos. É mais comum do que a síndrome de Down, espinha bífida, o câncer infantil, e fibrose cística juntas. Um em cada 6 crianças atualmente tem um distúrbio de desenvolvimento ou de comportamento.

Cada um dos nossos filhos é um presente enorme. Nossos presentes no espectro do autismo, estão envoltos em muitas camadas de papel de embrulho. É nosso trabalho começar a desembrulhar cada camada para permitir que os verdadeiros dons de nossos filhos possam brilhar.

Estas camadas de papel de embrulho, os ciclos viciosos, representam problemas no intestino com má digestão, absorção, defeitos nutricionais e disbiose (predomínio de bactérias patogênicas), problemas no sistema imunológico com alergias, inflamação, infecções freqüentes e distúrbios auto-imunes; problemas no sistema de desintoxicação com uma incapacidade de remover os germes, alérgenos, substâncias químicas e metais a partir de seus sistemas, e estresse oxidativo resultante de disfunção mitocondrial.

Todas as nossas crianças vivem em um mundo tóxico. Devido a problemas com o metabolismo da glutationa (a bioquímica de metilação e sulfatação e da sua capacidade para desintoxicar), nossas crianças são muito mais sensíveis às toxinas a que cada um de nós estão expostos diariamente. É como se essas crianças fossem os nossos canários. Onde eu cresci em West Virginia, eles enviavam canários às minas de carvão. Se os canários morressem, isso significava que a mina era muito tóxica para os mineiros. Devido à sua capacidade diminuída ou inabilidade para desintoxicar, as crianças com autismo são nossos canários. Precisamos ajudar nossos filhos a remover estes germes, alérgenos e toxinas de seu sistema, a fim de atingir seu pleno potencial.

Vamos olhar para cada um dos problemas médicos que os nossos filhos podem estar enfrentando. Houveram quatro grandes mudanças ao longo das últimas décadas que eu acredito terem levado à proliferação de autismo. Para os nossos filhos, há uma predisposição genética, exposição de toxinas repetidas, em seguida (quando um feto, a exposição a toxinas maternas, amálgamas, o consumo de peixe, e as vacinas, e quando um bebê e criança, exposição a antibióticos, vacinas, e toxinas em nosso ambiente e alimentos). Há a deterioração nutricional, alimentos com agrotóxicos, processados ​​e refinados.

"Há um aumento no número de vacinas a partir de 3 para 34 durante a infância e primeira infância. Finalmente, e mais importante para os nossos filhos, há um aumento da susceptibilidade a todas estas toxinas devido a uma diminuição na sua capacidade de desintoxicar devido à disfunção metabólica, incluindo o aumento do estresse oxidativo e depleção de glutationa, bem como a disfunção mitocondrial. Existem vários sinais clínicos que indicam que essas crianças têm maior susceptibilidade na infância e primeira infância.

Então, onde começamos? Com cada criança: olhe o que ele ou ela pode precisar receber ou se livrar para atingir seu pleno potencial.

Ele ou ela pode precisar de mais nutrientes, enzimas, ou antioxidantes como vitaminas A, C, D e E e glutationa. Ele ou ela pode precisar se livrar de germes, tais como leveduras ou vírus, alérgenos, como glúten ou alimentos fenólicos, ou metais como chumbo ou mercúrio. Isso pode ser um processo difícil, mas começaremos por construir a fundação, e construir um passo de cada vez. Vamos começar com o intestino.

Como Emerson disse: "O que está por trás de nós e o que está diante de nós são pequenas coisas em comparação com o que está dentro de nós." Ele poderia estar se referindo ao intestino. Sempre que começamos uma discussão sobre o tratamento do autismo, é preciso começar com o intestino. Muitas de nossas crianças têm problemas com inflamação intestinal (uma mucosa intestinal vermelha e inflamada), com disbiose (muitos maus germes, em comparação com os germes bons) e permeabilidade anormal (por causa dos germes e da inflamação, moléculas ou alérgenos atravessam a mucosa intestinal provocando alergias e sensibilidades).

Quais são algumas das pistas que o meu filho pode ter problemas de intestino?

■ Dificuldade na amamentação
■ cólica persistente
■ refluxo gastroesofágico
■ Sensibilidades alimentares
■ Falta de crescimento
■ Nádegas com marcas ou sinais
■ História de antibióticos freqüentes
■ Postura anormal
■ Manipulação da genitália / coceira anal
■ Comportamento auto-lesivo
■ Birras inexplicáveis ​​/ choros
■ Irritabilidade (especialmente antes de evacuações)
■ Pouco sono
■ Diarréia
■ Constipação
■ Inchaço
■ Dor

Como o Dr. Michael Gershon aponta em seu livro O Segundo Cérebro, tudo que nos alimenta e alimenta o nosso cérebro passa por nossa flora intestinal. Quando falamos de problemas neurológicos, como autismo, devemos primeiro começar no intestino. Então, o que a limpeza do intestino significa? Primeiro, significa tratar a constipação. Não podemos absorver e utilizar adequadamente os nutrientes ou eliminar as toxinas, a menos que tenhamos movimentos intestinais regulares e diários. A constipação é um obstáculo para todas as outras opções terapêuticas. Então, primeiro devemos restabelecer um padrão rítmico do intestino e reparado e, em seguida, olhar para as causas subjacentes tais como a retenção voluntária, negligência ou espasmos do cólon, ou flora anormal (germes).

Guia para tratamento da constipação (Em ordem de sucesso):

■ Fluidos, ameixas
■ Fibra
■ Citrato de magnésio
■ Vitamina C
■ Senna
■ Óleos(azeite, mineral)
■ Probióticos (germes benéficos)
■ Antimicrobianos / remédios antifúngicos
■ Enemas / supositórios
■ Medicamentos de prescrição

O próximo passo no tratamento do intestino está na mudança da dieta da criança. Não há tal coisa como junk food, ou é lixo ou comida. Ter uma dieta livre de alimentos processados, conservantes, açúcares adicionados e aditivos é essencial. Evite excitotoxinas (por exemplo, a cafeína, glutamato monossódico, e corantes), evitar alimentos fenólicos se o seu filho parece sensível (por exemplo, uvas e morangos), e evitar alimentos alergênicos (crianças viciam naquilo que são sensíveis). Coma orgânicos tanto quanto possível (especialmente frango, pêras, maçãs, pimentões, salsão, morangos, cerejas, uvas, espinafre, alface e batata).

Também pode ser importante remover aqueles alimentos que são mais difíceis de digerir, como glúten, leite e carboidratos complexos (amidos). Se o intestino está inflamado, tem muitos germes maus (disbiose), ou não possui as enzimas adequadas para processar os alimentos, então ele não vai absorvê-los e digerí-los adequadamente.

Pense em um alimento como o leite como uma longa cadeia de clipes. Se o intestino está funcionando bem, em seguida, a cadeia de clipes de papel é dividida, os clipes são separados (aminoácidos) e absorvidos, visto pelo corpo como o leite, e utilizado como combustível de forma adequada para o cérebro. Se as enzimas não estão adequadamente presentes, o intestino está inflamado, ou existem muitos germes patogênicos, então a longa cadeia de clipes de papel é apenas dividida em cadeias menores. Esta cadeia (chamada de peptídeo) é vista pelo organismo como um alérgeno, algo estranho, não é utilizada de forma eficaz pelo organismo, e pode imitar outros opiáceos como moléculas levando a sintomas de confusão mental, cognição pobre e comportamentos anormais, como hiperatividade e rigidez. Tudo isso acontece porque o corpo não pode efetivamente quebrar certos alimentos e usá-los como combustível.

Se as medidas acima, incluindo a remoção de alimentos alergénicos, bem como a caseína (100% durante pelo menos 3 semanas) e glúten (100% durante pelo menos 3 meses), não ajudar a aliviar os sintomas comportamentais ou curar o intestino, em seguida, considere tentar outras dietas, tais como:
- GAPS (sugerida pela Dra. Natasha Campbell-McBride),
- BED (Dieta da ecologia corporal por Donna Gates), ou
- SCD (™ dieta de carboidratos específicos por Elaine Gottschall).

Essas dietas, a SCD por exemplo, são destinadas a interromper o ciclo de absorção e disbiose por retirar alimentos dos micróbios. Dissacárideos (açúcares complexos) são mais difíceis de digerir, não são imediatamente absorvidos e, por conseguinte, danificam o intestino alimentando os germes maus (levedura, Clostridia, e parasitas). A SCD é feita apenas de açúcares simples em frutas, vegetais e mel, bem como carnes e outras proteínas para curar o intestino e, eventualmente, permitir uma boa digestão.

Além de problemas de intestino, nossas crianças também podem ter indícios de irregularidades no sistema imunológico, tais como história familiar de doença auto-imune (tireoidite, diabetes, doença inflamatória do intestino); ouvido crônico, sinusite e infecções da garganta, e alergias alimentares e ambientais ou sensibilidades. Eles também podem ter evidências de piora sazonal dos sintomas comportamentais e / ou melhoria cognitiva com febres. Estes são os sinais de alteração no sistema imunológico.

Indícios de alteração no sistema imunológico:

■ Eczema
■ Olheiras alérgicas
■ Rinite alérgica
■ Respiração bucal crônica
■ Apnéia do sono
■ Asma
■ Verrugas
■ Molusco contagioso
■ Herpes
■ Infecções fúngicas da pele

Se seu filho tiver provas de desregulação imune, o primeiro passo ainda está em curar o intestino. Outras opções a considerar podem ser anti-inflamatórios (uma criança cujas birras diminuem com o ibuprofeno é um bom candidato para posterior investigação e tratamento do sistema imunológico) e de outros imunomoduladores (por exemplo, TSO, gamaglobulinas, agonistas PPAR, Pycnogenol, a curcumina , ácidos graxos essenciais, quercetina e urtiga, para citar alguns).

Além dos problemas do intestino e imunológico, as crianças podem também ter problemas metabólicos. Problemas metabólicos são defeitos nas vias bioquímicas do nosso corpo que o estresse causa.

Por exemplo, como a pesquisa da Dra. S. Jill James tem mostrado, sabemos que a química de metilação (o processo de tomada de alimento - metionina - e transformá-lo em homocisteína e, em seguida, em última análise, a glutationa) está danificado em nossas crianças. Um local da lesão nesta via é metionina sintetase (MS) que recicla homocisteína de volta para metionina e é propensa a danos por mercúrio e outros metais pesados. Como resultado desta lesão, temos pouca metionina. Como uma outra consequência, há uma falta de glutationa (a molécula sulfurosa pegajosa que é nosso principal desintoxicante e antioxidante). A escassez de glutationa resulta em mais estresse oxidativo. É aí que o ácido folínico, a metil B-12, e os outros doadores metílicos (como betaína a / k / a TMG ou trimethylglycine) são necessários para tratar problemas subjacentes. Antioxidantes, tais como vitaminas A, E C, D, e, especialmente a glutationa são essenciais na diminuição do stress oxidativo.

Quando há estresse oxidativo, há aumento da susceptibilidade às toxinas, produtos químicos, metais pesados ​​e pesticidas, aumento da susceptibilidade a alergias e infecções, e diminuição da produção de glutationa e fluxo aumentado de toxinas. E tudo isso leva a uma disfunção mitocondrial. As mitocôndrias são as células de energia do nosso corpo e são fundamentais para todos os processos, neurológicos e outras. A função mitocondrial é afetada por metais pesados ​​(mercúrio, arsênio, chumbo, cádmio, alumínio), pesticidas, PCBs, germes e infecções, má nutrição e estresse oxidativo / glutationa reduzida.

Indícios de disfunção mitocondrial incluem:

■ Baixo tônus ​​muscular - sucção fraca, salivação excessiva, controle pobre cabeça
■ Constipação
■ PICA
■ Os distúrbios do movimento - e todos os distúrbios de postura
■ Hipotonia / hipertonia
■ Convulsões (agudas, recorrentes, hipoglicemia)
■ Juntas e articulações hiperflexíveis
■ Baixa tolerância física
■ Costas curvadas quando sentado
■ Dificuldade de se situar no espaço
■ Dificuldades motoras finas e grossas
■ Pobre coordenação olho-mão
■Atrasos na linguagem expressiva e receptiva
■ Dismotilidade gastrointestinal, constipação, refluxo
■ Enxaquecas
■ Sudorese anormal

Os sintomas neurológicos de disfunção mitocondrial podem ser fixados ou aumentados durante o estresse (por exemplo, jejum, infecções, exercícios). Os sintomas podem ser devido a perturbações do metabolismo da gordura e carboidratos(tal como com intestino má absorção e disbiose), hipoglicemia (o cérebro depende de um fornecimento contínuo de açúcar / glucose para o combustível), e produção de radicais livres (como no stress oxidativo).

Embora tenha sido originalmente pensado que apenas uma pequena percentagem de crianças com autismo tinham disfunção mitocondrial, estudos recentes indicam que os números podem exceder 40-50% das nossas crianças. Um estudo realizado por Shoffner indicou que 78% das crianças com ASD tinham defeitos da fosforilação oxidativa, um tipo de disfunção mitocondrial.

Portanto, se, além de problemas gastrintestinais e disfunção imunológica, você suspeitar que há disfunção mitocondrial, os seguintes laboratórios e intervenções devem ser considerados:

Labs - mitocondrial

Elevação isolada de AST ou ALT

Piruvato, lactato (soro, LCR)

Amônia

Creatinina quinase

Aminoácidos Comparação elevada (alanina: lisina> 2,5)

Ácidos orgânicos (elevação metabólitos de ácidos graxos)

Carnitina, livre e total

Biópsia de pele (fibroblastos - 50% imprecisa)

Biópsia muscular (histiopath, EM, mtDNSA, OXPHOS)

Intervenções mitocondriais / "Cocktail"
■ CoQ10
■ Carnitina
■ Riboflavina
■ antioxidantes (vitaminas A, C, D, E, e GSH)
■ B-6 e magnésio
■ Outros vitaminas do complexo B (B-12, o ácido folínico, tiamina)



O que posso fazer para ajudar meu filho com autismo?
1. Curar o intestino - constipação, disbiose, inflamação,

2. Evitar o que prejudica - aditivos, toxinas, alérgenos

3. Dar o que cura - nutrientes, probióticos, ácidos graxos essenciais (EFAs)

4. Corrigir problemas metabólicos e mitocondriais - metil B-12, ácido folínico, B-6, magnésio, glutationa reduzida (GSH), antioxidantes, anti-inflamatórios.


O autismo é uma etiqueta. Seu filho não é um rótulo, mas uma pessoa que sofre de problemas médicos que precisam ser descobertos, direcionados e tratados. Encontre estas pistas em seu filho, e participe de grupos de outras crianças e famílias que ajudem você a embarcar em sua jornada. Procure um médico para discutir todos os sinais, testes e intervenções para o seu filho. Confie no seu intestino e do seu filho! Boa sorte na sua jornada em direção à saúde e recuperação de seu filho!


Sistema Gastrintestinal

- Ashwood P, Anthony A, Pellicer AA, Torrente F, Walker-Smith JA, Wakefield AJ. “Intestinal lymphocyte populations in children with regressive autism: evidence for extensive mucosal immunopathology”; J Clin Immunol. 2003 Nov;23(6):504-17.

- D’Eufemia P, Celli M, Finocchiaro R, Pacifico L, Viozzi L, Zaccagnini M, Cardi E, Giardini O. “Abnormal intestinal permeability in children with autism.” Acta Paediatr. 1996 Sep;85(9):1076-9.

- D’Souza Y, Fombonne E, Ward BJ. “No evidence of persisting measles virus in peripheral blood mononuclear cells from children with autism spectrum disorder”; Pediatrics. 2006 Oct;118(4):1664-75.

- Jyonouchi H, Geng L, Ruby A, Reddy C, Zimmerman-Bier B. “Evaluation of an association between gastrointestinal symptoms and cytokine production against common dietary proteins in children with autism spectrum disorders”; J Pediatr. 2005 May;146(5):605-10.

- Pellicano R, Bonardi R, Smedile A, Saracco G, Ponzetto A, Lagget M, Morgando A, Balzola F, Bruno M, Marzano A, Ponti V, Debernardi Venon W, Ciancio A, Rizzetto M, Astegiano. “Gastroenterology outpatient clinic of the Molinette Hospital” (Turin, Italy) the 2003-2006 report, M. Minerva Med. 2007 Feb;98(1):19-23.

- Valicenti-McDermott M, McVicar K, Rapin I, Wershil BK, Cohen H, Shinnar S. “Frequency of gastrointestinal symptoms in children with autistic spectrum disorders and association with family history of autoimmune disease”; J Dev Behav Pediatr. 2006 Apr;27(2 Suppl):S128-36.

Sistema Imunológico

- Chez MG, Dowling T, Patel PB, Khanna P, Kominsky M. “Elevation of tumor necrosis factor-alpha in cerebrospinal fluid of autistic children.”; Pediatr Neurol. 2007 Jun;36(6):361-5.

- Dietert RR, Dietert JM . “Potential for early-life immune insult including developmental immunotoxicity in autism and autism spectrum disorders: focus on critical windows of immune vulnerability”; J Toxicol Environ Health B Crit Rev. 2008 Oct;11(8):660-80.

- Dev Disord. “Dysregulated immune system in children with autism: beneficial effects of intravenous immune globulin on autistic characteristics”; J Autism. 1996 Aug;26(4):439-52.

- Ferrante P, Saresella M, Guerini FR, Marzorati M, Musetti MC, Cazzullo AG. “Significant association of HLA A2-DR11 with CD4 naive decrease in autistic children”; Diabetes Technol Ther. 2003;5(1):67-73.

- Lucarelli S, Frediani T, Zingoni AM, Ferruzzi F, Giardini O, Quintieri F, Barbato M, D’Eufemia P, Cardi E. “Food Allergy and infantile Allergy”; Panminerva Med. 1995 Sep;37(3):137-41.

- Pardo CA, Vargas DL, Zimmerman AW. “Immunity, neuroglia and neuroinflammation in autism.;”
Int Rev Psychiatry
. 2005 Dec;17(6):485-95.

- Singh VK, Lin SX, Newell E, Nelson C. “Abnormal measles-mumps-rubella antibodies and CNS autoimmunity in children with autism”; J Biomed Sci. 2002 Jul-Aug;9(4):359-64.

- Vojdani A. “Antibodies as predictors of complex autoimmune diseases”;
Int J Immunopathol Pharmacol. 2008 Apr-Jun;21(2):267-78.

- Warren, R.P., et al. “Immune abnormalities in patients with autism”; J Autism Dev Disord, 1986. 16(2): 189-97.

Sistemas Metabólico e Mitocondrial

- Alberti A, Pirrone P, Elia M, Waring RH, Romano C. “Sulphation deficit in “low-functioning” autistic children: a pilot study”; Biol Psychiatry. 1999 Aug 1;46(3):420-4.

- Deth R, Muratore C, Benzecry J, Power-Charnitsky VA, Waly M. “How environmental and genetic factors combine to cause autism: A redox/methylation hypothesis.” Neurotoxicology. 2008 Jan;29(1):190-201.

- Gutsaeva DR, Suliman HB, Carraway MS, Demchenko IT, Piantadosi CA. “Oxygen-induced mitochondrial biogenesis in the rat hippocampus.”; Neuroscience. 2006;137(2):493-504.

- James SJ, Melnyk S, Jernigan S, Cleves MA, Halsted CH, Wong DH, Cutler P, Bock K, Boris M, Bradstreet JJ, Baker SM, Gaylor DW. “Metabolic ednophenotype and related genotypes are associated with oxidative stress in children with autism,” Am J Med Genet B Neuropsychiatr Genet. 2006 Dec 5;141B(8):947-56.

- MacFabe DF, Cain DP, Rodriguez-Capote K, Franklin AE, Hoffman JE, Boon F, Taylor AR, Kavaliers M, Ossenkopp KP. “Neurobiological effects of intraventricular propionic acid in rats: possible role of short chain fatty acids on the pathogenesis and characteristics of autism spectrum disorders.” Behav Brain Res. 2007 Jan 10;176(1):149-69.

- Oliveira G, Diogo L, Grazina M, Garcia P, Ataíde A, Marques C, Miguel T, Borges L, Vicente AM, Oliveira CR. “Mitochondrial dysfunction in autism spectrum disorders: a population-based study”; Dev Med Child Neurol. 2005 Mar;47(3):185-9.

- R.H. Haas et al. “The in-depth evaluation of suspected mitochondrial disease”; Mol. Genet. Metab. (2008), doi:10.1016/j.ymgme.2007.11.018.

- Roberts EM, English PB, Grether JK, Windham GC, Somberg L, Wolff C. “Maternal residence near agricultural pesticide applications and autism spectrum disorders among children in the California Central Valley”; Environ Health Perspect. 2007 Oct;115(10):
1482-9.

- Sokol DK, Chen D, Farlow MR, Dunn DW, Maloney B, Zimmer JA, Lahiri DK. “High levels of Alzheimer beta-amyloid precursor protein (APP) in children with severely autistic behavior and aggression”; J Child Neurol. 2006 Jun;21(6):444-9.



Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...