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quarta-feira, 18 de abril de 2012

Tylenol e a Epidemia de Autismo:

Continuando a escrever sobre o II Congresso Internacional de Tratamentos Biomédicos, a palestra do Dr. Shaw sobre a possível implicação de um único fator fortemente ligado a surpreendente estatística de 1 em cada 88 crianças nos EUA sendo diagnosticada atualmente dentro do espectro autista, me deixou completamente vidrada nas informações e boquiaberta!

Para ilustrar sua palestra, ele começou falando sobre o caso da Talidomida.

A talidomida chegou ao mercado pela primeira vez na Alemanha em 1 de outubro de 1957. Foi comercializada como um sedativo e hipnótico com poucos efeitos colaterais. A indústria farmacêutica que a desenvolveu acreditou que o medicamento era tão seguro que era propício para prescrever a mulheres grávidas, para combater enjôos matinais.
Foi rapidamente prescrita a milhares de mulheres e espalhada para todas as partes do mundo (46 países), sem circular no mercado norte-americano. Mesmo assim, foi constatado o nascimento de crianças com membros mal formados, pois ao viajarem para outros países, estas mulheres por vezes compravam este medicamento e levavam para casa.

Os procedimentos de testes de drogas naquela época não revelaram seus efeitos teratogénicos. Os testes em roedores, que metabolizavam a droga de forma diferente de humanos, não acusaram problemas. Mais tarde, foram feitos os mesmos testes em coelhos e primatas, que produziram os mesmos efeitos horríveis que a droga causa em fetos humanos.

No final dos anos 1950, foram descritos na Alemanha, Reino Unido e Austrália os primeiros casos de malformações congênitas onde crianças passaram a nascer com focomielia, mas não foi imediatamente óbvio o motivo para tal doença. Os bebês nascidos desta tragédia são chamados de "bebês da talidomida", ou "geração talidomida". Em 1962, quando já havia mais de 10.000 casos de defeitos congênitos a ela associados em todo o mundo, a Talidomida foi removida da lista de remédios indicados.

Cientistas japoneses identificaram em 2010 como a talidomida interfere na formação fetal. Eles descobriram que o medicamento inativa a enzima cereblon, importante nos primeiros meses de vida para a formação dos membros.Por um longo tempo, a Talidomida foi associada a um dos mais horríveis acidentes médicos da história. Wikipédia.

Se os Estados Unidos se livrou relativamente da enorme tragédia da talidomida como aconteceu em outros países e sabemos hoje que o autismo é uma epidemia mundial, existiria algum lugar do planeta com baixíssimos níveis de autismo? E se existisse, o que o tornaria diferente do resto do mundo?

Sim este lugar existe e é Cuba!!!!!

Cuba tem uma rede médica bem integrada e produtiva com dados médicos da população bem cadastrados.
Cuba registra um índice de 0.04 de autismo na população, enquanto os EUA registra 12.5% a mais do que Cuba!
O que diferencia a população de Cuba do resto do mundo e principalmente dos EUA?
A exposição tóxica, claro!
Cuba policamente é isolada do restante do mundo com muitos embargos de produtos de consumo de toda a espécie. A população é pobre, não consome supérfluos muito menos comida industrializada e fast-food. No geral, é como se eles vivessem 40 anos atrás do restante da população mundial, o relógio parou na ilha e isto tem os mantido à parte de consequências que o mundo inteiro tem sofrido.

Em uma coisa Cuba é praticamente igual aos EUA: a quantidade de vacinas dadas as suas crianças - Cuba 34, EUA 36! Mas como assim?! Logo as vacinas que tem sido apontadas como responsáveis  pelo crescimento vertiginoso do espectro?
Aí devemos considerar três pontos interessantíssimos:
- A população de Cuba não tem o acúmulo tóxico ambiental no organismo devido a altíssima exposição como a população dos EUA tem e o principal, não há a comercialização indiscriminada de medicamentos analgésicos, dentre eles o tylenol, em farmácias ou supermercados com acesso livre a população.
- Também não há a recomendação médica maciça de uso de tylenol (acetaminofeno), como o único medicamento seguro para febre e analgesia, principalmente na 1ª infância e bebês. Crianças Cubanas NUNCA tomam medicamentos antipiréticos ou analgésicos junto com as vacinções, eles consideram a febre uma peça importante após a vacinação e não a combatem, é sinal de que o corpo está reagindo como deveria, ativado o seu sistema imunológico.

80% da medicação utilizada no Brasil como antipirética (para baixar ou prevenir febres) já é o acetaminofeno!!!

Mas o que tem isso? Não é um medicamento seguro?
Não!!!!!!!!!!! E estudos tem mostrado isso!

Tylenol ao ser metabolizado se transforma em NAPQI.

NAPQI é a sigla do químico N-acetil-p-benzo-quinona imina. É um sub-produto tóxico produzido durante o metabolismo do paracetamol (também chamado de acetominofeno).

NAPQI depleta a glutationa em grandes quantidades. Glutationa é o maior e mais importante antioxidante do corpo humano, responsável pela desintoxicação de todo tipo de produto tóxico. A depleção de glutationa pode trazer sérias consequências para o fígado, os rins e o cérebro.
A glutationa está implicada no autismo, sendo demostrada a sua ligação com a desordem em inúmeros estudos.
Inúmeros pediatras prescrevem tylenol e paracetamol como um medicamento seguro para ser usado como analgésico e antipirético junto das vacinações, alguns até os receitam de forma profilática, para serem tomados até 5 dias antes das vacinações e continuando após as doses!

Assim, após uma vacinação, quando há uma necessidade maior do corpo de mobilizar o sistema imunitário para construir anticorpos, a glutationa, a principal proteína de apoio para isso, está a ser destruída pelo NAPQI. É por isso que muitas das crianças do espectro do autismo têm uma grande variedade de sensibilidades ou sistemas imunológicos altamente debilitados (alergias, problemas intestinais). Parte do problema é que a concentração de acetaminofeno no líquido do Tylenol infantil é suficientemente elevada para produzir reações tóxicas, incluindo possível dano no fígado com doses repetidas durante vários dias.

NAPQI é um fenol e para ser neutralizado sem provocar danos, precisa de níveis adequados de sulfato, além de altos níveis de glutationa, justamente o que ele prejudica, ficando livre para provocar danos.
Acontece que o acetaminofeno (tylenol e paracetamol) tem sido prescrito por inúmeros obstetras como um medicamento seguro para utilização na gravidez.
Nesta fase a natureza providencia que os níveis de sulfato circulantes no corpo materno aumente 3 vezes para poder criar uma reserva para o feto. A mulher pode fabricá-lo a partir de certos aminoácidos, mas um feto é incapaz de produzi-lo por conta própria, dependendo exclusivamente do sulfato de sua mãe.
O sulfato é uma peça chave para o desenvolvimento cerebral. Se a mãe toma uma droga que depleta esta substância na gravidez, o risco de problemas neurológicos na criança fica enorme!

Sobrepondo os gráficos de controle de autismo e o de uso do medicamento acetaminanofeno, fica muito claro a importância que um único ítem tem sobre a epidemia do espectro de atismo.






Foi a partir de 1980 que a utilização de acetaminofeno começou a se tornar popular, após um aviso do CDC relacionando a Síndrome de Reyes ao uso de aspirina.
Em 1982 e em 1986 houve um pânico geral nos EUA devido a contaminação de comprimidos de acetaminofeno com o veneno cianida, resultando em 8 mortes e diminuindo enormemente o seu uso. Assim que o pânico baixou e o consumo voltou a aumentar cerca de um ano depois, também aumentaram os diagnósticos de autismo.
O gráfico continua subindo: quanto maior o consumo de acetaminofeno, maiors os casos de desordem do espectro autista.

Todos estes dados perplexos, me levaram a pensar no incrível trabalho de conscientização do Dr. Renan Marino que relaciona o aumento da toxicidade da dengue e o absurdo número de mortes provocados por esta doença, ao perigoso hábito de prescrição do tylenol como  único remédio seguro para se associar aos sintomas da doença.  Leia mais sobre isto aqui.

Concluindo:

Só podemos ficar atônitos com a lezeira geral que paira sobre a educação, formatada para produzir seguidores e não, pensadores.
Acesso à informação é a única coisa que pode livrar nossas vidas de todos os males. 

Referências:






Acetaminophen use in MMR vaccination and autism: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18445737

Sulphation Deficit in low functioning autism: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/10435209

domingo, 15 de abril de 2012

Colesterol e Autismo

Neste último fim de semana, estive no II Congresso Internacional de Tratamentos Biomédicos para o Autismo em SP.
As palestras foram bem interessantes e como sempre, aprendi algo diferente e que pode influenciar diretamente a vida de meu filho.
Já havia assistido a palestra do Dr. Shaw sobre o envolvimento de baixos níveis de colesterol total nos sintomas de autismo. Sinceramente não tinha dado muita importância ao tema, pois os sintomas que ele descrevia, de hipoatividade, eram completamente diferentes dos de meu filho que é hiper. Neste congresso ele voltou a falar sobre o colesterol sempre falando que é um ponto muito importante a ser considerado nos portadores de autismo porque 57% dos pacientes apresentam níveis abaixo de 160 mg/dl agravando, ou emperrando melhoras no tratamento. 
Por curiosidade, fui verificar os exames de meu filho do ano passado. Me surpreendi  ao verificar que seus níveis se encaixavam nos 57%!!! Seu colesterol estava em 136 mg/dl e provavelmente agora deve estar mais baixo ainda, visto que não consome ovos devido  a alergia tanto à clara, quanto à gema.






Traduzo abaixo uma postagem feita pelo Dr. Kurt Woeller, que explica bem o que foi passado na palestra.


Vamos falar sobre o baixo colesterol ou os problemas de colesterol observados no autismo e as terapias que podem ser usadas ​​para ajudar a aumentar o colesterol. 
É interessante já que falamos tanto na medicina ao longo dos anos sobre o colesterol elevado. 
Sabemos que o colesterol elevado é um precursor de doença cardíaca pode ser um fator de risco para doença cardíaca e acidente vascular cerebral se o nível de colesterol subir muito alto. Você muito raramente ouve sobre o colesterol baixo. 
A maioria dos médicos olham para baixo colesterol e dizem "Oh muito bom! você está fazendo um bom trabalho em manter o colesterol baixo".O problema é que você pode ir muito baixo. 


Sabemos que quando o seu colesterol é baixo demais pode criar problemas com hormônios em seu corpo, a função imune do organismo, bem como o sistema nervosoO colesterol é um equilíbrio, assim como qualquer coisa no corpo, tudo está no equilíbrio. Você pode ter certas coisas que serão problemáticas tanto se forem muito altas, quanto se forem muito baixas. 
Um exemplo perfeito seria coisas como sódio e potássio. Se os níveis de sódio ficarem muito altos ou os níveis de potássio, será um problema e se eles ficam muito baixos também não é bom. 
O colesterol é da mesma maneira. O colesterol é muito importante para o desenvolvimento hormonal. O colesterol é na verdade o precursor dos hormônios sexuais, testosterona, estrogênio, progesterona, DHEA. É também o precursor de cortisol, que é um hormônio de stress no corpo, que ajuda a controlar a inflamação e um hormônio que ajuda a controlar os níveis de potássio e sódio no corpo. Então, o colesterol desempenha um grande papel no desenvolvimento hormonal.


O colesterol é também importante na função imunológica e é muito crítico para o desenvolvimento do cérebro. O colesterol constitui uma percentagem muito grande da nossa membrana celular. A membrana celular é o que ajuda as células a comunicarem umas com as outros. 
O colesterol está também envolvido na mielina. A mielina é o que  envolve as células nervosas que ajudam na velocidade de condutividade de impulsos elétricos entre as células.
O colesterol é muito, muito importante para a nossa saúde em geral. 


Agora, o que foi descoberto, através do trabalho do Dr. Shaw e do Laboratório Great Plains, é que muitas pessoas do espectro do autismo têm colesterol muito baixo. Não é como na doença genética chamada SLOS que é onde essas crianças não possuem uma enzima especial que os ajuda a realmente produzir quantidades suficientes de colesterol.  Nesta doença genética denominada SLOS, os níveis podem ser extremamente baixos, por vezes menos do que 60 ou mesmo 50 nos exames de sangue. Às vezes, os níveis podem descer ainda mais baixo do que isso. As crianças com este defeito genético muitas vezes apresentam comportamento autístico associado. Eles tendem a mostrar um monte de comportamento agressivo, irritabilidade, comportamento auto lesivo, problemas de aprendizagem, problemas cognitivos, etc
Eles descobriram que certos indivíduos com SLOS também tem autismo. 


O que temos encontrado na prática clínica através de exames, é que a maioria das crianças com o espectro têm baixos níveis de colesterol também. Não ao nível das crianças SLOS, mas ainda baixos para o que é considerado ótimo. Na verdade, estamos procurando um nível de colesterol total de 170 a 180 sendo o ideal. 
O que eles descobriram é que menos de 160 pode coincidir com vários sintomas, como: comportamentos agressivos, problemas comportamentais e problemas de aprendizagem, etc
Ao normalizar os níveis de colesterol entre 170 e 180, muitas vezes percebe-se uma grande melhora desses comportamentos. 


Em média a maioria das crianças que eu tenho visto estão entre 110 a 120.
Tipicamente, a única maneira de obter-se os níveis de colesterol é comendo grandes quantidades de ovos, pois há cerca de 250 mg de colesterol por ovo. Ou você pode comer miolos de animais ou fígado, o que não agrada a muitas pessoas. 
Por isso, muitas crianças com a condição de colesterol baixo, estão comendo ovos todos os dias, o que torna-se um problema para os que apresentam intolerância ou alergia a ovos.


 A New Beginnings, que é uma das companhias de suplementos que eu uso normalmente na minha prática, traz um suplemento especial chamado colesterol SONIC. Cada cápsula deste suplemento apresenta 250 mg de colesterol puro, não derivado de ovos, por isso é antialérgico.
Isso é uma coisa muito eficaz de usar para ajudar a elevar os níveis de colesterol de volta para os valores normais. Na minha prática, eu não tenho visto uma criança ir de um colesterol muito baixo para um colesterol muito alto com este suplemento. Geralmente necessita-se de três a quatro meses de utilização deste suplemento especial para obter os níveis acima. Não é algo que muda rapidamente os níveis em exames de sangue. Você pode, entretanto, às vezes ver mudanças rápidas no desenvolvimento cognitivo e nos problemas de comportamento quando você implementa a suplementação de colesterol.


A suplementação de colesterol é uma terapia muito, muito importante e eu tenho visto e usado na minha prática com sucesso muito bom. Uma das coisas que você tem que procurar com os seus filhos se você estiver fazendo qualquer tipo de exame de sangue através de um pediatra, neurologista, etc, é pedir um painel de colesterol ou o que é chamado de perfil lipídico. Você pode ver o valor do colesterol total. Se for inferior a 160, pode ser interessante a suplementação.


Outro fato importante sobre o colesterol, é a sua ligação com a oxitocina.


A oxitocina tem sido um tema recorrente no autismo.
A oxitocina é um hormônio, muitas vezes denominado como o hormônio do amor e está ligado ao prazer e bem estar nas relações sociais.
No autismo a sua deficiência está ligada a ansiedade social, ao reconhecimento de feições faciais e entonação de voz para a expressão de desejos e estados emocionais.


É importante compreender que o colesterol e a oxitocina estão ligados porque o colesterol é um produto químico de ativação para os receptores de oxitocina no cérebro. Se seu filho não tem colesterol suficiente para a produção da oxitocina, seu cérebro não vai funcionar tão bem já que não tem colesterol suficiente para ativar esses receptores de oxitocina. 
Isto pode acarretar um grande aumento de ansiedade, já que a pessoa não será hábil em "ler" as pistas corporais de intenções emocionais das pessoas.


Mais informações nos links abaixo:


http://www.greatplainslaboratory.com/home/chinese/cholesterol.asp


Autism: the role of cholesterol in treatment: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18386207
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