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domingo, 10 de fevereiro de 2013
A Dieta SGSC no Tratamento do Autismo:
Dieta sem glúten e sem caseína
Por Claudia Marcelino e Priscila Spiandorello - Texto publicado na edição nº 2 da REVISTA AUTISMO, abril de 2012.
A história da interferência dos peptídeos de glúten e caseína nas desordens mentais é quase tão antiga quanto o próprio autismo. Foi no meio da década de 60 que Dohan começou a sugerir que a ingestão de glúten poderia ser um fator causal da esquizofrenia.
No início da década de 70, peptídeos com atividade imitando a morfina, foram descobertos como um produto fisiológico normal do metabolismo de seres humanos. Esses peptídeos são chamados de endorfinas e são liberados no organismo em situações tanto de prazer, quanto de stress ou dor.
Peptídeos são cadeias de 2 ou mais aminoácidos derivados da digestão incompleta de proteínas. Os peptídeos do glúten e da caseína possuem o mesmo efeito de droga da morfina e de opióides, por isso recebem o nome de gluteomorfina e caseomorfina. Uma vez que estes peptídeos consigam chegar a corrente sanguínea, eles podem se ligar aos receptores opiatos no cérebro causando toda a gama de sintomas destas drogas. O glúten e a caseína são proteínas muito complexas e grandes exigindo uma perfeita condição digestiva e uma boa integridade da barreira intestinal para que sejam devidamente quebrados e assimilados sem vazar para a corrente sanguínea.
O peptídeo mais conhecido de todos provavelmente é a beta-endorfina, que atraiu muito interesse e pesquisas na época dos anos 70.
Foi em 1979 que Jaak Panksepp, um renomado pesquisador mundial na área do comportamento em animais, publicou um documento que pela 1ª vez identificou similaridades entre os sintomas de autismo e os efeitos das beta-endorfinas em seres humanos e animais. Este artigo chamou a atenção de Paul Shattock, médico, pesquisador e pai de autista, que realmente ligou muitos dos comportamentos apresentados por seu filho à pesquisa feita por Panksepp.
No início dos anos 80, entra em cena Karl Reichelt que estendeu a hipótese da interferência do glúten na esquizofrenia para o autismo. Ele demonstrou diferenças entre os peptídeos urinários de pessoas com e sem autismo. Reichelt descreveu dois padrões básicos:
Um grupo onde os sintomas apareceram muito cedo (e correlacionou ao leite animal que a criança toma desde o nascimento)
E outro grupo onde os sintomas apareceram mais tarde (e correlacionou a entrada do glúten na dieta, mais tardia).
Em 1988, GILLBERG, detectou elevados níveis de algumas substâncias conhecidas na época por pseudo-endorfinas (substância com atividade opióide) no líquido céfalo-raquidiano de alguns autistas.
Foi somente no final da década de 80 que os noruegueses, comandados por Ann-Marie Knivsberg, publicaram os primeiros estudos sobre a efetividade da dieta sem glúten e sem caseína na melhora dos sintomas do autismo. Esse estudo foi amplamente ignorado.
Durante todo esse tempo as pesquisas nunca pararam e tanto o grupo inglês, quanto o grupo norueguês, até então não haviam sido sequer convidados para apresentar seus trabalhos em uma conferência. Então, em 1988, os ingleses organizaram uma conferência na Universidade de Durham que passou a ter um calendário anual com participação dos seus centros de estudos favoritos além dos noruegueses: França, Holanda, Itália e Estados Unidos. Em 1990 o grupo de Shattock começou a publicar os estudos científicos formalmente e o assunto passou a ter domínio público. Diversos efeitos são observados quando os peptídeos opióides se elevam na corrente sangüínea, entre eles estão, a alteração do nível de acidez estomacal, alteração da motilidade intestinal e redução do número de células nervosas do sistema nervoso central e conseqüente alteração na neuro transmissão.
Foi a partir de 1991 e entre 1995 com o surgimento da rede mundial de computadores e os grupos de discussão de pais do Yahoo, que a dieta sem glúten e sem caseína passou a ser mais divulgada. Foi nessa época que mães pioneiras como Lisa Lewis e Karen Seroussi começaram a utilizar a dieta com seus filhos e a obter grandes melhoras. Os filhos de Karen hoje são considerados completamente recuperados. Karen e Lisa, mantém até hoje um site na internet para apoio e divulgação da dieta SGSC oWWW.autismndi.com *
* Trecho retirado do livro “Autismo Esperança pela Nutrição”.
No Brasil, temos uma história de 10 anos de atraso em relação à discussão sobre a alimentação como coadjuvante no tratamento do autismo. Foi somente em 2001 quando a médica Geórgia Regina Fonseca obteve o diagnóstico de sua filha caçula e começou a pesquisar sobre os tratamentos disponíveis no mundo, que o assunto começou a fazer parte dos grupos de discussões de pais por aqui, sempre com muito pessimismo e até mesmo sendo ridicularizado.
O fortalecimento da internet desde então e, o aumento de acesso a todo tipo de informação pelos pais das crianças afetadas, tem sido um grande aliado na concretização do uso de uma dieta adequada como parte do tratamento do autismo. Este aumento de acesso a informação, tem proporcionado nutricionistas funcionais a descobrirem que podem ser grandes aliadas das famílias afetadas, pois a retirada do glúten e da caseína, assim como a retirada de alimentos industrializados e processados e a inclusão de alimentos funcionais na dieta, faz parte do processo terapêutico nutricional de muitas enfermidades e sintomas que podem estar correlacionadas ao autismo.
O glúten, proteína encontrada no trigo, centeio, malte, cevada e aveia e seus derivados e, a caseína, proteína encontrada no leite animal e seus derivados, são responsáveis pelo surgimento e/ou agravamento de condições intestinais propícias que acarretam no desenvolvimento ou agravamento de muitas doenças, já que cerca de 70% ou mais da nossa defesa imunológica encontra-se no intestino. Hoje já sabemos também da estreita relação de dependência, simbiose e sincronia entre o cérebro e o intestino, falando-se até mesmo na existência do 2º cérebro: o intestino.
Segundo, Shattock, o autismo pode ser uma conseqüência da ação desses peptídeos de origem exógena que afeta os neurotransmissores dentro do SNC. Esse excesso de opióides interfere com o neurotransmissor ao nível do simpático e diminuí a força dos impulsos sensoriais. Os peptídeos ocupam os receptores aminas no cérebro, causando distúrbios de ordem psíquica, provocando o comportamento autodestrutivo e um sintoma muito conhecido: a avidez por alimentos, pela sensação de prazer.
Vários estudos feitos por Dohan, Rechelt, Schattock, Cade, e outros estabeleceram que crianças com autismo e adultos com esquizofrênia tem níveis elevados de peptídeos na urina resultantes da quebras incompletas de certas proteínas do leite e do trigo e que a remoção destas proteínas através da dieta leva a melhora dos sintomas. (Page,2000; Shaw, 2002; Cave, 2001; Brudnak et al.,2002 e Juarez,2003)
Alguns Sintomas que podem ser produzidos pelos Opiáceos:
Incomodo ou dor ao cortar a unha ou cabelo, andar nas pontas dos dedos, etiquetas das roupas incomodam, hipersensibilidade auditiva, cheiram tudo, chupam as mãos, não percebem alguns cheiros, mas são sensíveis a outros, só comem alimentos com certa textura, colocam tudo na boca, comportamentos sociais alterados (alucinação), incomodo ao escovar os dentes,hipersensibilidade a luz e ou visual, maior tolerância a dor (analgésico), falta de concentração e irritabilidade.
Há uma extensa documentação médica*, tanto em estudos quanto em prática clínica, que mostram grande incidência de autistas com: alergias alimentares, constipação, diarréia, hiperatividade, sistema imunitário deficiente com freqüentes infecções virais e fúngicas, estresse oxidativo e acúmulo de toxinas no organismo, além da interferência dos peptídeos opióides derivados do glúten e da caseína e que podem provocar tanto alterações intestinais, quanto comportamentais. Tudo isto pode agravar sintomas autísticos como: flapping e estereotipias, agressividade, alterações no sono, agitação e hiperatividade, baixa tolerância afetiva e sensorial, resistência ao aprendizado e ao contato social. Estes sintomas podem ser erroneamente interpretados como agravamento do autismo.
Muitas vezes terapias comportamentais e sociais não são suficientes para amenizar estes sintomas, simplesmente porque o que os detonam são problemas de saúde que não estão sendo tratados, frustrando pais e profissionais e o mais grave: permitindo o agravamento da qualidade de vida do indivíduo autista.
O Autism Research Institute mantém uma coleta de dados adquiridos através de questionários com mais de 25.000 famílias avaliando as diversas intervenções biomédicas e medicamentosas.
A dieta sem glúten e sem caseína alcança um benefício em 69% dos pacientes, 28% não obtiveram melhoras e 3% relataram pioras.
A Risperidona, a droga mais utilizada no tratamento do autismo atualmente, tem relatos de benefícios em 54% dos pacientes, 26% não obtiveram melhoras e 21% pioraram.
A comparação de pacientes que obtém melhoras com a dieta (após um período de 8 meses no mínimo) para os que não apresentam melhoras ou ficam piores é de 26:1.
Estes mesmos números para os que utilizam a risperidona é: 2.6:1. Talvez a grande diferença entre estes números seja devido ao fato da Risperidona ter indicação científica no autismo apenas para tratar as manifestações de agressividade, enquanto a dieta, mesmo sem comprovação científica, tem indicação para melhorar todo o quadro de manifestações do autismo.
Quando lidamos com um autista, nada pode ser descartado e tudo tem que formar um conjunto de ações que vise o bem estar dele e de sua família. Um tratamento que leve em conta o controle da exacerbação de sintomas através da alimentação, ainda previne os tão dolorosos e inconvenientes efeitos colaterais de medicações, a curto e longo prazo.
Mesmo sem comprovação científica ainda, com um estudo controlado e duplo-cego, a dieta vem se mostrando um tratamento coadjuvante eficaz no tratamento do autismo de muitos indivíduos afetados.
Para você que é pai, mãe ou profissional e quer se aprofundar no tema para avaliar a possibilidade de incluir a dieta sem glúten e sem caseína no tratamento de seu filho, ou sugeri-la aos responsáveis de seus pacientes, o primeiro e ainda único livro no Brasil sobre o tema é o: Autismo Esperança pela Nutrição, de Claudia Marcelino, editora M. Books.
* Algumas pesquisas médicas publicadas:
- Autism Spectrum Disorders and Allergy: Observation from a Pediatric Allergy/immunology Clinic
Harumi Jyonouchi
Authors and Disclosures
Posted: 06/15/2010; Expert Rev Clin Immunol. 2010;6(3):397-411.
- Dysregulated innate immune responses in young children with autism spectrum disorders: their relationship to gastrointestinal symptoms and dietary intervention. Neuropsychobiology. 2005;51(2):77-85.
- Gluten- and casein-free diets for autistic spectrum disorder. Cochrane Database Syst Rev. 2004;(2):CD003498.
- Immune response to dietary proteins, gliadin and cerebellar peptides in children with autism. Nutr Neurosci. 2004 Jun;7(3):151-61.
- Evaluation of an association between gastrointestinal symptoms and cytokine production against common dietary proteins in children with autism spectrum disorders. J Pediatr. 2005 May;146(5):605-10.
- Spontaneous mucosal lymphocyte cytokine profiles in children with autism and gastrointestinal symptoms: mucosal immune activation and reduced counter regulatory interleukin-10. J Clin Immunol. 2004 Nov;24(6):664-73.
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sábado, 26 de janeiro de 2013
Metilação, Inflamação e autismo:
O programa Underground Wellness recentemente entrevistou o Dr. Tim Jackson DPT. O tema da entrevista foi Síndromes neuro imunes.
Síndromes neuro imunes incluem Alzheimer, alergias, TDA, TDAH, autismo, vertigens, distúrbios de processamento, e muitas outras condições.
As informações mais importantes foram resumidas neste post.
Tradução de Claudia Marcelino.
Síndromes neuro imunes incluem Alzheimer, alergias, TDA, TDAH, autismo, vertigens, distúrbios de processamento, e muitas outras condições.
As informações mais importantes foram resumidas neste post.
Tradução de Claudia Marcelino.
Dr. Jackson enfatizou que o primeiro passo para a recuperação é controlar a inflamação. Grande parte do controle da inflamação vem da trajetória de metilação. A pessoa tem que ter um evento inflamatório que afeta os genes para dar início a inflamação.
Síndromes neuro imunes são distúrbios que afetam tanto o sistema nervoso e o sistema imunológico, que estão intimamente ligados. Ambos são cobertos por gordura. TDA, TDAH, autismo, esclerose lateral amiotrófica, doença de Alzheimer, vertigens e síndrome pós-concussão são alguns exemplos. Tem de haver um evento inflamatório para ligar o gene que causa a inflamação contínua.
Tanto o sistema nervoso quanto o sistema imunológico têm componentes cobertos de gordura. As células T têm uma membrana lipídica que as cobre. Mielina cobre o sistema nervoso. Artrite reumatoide e osteoartrite, alergias alimentares graves, doenças mitocondriais, esclerose múltipla, Parkinson, enxaqueca, a acumulação de metais pesados, deficiências hormonais, hipotiroidismo e crescimento excessivo de infecções, tais como provocados por vírus e Candida podem ser afetados por metilação prejudicada.
Dr. Jackson enfatizou que, "Você não pode abandonar o seu caminho para a saúde". Você pode precisar tratar infecções, mas a longo prazo você deve reconstruir o sistema imunológico para cuidar de infecções por conta própria.
Dr. Jackson enfatizou que, "Você não pode abandonar o seu caminho para a saúde". Você pode precisar tratar infecções, mas a longo prazo você deve reconstruir o sistema imunológico para cuidar de infecções por conta própria.
30% da população tem uma condição que se enquadra na categoria de Síndromes neuro imunes. Não é genética, mas epigenética. Você pode ter uma predisposição, mas tem que ter um gatilho inflamatório para acionar os genes. Os disparadores podem ser uma vacina, infecção, cirurgia, stress emocional, ou qualquer trauma que conduz à inflamação.
A metilação é o processo de adição de um átomo de carbono e três átomos de hidrogênio à uma molécula. Neurotransmissores e proteínas são metilados. O corpo usa a metilação para criar células-T para matar os vírus, as bactérias e cânceres. É uma série de mais de 100 reações do organismo que são responsáveis pela produção de dopamina, fatores de crescimento e glutationa. Glutationa ajuda na remoção dos metais pesados. Pessoas que fizeram quelação por anos e anos, muitas vezes têm os metais saindo automaticamente através da otimização do ciclo de metilação.
Metilação envolve B6, B12 e ácido fólico. O ácido fólico é o nutriente chave na via de metilação. Muitas pessoas não podem converter o ácido fólico na forma solúvel em gordura para o sistema imunológico e nervoso utilizarem para se curar. B6 e B12 são solúveis em água. Dr. Jackson utiliza uma loção tópica com a forma ativa do ácido fólico, solúvel em gordura para permitir que o sistema nervoso e sistema imunitário a utilizem para se curar.
O paciente pode ter dificuldades com a enzima que permite a conversão de ácido fólico para a forma ativa ou, lipossolúvel. O paciente também pode desenvolver um anticorpo para o ácido fólico (Anticorpos para os receptores de folato), que pode acontecer em algumas pessoas que não foram amamentadas.
Metilação está envolvido na produção de células T dirigidas à vírus, bactérias, e cancros. Baixas de células T podem levar à acumulação de diferentes infecções. Algumas pessoas pensam que se você não ficar doente, o seu sistema imunitário é forte, mas pode representar que seu sistema imunológico não pode simplesmente nem montar uma resposta.
Quando as células T são baixas, as células B são geralmente elevadas, levando a alergias alimentares e ambientais. As células B são as células alérgicas e inflamatórias. Você geralmente será alérgico a uma grande quantidade de alimentos até que você corrija o sistema imunológico.
A dopamina é um neurotransmissor mestre. Ela está envolvido na memória, foco, concentração, sono, habilidades motoras finas, controle hormonal através da hipófise, e da motilidade intestinal. A dopamina regula os outros neurotransmissores. Quando é baixa, você pode estar ansioso, pois serotonina e GABA podem estar baixos.
Quando a metilação é prejudicada, as células B estarão altas e você terá inflamação em curso. Vírus criam tempestades de citoquinas que também propagam a inflamação.
Você não pode curar uma doença ou síndrome até que você controle a inflamação. Você simplesmente não pode se recuperar enquanto estiver inflamado. Uma vez que a metilação é corrigida,a inflamação geralmente reduz. No entanto, quando o sistema imune acorda, pode ter um período curto de aumento da inflamação enquanto a metilação melhora e o sistema imunitário começa a tratar a acumulação de micróbios no corpo.
Problemas mitocondriais podem resultar em fadiga em adultos ou tônus baixo em crianças. As células musculares têm 100 mitocôndrias (baterias), enquanto as células do sistema nervoso têm 3-5. Fadiga crônica e fibromialgia podem estar associados a deficiências mitocondriais.
Se uma criança tem uma deficiência de metilação, eles podem ter problemas mais significativos após a vacinação. A homocisteína é frequentemente elevada com problemas de metilação, mas em crianças, também pode ser muito baixa. As crianças podem ter células T desequilibradas e colocar um vírus vivo para eles em uma vacina pode ser problemático. As últimas estatísticas sobre o autismo é de que 1 em 88 crianças nascidas terão autismo.
Se você tem deficiência de metilação, você tem que controlar a inflamação através das vias de vitamina D ou cortisol / pregnenelone. A vitamina D adicional ou pregnenelone tópico, podem ser utilizados para controlar a inflamação.
A equipe do Dr. Jackson usa sete testes aprovados pelo FDA para procurar vírus diferentes e outros indicadores de deficiência de metilação. O tratamento é por meio de uma loção com um ácido fólico solúvel em gordura, juntamente com B6, B12, e doses elevadas de vitamina D. Isto ajuda a cerca de 60% dos seus clientes. Se eles tiverem o anticorpo para o ácido fólico, utilizarão uma dose mais elevada de prescrição de ácido fólico chamado Leucovorin.
Metilação corrige as coisas em uma ordem particular. A energia mitocondrial irá melhorar ou o tônus muscular vai melhorar em crianças. Os fatores de crescimento transportam gorduras e proteínas.
O desejo de açúcar pode estar relacionado com o fato de o açúcar não requerer os fatores de crescimento para estimular as células. O sistema imunitário começa então a aumentar as células T e a baixar as células B .Por último, desequilibra a dopamina.
O desejo de açúcar pode estar relacionado com o fato de o açúcar não requerer os fatores de crescimento para estimular as células. O sistema imunitário começa então a aumentar as células T e a baixar as células B .Por último, desequilibra a dopamina.
Alguns dos testes que eles utilizam incluem total de células T (geralmente medido em HIV e câncer, mas também baixa em Síndromes neuro imunes), relação CD4 para CD8 (ajuda a suprimir a proporção de células T), homocisteína (risco de acidente vascular cerebral ataque cardíaco, etc .; pode ser um risco para as síndromes neuro imunes se for mais baixa do que 7), vitamina D e testes sensoriais.
Se uma criança for prejudicada antes dos 2 anos de idade, ela normalmente será não-verbal. Se depois de 2 anos de idade, será tipicamente verbal. Há uma chance de 99,9% ter problemas de metilação se for autista.
O exame de sangue para vírus pode resultar em falsos negativos devido a vírus que vivem na mielina e no cérebro.
Haverá um teste no próximo ano para o anticorpo para o receptor de ácido fólico. Para testar o anticorpo hoje, eles olham para o ácido fólico no soro. Se é elevado no sangue, eles assumem ser baixo na célula.
Metais pesados desempenham um grande papel em síndromes neuro imunes. Existe uma sinergia entre Candida, leveduras e vírus e os metais pesados. As pessoas podem abordar Candida apenas para descobrir que deve ser tratada repetidamente o que pode ser um indicador de um problema subjacente de metal pesado.
Se você trabalha nas vias de metilação, metais pesados, muitas vezes,saem naturalmente. Quelante de longo prazo não é, geralmente, uma solução ideal.
Logo no início, o teste para alergias alimentares geralmente resultam em ser alérgico a muitos alimentos. Depois de alguns meses de tratamento, estes geralmente melhoram.
A construção do sistema imunológico através da metilação é o objetivo, mas, inicialmente, eles podem usar antimicrobianos e substâncias imunológicas de apoio para lidar com a carga microbiana.
Post baseado no original: http://www.betterhealthguy.com/joomla/blog/265
Página do Dr. Tim Jackson: http://www.mthfrsupport.com/dr-tim-jackson.html
Link para o áudio da entrevista: http://www.blogtalkradio.com/undergroundwellness/2012/03/30/neuro-immune-disorders-with-dr-tim-jackson
Página do Dr. Tim Jackson: http://www.mthfrsupport.com/dr-tim-jackson.html
Link para o áudio da entrevista: http://www.blogtalkradio.com/undergroundwellness/2012/03/30/neuro-immune-disorders-with-dr-tim-jackson
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sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Desordens dos circuitos neuronais do autismo são reversíveis, diz um novo estudo:
Esta notícia é tão maravilhosa, renova tanto as minhas esperanças, que não poderia deixar de traduzi-la e compartilhá-la.
Reforça também a minha opinião de manter uma dieta mínima em glutamato para autistas, mesmo que por enquanto estudos e médicos digam que não tem nada a ver.
Pra mim faz todo o sentido e tem ajudado sim.
Redes sinápticas em cérebro de roedores de autismo. (Crédito: Stephane Baudouin)
Tradução Claudia Marcelino.
Science Daily (14 de setembro de 2012) - As pessoas com autismo sofrem de um transtorno invasivo do desenvolvimento do cérebro, que se torna evidente na primeira infância. Peter Scheiffele e Kaspar Vogt, professores do Bio centro da Universidade de Basel, identificaram uma disfunção específica em circuitos neuronais que é causada pelo autismo. Na revista Science, os cientistas também relatam sobre o seu sucesso em reverter essas mudanças neuronais. Estas descobertas são um passo importante no desenvolvimento de medicamentos para o tratamento para o autismo.
Segundo estimativas atuais, cerca de um por cento de todas as crianças desenvolvem um transtorno do espectro autista. Indivíduos com autismo podem apresentar comportamento social prejudicado, padrões rígidos de comportamento e desenvolvimento da fala limitado. O autismo é um distúrbio hereditário de desenvolvimento do cérebro. Um fator de risco principal para o desenvolvimento de autismo são inúmeras mutações em mais de 300 genes que foram identificados, incluindo o gene neuroligina-3, que está envolvido na formação de sinapses, a junção de contato entre as células nervosas.
A perda da neuroligina-3 interfere com a transmissão do sinal neuronal.
As consequências da perda de neuroligina-3 podem ser estudadas em modelos animais. Camundongos sem o gene para a neuroligina-3 desenvolvem padrões comportamentais que refletem aspectos importantes observados no autismo. Em colaboração com o laboratório Roche grupos de pesquisa da Universidade de Basileia já identificaram um defeito no sinal de transmissão sináptica que interfere com a função e plasticidade dos circuitos neuronais.
Estes efeitos negativos são associados com o aumento da produção de um receptor de glutamato neuronal específico, o qual modula a transmissão de sinais entre os neurônios.
Um excesso desses receptores de glutamato inibe a adaptação do sinal de transmissão sináptica durante o processo de aprendizagem, assim perturbando o desenvolvimento e função do cérebro, a longo prazo.
Da maior importância é a constatação de que a impossibilidade de desenvolvimento do circuito neuronal no cérebro é reversível.
Quando os cientistas reativaram a produção de neuroligina-3 em ratinhos, as células nervosas reduziram a produção de receptores de glutamato para um nível normal e os defeitos estruturais no cérebro típico para o autismo desapareceram. Assim, estes receptores do glutamato podem ser um alvo farmacológico adequado, a fim de parar a desordem de desenvolvimento do autismo, ou mesmo inverter isto.
Visão para o futuro: Medicação para o autismo:
O autismo atualmente não pode ser curado. Atualmente, apenas os sintomas da doença podem ser aliviados por meio de terapia comportamental e outros tratamentos. Uma nova abordagem para o tratamento, no entanto, foi descoberta por meio dos resultados obtidos neste estudo. Em um dos projetos apoiados pela União Europeia, EU-Aims, os grupos de pesquisa da Biozentrum estão trabalhando em colaboração com a Roche e outros parceiros na indústria sobre como aplicar os antagonistas dos receptores de glutamato para o tratamento do autismo e esperança, de que, no futuro, esta desordem possa ser tratada com sucesso em crianças e adultos.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Terra Diatomácea para a recuperação metabólica:
Por Claudia Marcelino.
Já falei aqui no blog sobre as maravilhas das argilas para a limpeza do intestino e do trato digestivo e os benefícios que este feito pode trazer para a nossa saúde.
Quem se interessa por meios naturais para o tratamento do autismo, sempre ouvirá sobre o impacto de fungos, parasitas, leveduras e vermes sobre o sistema imunológico e a qualidade de vida de autistas.
A pouco tempo na constante troca de informações de pais em grupos de discussão, conheci a terra diatomácea - Diatomaceous Earth, ou simplesmente: DE.
Terra diatomácea consiste de restos fossilizados de diatomáceas, um tipo de alga unicelular de carapaça dura, que é moída e transformada em um pó tão fino quanto um talco e de coloração off white. Estas diatomáceas fossilizadas são de fontes de água doce e salgada. Os depósitos de água doce são as puras o suficiente para o consumo humano.
A terra diatomácea para consumo interno, cuidado, pois, também há a de uso industrial, consiste de 85% de sílica amorfa e cerca de 20 minerais.
Sílica desempenha um papel importante em muitas funções do corpo e tem uma relação direta com a absorção de minerais como o cálcio e o fósforo.
Como a terra diatomácea trabalha em nosso corpo?
1. Como vocês podem ver na imagem acima de partículas de DE aumentadas 7000 vezes, elas são como um cilindro cheio de buracos. Este cilindro tem uma carga negativa muito forte. Quando estes milhões de cilindros se movem através do estômago e trato digestivo, atraem e absorvem as bactérias, fungos, protozoários, vírus, endotoxinas, pesticidas, e resíduos de drogas, E-Coli, e os metais pesados. Estes agentes são presos no interior do cilindro e excretados para fora do corpo. Além disso, os parasitas maiores, vermes, que estejam no estômago ou do trato digestivo são "cortados" e mortos pelas bordas afiadas da DE.
Todas estas atividades resultam em um corpo muito mais saudável, com menos doença.
2. DE é muito dura. Os diamantes tem uma escala de dureza 9, DE é um 7.
Isto é muito importante, porque, quando os milhões de cilindros minúsculos rígidos e afiados de DE passam através dos intestinos delgado e grosso, eles "limpam" as paredes (Nota: sem prejudicar a parede intestinal). Depois de apenas alguns meses tomando a terra diatomácea, a parede do intestino não é mais revestida com muco e leveduras!
Assim, a DE ajuda a promover movimentos intestinais regulares e um cólon saudável. Um cólon limpo e saudável previne pólipos, câncer, úlceras e desintoxicação contínua do corpo.
Um cólon, revestido de toxinas não permite muitos nutrientes da nossa alimentação serem devidamente absorvidos.
3. Uma pequena quantidade de terra de diatomácea de grau alimentar é absorvida na corrente sanguínea. Quando estas partículas se movem pelo corpo, limpam os vasos sanguíneos e também destroem gorduras ruins, melhorando assim a pressão arterial e os níveis de colesterol.
4. O maior e melhor efeito da DE em geral seria o seu efeito vermífugo, eliminando vermes de forma natural sem os efeitos colaterais das medicações, podendo ser consumida por crianças, gestantes e até animais domésticos e usando-a de forma contínua para ação preventiva.
Outro fator interessante de uso da terra diatomácea é que ela é um pesticida natural sem risco de intoxicação para o tratamento de pragas domiciliares como: piolhos, carrapatos, pulgas e ácaros.
Nesta época de alternativas ecologicamente corretas, é uma excelente alternativa aos produtos químicos tão fortes e que provocam tantos efeitos colaterais.
Eu e meu filho temos tomado a DE a aproximadamente um mês, todos os dias, 1 colher de chá misturada em água, 2 vezes ao dia, uma pela manhã, uma a noite.
Pela manhã adicionamos também a argila verde.
Tenho notado as fezes mais macias e nas primeiras semanas percebi restos de vermes nas minhas fezes sem nenhuma análise mais profunda.
Certamente é uma excelente opção de desintoxicação.
Maiores informações:
http://www.earthworkshealth.com/How-Diatomaceous-Earth-Works.php
http://www.naturalnews.com/030875_diatomaceous_earth_supplement.html
http://wolfcreekranch1.tripod.com/buy_diatomaceous_earth.html
Já falei aqui no blog sobre as maravilhas das argilas para a limpeza do intestino e do trato digestivo e os benefícios que este feito pode trazer para a nossa saúde.
Quem se interessa por meios naturais para o tratamento do autismo, sempre ouvirá sobre o impacto de fungos, parasitas, leveduras e vermes sobre o sistema imunológico e a qualidade de vida de autistas.
A pouco tempo na constante troca de informações de pais em grupos de discussão, conheci a terra diatomácea - Diatomaceous Earth, ou simplesmente: DE.
Terra diatomácea consiste de restos fossilizados de diatomáceas, um tipo de alga unicelular de carapaça dura, que é moída e transformada em um pó tão fino quanto um talco e de coloração off white. Estas diatomáceas fossilizadas são de fontes de água doce e salgada. Os depósitos de água doce são as puras o suficiente para o consumo humano.
A terra diatomácea para consumo interno, cuidado, pois, também há a de uso industrial, consiste de 85% de sílica amorfa e cerca de 20 minerais.
Sílica desempenha um papel importante em muitas funções do corpo e tem uma relação direta com a absorção de minerais como o cálcio e o fósforo.
Como a terra diatomácea trabalha em nosso corpo?
1. Como vocês podem ver na imagem acima de partículas de DE aumentadas 7000 vezes, elas são como um cilindro cheio de buracos. Este cilindro tem uma carga negativa muito forte. Quando estes milhões de cilindros se movem através do estômago e trato digestivo, atraem e absorvem as bactérias, fungos, protozoários, vírus, endotoxinas, pesticidas, e resíduos de drogas, E-Coli, e os metais pesados. Estes agentes são presos no interior do cilindro e excretados para fora do corpo. Além disso, os parasitas maiores, vermes, que estejam no estômago ou do trato digestivo são "cortados" e mortos pelas bordas afiadas da DE.
Todas estas atividades resultam em um corpo muito mais saudável, com menos doença.
2. DE é muito dura. Os diamantes tem uma escala de dureza 9, DE é um 7.
Isto é muito importante, porque, quando os milhões de cilindros minúsculos rígidos e afiados de DE passam através dos intestinos delgado e grosso, eles "limpam" as paredes (Nota: sem prejudicar a parede intestinal). Depois de apenas alguns meses tomando a terra diatomácea, a parede do intestino não é mais revestida com muco e leveduras!
Assim, a DE ajuda a promover movimentos intestinais regulares e um cólon saudável. Um cólon limpo e saudável previne pólipos, câncer, úlceras e desintoxicação contínua do corpo.
Um cólon, revestido de toxinas não permite muitos nutrientes da nossa alimentação serem devidamente absorvidos.
3. Uma pequena quantidade de terra de diatomácea de grau alimentar é absorvida na corrente sanguínea. Quando estas partículas se movem pelo corpo, limpam os vasos sanguíneos e também destroem gorduras ruins, melhorando assim a pressão arterial e os níveis de colesterol.
4. O maior e melhor efeito da DE em geral seria o seu efeito vermífugo, eliminando vermes de forma natural sem os efeitos colaterais das medicações, podendo ser consumida por crianças, gestantes e até animais domésticos e usando-a de forma contínua para ação preventiva.
Outro fator interessante de uso da terra diatomácea é que ela é um pesticida natural sem risco de intoxicação para o tratamento de pragas domiciliares como: piolhos, carrapatos, pulgas e ácaros.
Nesta época de alternativas ecologicamente corretas, é uma excelente alternativa aos produtos químicos tão fortes e que provocam tantos efeitos colaterais.
Eu e meu filho temos tomado a DE a aproximadamente um mês, todos os dias, 1 colher de chá misturada em água, 2 vezes ao dia, uma pela manhã, uma a noite.
Pela manhã adicionamos também a argila verde.
Tenho notado as fezes mais macias e nas primeiras semanas percebi restos de vermes nas minhas fezes sem nenhuma análise mais profunda.
Certamente é uma excelente opção de desintoxicação.
Maiores informações:
http://www.earthworkshealth.com/How-Diatomaceous-Earth-Works.php
http://www.naturalnews.com/030875_diatomaceous_earth_supplement.html
http://wolfcreekranch1.tripod.com/buy_diatomaceous_earth.html
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terça-feira, 14 de agosto de 2012
Oxitocina e o Cérebro Social no Autismo:
Por Claudia Marcelino.
O uso da oxitocina para o tratamento do autismo não é uma novidade para quem acompanha as notícias relacionadas ao transtorno.
O burburinho nos grupos de discussão foi grande em 2010 (embora o início das pesquisas data de 1998) quando foi divulgado um estudo feito por um grupo de cientistas avaliando o desempenho social de 13 voluntários com autismo de alto funcionamento através de um jogo no computador. Como foi feita esta pesquisa está bem descrito neste link.
Confesso que na época não tive o mínimo interesse no assunto. Por quê?
Repensando em por que esse assunto passou sem me chamar a atenção, descobri que o fato de ter sido feito com autistas de alto funcionamento foi o que mais me bloqueou: não é a minha realidade, meu filho é autista clássico e sofremos com tantos sintomas que a meu ver eram mais urgentes, como: hiperatividade, agitação vocal, estereotipias... do que um melhor desempenho social, pensava. Até porque, eu não tinha entendido no quê a oxcitocina mexia para melhorar este desempenho social.
Mas agora a oxcitocina voltou aos círculos de discussões com outro estudo duplo-cego (utilizando a droga e um placebo) feito pela Universidade de Yale, com um grupo bem maior de pacientes, com e sem alto funcionamento e de várias idades.
Aliado a isso, passo por um momento de descoberta com meu filho: de uns tempos para cá, temos percebido (família e terapeutas) que ele está mais presente, mais sociável, com respostas verbais e em ações, mais rápidas.
E como isso aconteceu? O que mudou?
Então percebi que o seu processamento cerebral está melhor. Só não entendia o por quê disso estar acontecendo.
Aí...
A poucos dias numa troca de mensagens em um grupo americano, uma mãe falou em "Auditory Processing Delay" - Atraso no processamento auditivo: eles escutam, mas demoram a processar a informação ouvida, isto quando processam. E este processo leva a demora da resposta, impactando logicamente o seu desempenho social. Então consegui dar nome à melhora vista em meu filho: ele melhorou neste processamento auditivo.
Como? Eu não sei :) Fazemos vários tratamentos ao mesmo tempo, só sei que melhorou e não foi com a oxitocina, pois não a usamos ainda.
Mas... lendo sobre a oxitocina e o novo estudo apresentado na IMFAR - International Meeting For Autism Research, me parece que são nestas sutilezas de coisas aparentemente sem importância para as habilidades sociais, que a oxitocina mexe.
Este estudo em larga escala mais recente de Yale, feito com pacientes entre 7 e 18 anos, ainda está em andamento e não foi publicado, mas os resultados preliminares tem sido esperançosos não para uma cura, mas para um melhor desempenho do autista contribuindo com a sua qualidade de vida.
No estudo eles dão uma única dose de oxitocina em spray nasal e imediatamente após fazem um exame de ressonância magnética funcional do cérebro.
Os resultados revelam um aumento quase que imediato de ativação de regiões do cérebro conhecidas por controlar a comunicação e o desempenho social envolvidos no autismo, como pode ser visto na imagem acima.
Um dos pesquisadores disse que as regiões ativadas, estão envolvidas em várias rotas de processamento de informação social, como: ver, ouvir e processar informações relevante ao entendimento de outras pessoas.
Para mais informações:
http://www.huffingtonpost.co.uk/2012/05/21/health-oxytocin-improves-autism-brain-function_n_1532390.html
http://www.sciencedaily.com/releases/2012/05/120519213236.htm
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/984801-hormonio-cerebral-e-testado-para-tratar-pessoa-com-autismo.shtml
http://psychcentral.com/lib/2008/about-oxytocin/all/1/
http://www.sagelearningcenter.com/images/articles/WhatIsAuditory.pdf
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quinta-feira, 26 de julho de 2012
Distúrbios Comportamentais e Intolerância a Fenóis:
Por Claudia Marcelino:
Distúrbios comportamentais podem estar intimamente ligados à intolerâncias alimentares e em muitos casos, esta intolerância pode ser a fenóis.
Muitas vezes podemos fazer um controle natural do comportamento de pessoas com o espectro autista, TDA ou TDAH, fazendo uma avaliação cuidadosa e criteriosa relacionando o consumo alimentar aos sintomas que se apresentam, evitando desta forma o uso de medicamentos e calmantes com perigosos efeitos colaterais.
No meu post sobre "Alergia Cerebral e Autismo" vocês poderão ver que fenóis se tornaram meu maior pesadelo numa fase de vida de meu filho. E sim, como a nossa vida e nossa saúde se constrói a cada dia, podemos desenvolver intolerância à fenóis a qualquer momento e também nos livrarmos dela.
Estima-se que 80% de pessoas no espectro autista possa em algum momento, ter intolerância a fenóis e salicilatos.
Fenóis estão presentes em corantes alimentares, sabores e conservantes artificiais.
Mas o grande problema é que alimentos naturais e considerados saudáveis são muito ricos em fenóis como frutas e legumes bem coloridos, ricos em bioflavonóides e em carotenóides (caroteno, luteína, licopeno, xantofila, e zeaxantina). O que torna a situação bem difícil para os que possuem esta intolerância.
Quase todos os alimentos têm fenóis, mas em quantidades variáveis.
Os salicilatos são um subgrupo de fenóis.
Salicilato é um grupo de substâncias químicas relacionadas com a aspirina. Existem vários tipos de salicilato de plantas, que fazem como um pesticida natural para se proteger. Alimentos ricos em salicilatos naturais são tomates, maçãs, laranjas, amendoim, cacau (chocolate), uvas vermelhas, café, todas as frutas, pimentas, chás, frutas silvestres... para citar alguns.
A intolerância à fenóis e salicilatos está intimamente relacionada a deficiência de sulfato, à deficiência da enzima PST e à fase II de desintoxicação do fígado.
Os compostos lipossolúveis dependem das duas fases de desintoxicação. Na fase I eles são inicialmente biotransformados em fenóis pela introdução de um grupo hidroxila (-OH) e, o fenol formado, é então conjugado por uma reação da fase II (sulfatação) em fenil sulfato.
Não havendo sulfato disponível para esta função, há um acúmulo de fenóis no organismo que pioram quando mais fenóis são ingeridos, pois fenóis e aminas também são produzidos em nosso organismo por bactérias, leveduras e fungos.
Os sintomas de deficiência de sulfato e consequente problemas com fenóis / salicilatos, são:
- Orelhas e bochechas avermelhadas,
- Hiperatividade motora e vocal,
- Riso inapropriado,
- Suor noturno,
- Olheiras,
- Sede excessiva,
- Eczemas,
- Rubor facial,
- Dificuldade para dormir,
- Sono perturbado e roupa de cama com odor forte,
- Algumas pessoas tem fortes problemas de regulação das emoções.
- Meu filho também apresentava incontinência urinária ou constante irritação e manipulação da genitália.
As reações a fenóis em meu filho se manifestavam como:
Tremor nas mãos, batimento cardíaco acelerado, flushings no rosto, dilatação da pupila, constante estado de alerta, agitação motora (movimentação constante, flappings e steemings) e vocal com ecolalia repetitiva, desconcentração, auto-agressão, alteração bipolar (hora chorando, hora risadas histéricas) com duração de 7 a 10 dias.
Estas bolinhas no antebraço melhoraram muito com medicação anti acne, mas agravam um pouco sempre que há reação ao fenol:
A artista autista, Donna Williams, relata em seus textos que salicilatos a transformavam em uma besta-fera.
Muitas de nós mães de autistas podemos nos identificar com seus relatos ao vermos nossas crianças algumas vezes totalmente descompensadas.
Dr. Rosemary Waring verificou que a maioria das crianças do espectro do autismo tem baixos níveis de sulfato devido a uma deficiência na via PST. Esta via de desintoxicação processa compostos fenólicos, incluindo salicilatos (os salicilatos são um subconjunto de fenóis), corantes alimentares artificiais, aromatizantes artificiais, alguns conservantes e hormônios. Além de requerer a PST, a pesquisadora encontrou que os salicilatos ainda suprimem a atividade de qualquer enzima PST presente, tornando as coisas piores. Corantes alimentares também têm sido mostrados que inibem a enzima PST.
Há duas maneiras que você pode aliviar a carga tóxica na via PST:
Uma delas é a redução da quantidade de fenóis e toxinas que entram no corpo. Esta é a base do Programa Feingold.
Então você deve eliminar o consumo de alimentos e substâncias ricos em fenóis:
Retire as comidas amarelas e vermelhas (temperos como: páprica, cúrcuma, coloral e frutas como: manga, mamão, uvas, todo tipo de berrie: morangos, mirtilos, açaí, framboesa, cereja...), cítricos, chocolate, chás, milho, banana, remédios com ácido salicílico, toda fonte de corante artificial.
Muitas vezes o consumo de enzimas próprias para a metabolização de fenóis, ajuda no consumo desses alimentos. Outras vezes, além de fazer uma dieta restrita, ainda deve-se tomar estas enzimas. Os casos são muito variáveis.
Estas enzimas são a No-Phenol da Houston Pharmaceuticals e a Carbdigest da Enzymedica.
Outra opção é aumentar o processo de desintoxicação e fornecer mais sulfato. Isso aumenta a quantidade de toxinas processadas e excretadas. Íons de sulfato podem não ser bem absorvidos pelo intestino, então simplesmente dar mais enxofre diretamente por ingestão de suplementos pode não produzir resultados satisfatórios.
A forma mais eficaz de aumentar os níveis de sulfato no corpo é através do sulfato de magnésio com banhos ou o uso de cremes.
Oriente-se a respeito com um médico qualificado.
Certamente este déficit de sulfato e intolerância a fenóis pode ser a resposta para muitos dos distúrbios comportamentais de seu filho e eliminar ou administrar a causa, certamente trará mais benefícios do que tratar sintomas.
Mais informações:
http://healingautismandadhd.wordpress.com/diet-2/phenolssalicylates/
http://www.enzymestuff.com/epsomsalts.htm
http://www.feingold.org/
Distúrbios comportamentais podem estar intimamente ligados à intolerâncias alimentares e em muitos casos, esta intolerância pode ser a fenóis.
Muitas vezes podemos fazer um controle natural do comportamento de pessoas com o espectro autista, TDA ou TDAH, fazendo uma avaliação cuidadosa e criteriosa relacionando o consumo alimentar aos sintomas que se apresentam, evitando desta forma o uso de medicamentos e calmantes com perigosos efeitos colaterais.
Imagem retirada daqui.
No meu post sobre "Alergia Cerebral e Autismo" vocês poderão ver que fenóis se tornaram meu maior pesadelo numa fase de vida de meu filho. E sim, como a nossa vida e nossa saúde se constrói a cada dia, podemos desenvolver intolerância à fenóis a qualquer momento e também nos livrarmos dela.
Estima-se que 80% de pessoas no espectro autista possa em algum momento, ter intolerância a fenóis e salicilatos.
Fenóis estão presentes em corantes alimentares, sabores e conservantes artificiais.
Mas o grande problema é que alimentos naturais e considerados saudáveis são muito ricos em fenóis como frutas e legumes bem coloridos, ricos em bioflavonóides e em carotenóides (caroteno, luteína, licopeno, xantofila, e zeaxantina). O que torna a situação bem difícil para os que possuem esta intolerância.
Quase todos os alimentos têm fenóis, mas em quantidades variáveis.
Os salicilatos são um subgrupo de fenóis.
Salicilato é um grupo de substâncias químicas relacionadas com a aspirina. Existem vários tipos de salicilato de plantas, que fazem como um pesticida natural para se proteger. Alimentos ricos em salicilatos naturais são tomates, maçãs, laranjas, amendoim, cacau (chocolate), uvas vermelhas, café, todas as frutas, pimentas, chás, frutas silvestres... para citar alguns.
A intolerância à fenóis e salicilatos está intimamente relacionada a deficiência de sulfato, à deficiência da enzima PST e à fase II de desintoxicação do fígado.
Os compostos lipossolúveis dependem das duas fases de desintoxicação. Na fase I eles são inicialmente biotransformados em fenóis pela introdução de um grupo hidroxila (-OH) e, o fenol formado, é então conjugado por uma reação da fase II (sulfatação) em fenil sulfato.
Não havendo sulfato disponível para esta função, há um acúmulo de fenóis no organismo que pioram quando mais fenóis são ingeridos, pois fenóis e aminas também são produzidos em nosso organismo por bactérias, leveduras e fungos.
Os sintomas de deficiência de sulfato e consequente problemas com fenóis / salicilatos, são:
- Orelhas e bochechas avermelhadas,
- Hiperatividade motora e vocal,
- Riso inapropriado,
- Suor noturno,
- Olheiras,
- Sede excessiva,
- Eczemas,
- Rubor facial,
- Dificuldade para dormir,
- Sono perturbado e roupa de cama com odor forte,
- Algumas pessoas tem fortes problemas de regulação das emoções.
- Meu filho também apresentava incontinência urinária ou constante irritação e manipulação da genitália.
As reações a fenóis em meu filho se manifestavam como:
Tremor nas mãos, batimento cardíaco acelerado, flushings no rosto, dilatação da pupila, constante estado de alerta, agitação motora (movimentação constante, flappings e steemings) e vocal com ecolalia repetitiva, desconcentração, auto-agressão, alteração bipolar (hora chorando, hora risadas histéricas) com duração de 7 a 10 dias.
Estas bolinhas no antebraço melhoraram muito com medicação anti acne, mas agravam um pouco sempre que há reação ao fenol:
A artista autista, Donna Williams, relata em seus textos que salicilatos a transformavam em uma besta-fera.
Muitas de nós mães de autistas podemos nos identificar com seus relatos ao vermos nossas crianças algumas vezes totalmente descompensadas.
Dr. Rosemary Waring verificou que a maioria das crianças do espectro do autismo tem baixos níveis de sulfato devido a uma deficiência na via PST. Esta via de desintoxicação processa compostos fenólicos, incluindo salicilatos (os salicilatos são um subconjunto de fenóis), corantes alimentares artificiais, aromatizantes artificiais, alguns conservantes e hormônios. Além de requerer a PST, a pesquisadora encontrou que os salicilatos ainda suprimem a atividade de qualquer enzima PST presente, tornando as coisas piores. Corantes alimentares também têm sido mostrados que inibem a enzima PST.
Há duas maneiras que você pode aliviar a carga tóxica na via PST:
Uma delas é a redução da quantidade de fenóis e toxinas que entram no corpo. Esta é a base do Programa Feingold.
Então você deve eliminar o consumo de alimentos e substâncias ricos em fenóis:
Retire as comidas amarelas e vermelhas (temperos como: páprica, cúrcuma, coloral e frutas como: manga, mamão, uvas, todo tipo de berrie: morangos, mirtilos, açaí, framboesa, cereja...), cítricos, chocolate, chás, milho, banana, remédios com ácido salicílico, toda fonte de corante artificial.
Muitas vezes o consumo de enzimas próprias para a metabolização de fenóis, ajuda no consumo desses alimentos. Outras vezes, além de fazer uma dieta restrita, ainda deve-se tomar estas enzimas. Os casos são muito variáveis.
Estas enzimas são a No-Phenol da Houston Pharmaceuticals e a Carbdigest da Enzymedica.
Outra opção é aumentar o processo de desintoxicação e fornecer mais sulfato. Isso aumenta a quantidade de toxinas processadas e excretadas. Íons de sulfato podem não ser bem absorvidos pelo intestino, então simplesmente dar mais enxofre diretamente por ingestão de suplementos pode não produzir resultados satisfatórios.
A forma mais eficaz de aumentar os níveis de sulfato no corpo é através do sulfato de magnésio com banhos ou o uso de cremes.
Oriente-se a respeito com um médico qualificado.
Certamente este déficit de sulfato e intolerância a fenóis pode ser a resposta para muitos dos distúrbios comportamentais de seu filho e eliminar ou administrar a causa, certamente trará mais benefícios do que tratar sintomas.
Mais informações:
http://healingautismandadhd.wordpress.com/diet-2/phenolssalicylates/
http://www.enzymestuff.com/epsomsalts.htm
http://www.feingold.org/
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sexta-feira, 1 de junho de 2012
Comorbidades Médicas associadas ao Autismo
Por Claudia Marcelino.
Eu estou a 21 anos nessa estrada do autismo.
Quando os médicos começaram a suspeitar do autismo de meu filho, passaram uma série de exames para descartar outras possibilidades como: surdez, danos neurológicos ou cerebrais, erros inatos do metabolismo, alguma condição genética ... Como na maioria absoluta dos casos, não havia nada de errado em seus exames e o diagnóstico de Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, foi dado aos 5 anos de idade.
A partir daí eu tive a impressão que tinha parido o filho do Super Homem porque a sua única condição passou a ser o autismo.
Seu médico passou a ser um psiquiatra e quando chegava no consultório reclamando que meu filho não parava, urrava como um leão, urinava na cama todas as noites, tinha episódios de diarreia, se auto agredia, entre várias outras coisas, tudo o que ouvia era: AUTISMO É ASSIM MESMO!
Como assim?????????
Não era possível que eu tinha que me conformar que meu filho não teria jeito!
Nunca me solicitavam um simples exame de sangue, urina ou fezes, nunca!
Um interesse em tentar avaliar o que possivelmente poderia estar provocando aqueles sintomas que não fosse o autismo, então era pedir demais!
Seu tratamento médico por mais de 10 anos consistiu em trocas de medicação psiquiátrica e nada mais.
Foi somente aos 19 anos por total insistência e pesquisa minha, que descobri que meu filho apresentava alergia alimentar múltipla e severa que agravava absurdamente seu quadro de autismo.
Além da alergia alimentar, meu filho apresenta várias das condições abaixo que exemplificarei com um * ao lado.
Por isso, ao ler esta mensagem escrita pelo Dr. Kartzinel em seu blog, não poderia deixar de repassá-la e alertar aos pais para investigarem estas condições em seus filhos. Eles merecem gozar de uma vida saudável como qualquer um, além de ter uma grande melhora na sua qualidade de vida condicionada ao autismo.
Tradução Claudia Marcelino.
Sempre que eu considero uma abordagem médica para o tratamento de crianças com autismo, acabo ofendendo um contingente determinado de pessoas. Eles olham para o autismo como um presente ou até mesmo como uma parte daquilo que os tornam únicos e chegam a me pedir para parar o que implica que eles não tem uma "doença" que deve ser "curada".
Eu certamente não pretendo dizer que eles são menores do que qualquer um de qualquer forma, o que é a mais pura verdade! Em vez disso, eu simplesmente quero dizer que eles podem ter distúrbios médicos diagnosticáveis e tratáveis, se abordados, podem melhorar muito sua qualidade de vida.
Eu não acho que eu iria receber qualquer argumento sobre o tratamento de uma criança com autismo, que tem um braço quebrado. A criança tem um braço quebrado, e nada mais importa. O braço tem que ser "consertado" e fundido. Por que eu consideraria não tratar uma criança com autismo que tenha qualquer outra doença médica?
Na minha experiência clínica vejo que crianças com autismo têm muitos problemas médicos que necessitam serem abordados. Aqui está uma lista resumida dos problemas médicos tratáveis que eu considero e trato na minha clínica.
A história dos pais, o exame físico, e os resultados de laboratório ajudarão a determinar como eu posso planejar um plano de tratamento para resolver estes problemas médicos.
Problemas intestinais:
• Doença Inflamatória Intestinal
• Refluxo gastro esofágico
• Gastrite
• Disbiose *
• Intestino permeável *
• Má absorção / má digestão *
• Constipação
• Diarreia
• Dor abdominal crônica
• Inchaço
• Excesso de produção de gás
• motilidade intestinal anormal
Problemas Imunológicos:
• Doenças recorrentes
• Alergias alimentares e ambientais*
• As infecções virais crônicas
• Inflamação crônica*
• Auto-Imunidade
• Deficiências do sistema imunitário
Problemas hematológicas (problemas com o sangue):
• Anemia
• Contagem baixa de glóbulos brancos
• Contagem elevada de plaquetas ou Plaquetopenia
• Glóbulos vermelhos pequenos ou grandes
Carências Nutricionais:
• Níveis anormais de vitaminas*
• Níveis anormais de minerais*
• Níveis anormais de ácidos graxos Omega 3*
• Deficiência de Proteína
Distúrbios Metabólicos:
• Funções do fígado elevadas
• Amônia elevada
• Ácido lático elevado
• Anormalidades de metilação
• Defeitos de dopamina
• Defeitos de sulfatação*
• Alterações de Purina
• Déficits Serotonina
• Déficits de Melatonina*
• Desintoxicação prejudicada*
• Mau funcionamento mitocondrial*
Doenças endócrinas:
• Painéis anormais da tireóide
• Produção de cortisol anormal
• Produção de testosterona anormal
• Produção anormal do hormônio do crescimento
• Utilização anormal da glicose
Distúrbios Neurológicos:
• Hipotonia
• Convulsões
• Disfunção Sensorial*
• Irregularidades de perfusão cerebral
• Alterações do ciclo sono
• Estereotipias (Stimming)*
• Incapacidades Visuais
• Deficiências Auditivas
• Dores de cabeça e enxaquecas
Eu descobri que muitos dos sintomas de autismo como uma criança não dormir durante a noite pode ser totalmente eliminado quando a intervenção terapêutica é iniciada direito. Estas crianças não merecem ser saudáveis? Claro que sim.
Haverão aqueles que, suponho, irão discordar com a própria noção de considerar um hemograma de uma criança que por acaso tem autismo.
Winnie the Pooh descreve essas pessoas muito bem: "Por ser um urso do cérebro muito pequeno, palavras longas me incomodam."
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