Neste último fim de semana, estive no II Congresso Internacional de Tratamentos Biomédicos para o Autismo em SP.
As palestras foram bem interessantes e como sempre, aprendi algo diferente e que pode influenciar diretamente a vida de meu filho.
Já havia assistido a palestra do Dr. Shaw sobre o envolvimento de baixos níveis de colesterol total nos sintomas de autismo. Sinceramente não tinha dado muita importância ao tema, pois os sintomas que ele descrevia, de hipoatividade, eram completamente diferentes dos de meu filho que é hiper. Neste congresso ele voltou a falar sobre o colesterol sempre falando que é um ponto muito importante a ser considerado nos portadores de autismo porque 57% dos pacientes apresentam níveis abaixo de 160 mg/dl agravando, ou emperrando melhoras no tratamento.
Por curiosidade, fui verificar os exames de meu filho do ano passado. Me surpreendi ao verificar que seus níveis se encaixavam nos 57%!!! Seu colesterol estava em 136 mg/dl e provavelmente agora deve estar mais baixo ainda, visto que não consome ovos devido a alergia tanto à clara, quanto à gema.
Traduzo abaixo uma postagem feita pelo Dr. Kurt Woeller, que explica bem o que foi passado na palestra.
Vamos falar sobre o baixo colesterol ou os problemas de colesterol observados no autismo e as terapias que podem ser usadas para ajudar a aumentar o colesterol.
É interessante já que falamos tanto na medicina ao longo dos anos sobre o colesterol elevado.
Sabemos que o colesterol elevado é um precursor de doença cardíaca pode ser um fator de risco para doença cardíaca e acidente vascular cerebral se o nível de colesterol subir muito alto. Você muito raramente ouve sobre o colesterol baixo.
A maioria dos médicos olham para baixo colesterol e dizem "Oh muito bom! você está fazendo um bom trabalho em manter o colesterol baixo".O problema é que você pode ir muito baixo.
Sabemos que quando o seu colesterol é baixo demais pode criar problemas com hormônios em seu corpo, a função imune do organismo, bem como o sistema nervoso. O colesterol é um equilíbrio, assim como qualquer coisa no corpo, tudo está no equilíbrio. Você pode ter certas coisas que serão problemáticas tanto se forem muito altas, quanto se forem muito baixas.
Um exemplo perfeito seria coisas como sódio e potássio. Se os níveis de sódio ficarem muito altos ou os níveis de potássio, será um problema e se eles ficam muito baixos também não é bom.
O colesterol é da mesma maneira. O colesterol é muito importante para o desenvolvimento hormonal. O colesterol é na verdade o precursor dos hormônios sexuais, testosterona, estrogênio, progesterona, DHEA. É também o precursor de cortisol, que é um hormônio de stress no corpo, que ajuda a controlar a inflamação e um hormônio que ajuda a controlar os níveis de potássio e sódio no corpo. Então, o colesterol desempenha um grande papel no desenvolvimento hormonal.
O colesterol é também importante na função imunológica e é muito crítico para o desenvolvimento do cérebro. O colesterol constitui uma percentagem muito grande da nossa membrana celular. A membrana celular é o que ajuda as células a comunicarem umas com as outros.
O colesterol está também envolvido na mielina. A mielina é o que envolve as células nervosas que ajudam na velocidade de condutividade de impulsos elétricos entre as células.
O colesterol é muito, muito importante para a nossa saúde em geral.
Agora, o que foi descoberto, através do trabalho do Dr. Shaw e do Laboratório Great Plains, é que muitas pessoas do espectro do autismo têm colesterol muito baixo. Não é como na doença genética chamada SLOS que é onde essas crianças não possuem uma enzima especial que os ajuda a realmente produzir quantidades suficientes de colesterol. Nesta doença genética denominada SLOS, os níveis podem ser extremamente baixos, por vezes menos do que 60 ou mesmo 50 nos exames de sangue. Às vezes, os níveis podem descer ainda mais baixo do que isso. As crianças com este defeito genético muitas vezes apresentam comportamento autístico associado. Eles tendem a mostrar um monte de comportamento agressivo, irritabilidade, comportamento auto lesivo, problemas de aprendizagem, problemas cognitivos, etc
Eles descobriram que certos indivíduos com SLOS também tem autismo.
O que temos encontrado na prática clínica através de exames, é que a maioria das crianças com o espectro têm baixos níveis de colesterol também. Não ao nível das crianças SLOS, mas ainda baixos para o que é considerado ótimo. Na verdade, estamos procurando um nível de colesterol total de 170 a 180 sendo o ideal.
O que eles descobriram é que menos de 160 pode coincidir com vários sintomas, como: comportamentos agressivos, problemas comportamentais e problemas de aprendizagem, etc
Ao normalizar os níveis de colesterol entre 170 e 180, muitas vezes percebe-se uma grande melhora desses comportamentos.
Em média a maioria das crianças que eu tenho visto estão entre 110 a 120.
Tipicamente, a única maneira de obter-se os níveis de colesterol é comendo grandes quantidades de ovos, pois há cerca de 250 mg de colesterol por ovo. Ou você pode comer miolos de animais ou fígado, o que não agrada a muitas pessoas.
Por isso, muitas crianças com a condição de colesterol baixo, estão comendo ovos todos os dias, o que torna-se um problema para os que apresentam intolerância ou alergia a ovos.
A New Beginnings, que é uma das companhias de suplementos que eu uso normalmente na minha prática, traz um suplemento especial chamado colesterol SONIC. Cada cápsula deste suplemento apresenta 250 mg de colesterol puro, não derivado de ovos, por isso é antialérgico.
Isso é uma coisa muito eficaz de usar para ajudar a elevar os níveis de colesterol de volta para os valores normais. Na minha prática, eu não tenho visto uma criança ir de um colesterol muito baixo para um colesterol muito alto com este suplemento. Geralmente necessita-se de três a quatro meses de utilização deste suplemento especial para obter os níveis acima. Não é algo que muda rapidamente os níveis em exames de sangue. Você pode, entretanto, às vezes ver mudanças rápidas no desenvolvimento cognitivo e nos problemas de comportamento quando você implementa a suplementação de colesterol.
A suplementação de colesterol é uma terapia muito, muito importante e eu tenho visto e usado na minha prática com sucesso muito bom. Uma das coisas que você tem que procurar com os seus filhos se você estiver fazendo qualquer tipo de exame de sangue através de um pediatra, neurologista, etc, é pedir um painel de colesterol ou o que é chamado de perfil lipídico. Você pode ver o valor do colesterol total. Se for inferior a 160, pode ser interessante a suplementação.
Outro fato importante sobre o colesterol, é a sua ligação com a oxitocina.
A oxitocina tem sido um tema recorrente no autismo.
A oxitocina é um hormônio, muitas vezes denominado como o hormônio do amor e está ligado ao prazer e bem estar nas relações sociais.
No autismo a sua deficiência está ligada a ansiedade social, ao reconhecimento de feições faciais e entonação de voz para a expressão de desejos e estados emocionais.
É importante compreender que o colesterol e a oxitocina estão ligados porque o colesterol é um produto químico de ativação para os receptores de oxitocina no cérebro. Se seu filho não tem colesterol suficiente para a produção da oxitocina, seu cérebro não vai funcionar tão bem já que não tem colesterol suficiente para ativar esses receptores de oxitocina.
Isto pode acarretar um grande aumento de ansiedade, já que a pessoa não será hábil em "ler" as pistas corporais de intenções emocionais das pessoas.
Mais informações nos links abaixo:
http://www.greatplainslaboratory.com/home/chinese/cholesterol.asp
Autism: the role of cholesterol in treatment: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18386207
O som dos sinos de vento me fascina! É um sinalizador de novos ares com expectativas brandas ou vigorosas, mas que sempre trazem mudanças e bem estar. E assim é este blog.
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domingo, 15 de abril de 2012
Colesterol e Autismo
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Tratamento Biomédico
domingo, 25 de março de 2012
Autismo - Iniciando o Tratamento Biomédico:
Tradução de Claudia Marcelino para o artigo da Autism File.
Introdução
As crianças diagnosticadas com transtorno do espectro do autismo (ASD) apresentam comportamentos repetitivos, têm dificuldade com a comunicação e enfrentam desafios na socialização com os outros. Enquanto as crianças com ASD exibem uma combinação desses sinais, é de extrema importância nos concentrarmos em tratar as causas subjacentes. A abordagem biomédica do autismo visa resolver os problemas genéticos, epigenéticos e bioquímicos, que são as causas subjacentes dos sintomas de nossas crianças. Epigenética é o processo pelo qual o nosso DNA se expressa. Isto ocorre através da ativação e desativação de genes e pode ser severamente afetado pelo ambiente. Insultos do ambiente levam a várias alterações bioquímicas epigenéticas, por sua vez, levam a mudanças na forma como se comportam as crianças com ASD. Essas agressões ambientais podem levar a mudanças bioquímicas que se manifestam como ciclos viciosos. A abordagem biomédica do autismo visa interromper estes ciclos viciosos em um esforço para restaurar a funcionalidade.
Esta abordagem pode ser resumida como "tirar o que prejudica, e dar o que cura." Esta abordagem, tentar interromper os vários ciclos viciosos, incluindo disfunção gastrointestinal, metilação deficiente, desintoxicação deficiente, e desregulação do sistema imune. Porque estas crianças têm problemas metabólicos subjacentes causados pela genética, epigenética, e toxicidades adquiridas do ambiente, elas melhoram quando tratamos estes problemas metabólicos. ASD é emocionalmente desgastante para os pais e tremendamente difícil de descobrir por um médico, por isso, as crianças com ASD alcançam benefícios maiores quando as intervenções biomédicas são feitas em conjunto com as terapias adequadas de comportamento. É quando nós aplicamos a abordagem biomédica que as crianças com ASD fazem os maiores avanços comportamentais!
Identificar deficiências minerais e vitamínicas
Corrigir as deficiências de vitaminas e minerais por meio de suplementação é um componente essencial para restaurar a saúde de nossas crianças. Muitas crianças com ASD são seletivas, com um repertório limitado na dieta. Além disso, dietas terapêuticas de exclusão (sem glúten e caseína, dieta de carboidratos específicos, etc) são estratégias de tratamento prioritárias, mas podem ampliar a necessidade de suplementação nutricional. Esses fatores, quando combinados com uma tendência para má digestão e absorção inadequada de nutrientes dos alimentos, podem resultar em deficiências nutricionais.
Deficiências comuns minerais e vitamínicas em crianças com ASD incluem zinco (1, 2), vitamina B6 e magnésio (3,4), ácidos graxos essenciais (EFAs) (5,6,7), vitamina A, vitamina D e vitamina E, para citar apenas alguns. Estabelecer o protocolo de suplementação correta para uma criança com necessidades nutricionais individuais irá melhorar a eficácia de outras intervenções biomédicas. A suplementação pode ajudar a reduzir o efeito negativo dos ciclos viciosos através da promoção da metilação, melhorando a desintoxicação, o fortalecimento do sistema imunológico e reduzindo o estresse oxidativo. Muitas das famílias dos meus pacientes relatam que as taxas de aquisição de novas competências aumentam assim como o aprendizado geral, uma vez que as necessidades nutricionais foram superadas.
Apesar da nossa compreensão geral de que as crianças com ASD requerem algum tipo de suplementação nutricional, é importante prestar atenção nas carências de cada um. A melhor maneira de determinar as necessidades específicas de seu filho é consultar com um médico que realiza os testes iniciais para estabelecer uma base. Esteja ciente de que o uso de algo que está disponível como um produto pronto não o torna necessariamente seguro para sua criança ou apropriado para sua situação.
Satisfazer as necessidades nutricionais de seu filho é uma das melhores maneiras de estabelecer uma base firme para outras intervenções biomédicas que você possa estar pensando. Pode ser uma das maneiras menos invasivas e mais rentáveis para começar a melhorar a saúde de seu filho!
Recuperar o intestino
Mudanças na dieta podem ser fundamentais para cuidar de crianças com autismo. No Holland Center and Clinic, nós comumente solicitamos a dieta SGSC como uma intervenção precoce. 8, 9,10 Freqüentemente há muitas pistas no exame físico e história do paciente que nos levará a uma sugestão dietética específica. A "teoria dos opiáceos" sugere que tanto o glúten e a caseína podem ter um efeito opiáceo no cérebro de seu filho. Devido à atividade defeituosa de enzimas digestivas no intestino (comum em ASD), o glúten e a caseína permanecem sem serem digeridos. Estas partículas não digeridas permanecem em circulação e podem imitar os efeitos dos opiáceos. É bastante comum conhecer histórias de crianças que consomem grandes quantidades de alimentos ricos em glúten e caseína e, em seguida, exibem o efeito de opiáceos. A enzima que muitas vezes não funciona corretamente é DPP-IV (dipeptidil peptidase-IV). Ingerir enzimas digestivas específicas podem ajudar à digestão, o que leva a uma diminuição da resposta inflamatória aos alimentos. A inflamação no intestino conduz a um ciclo vicioso de permeabilidade da parede intestinal alterada, aumentando a reação aos alimentos. As enzimas também podem ter um efeito positivo sobre a metilação porque quando a metilação é suportada, a desintoxicação melhora, levando a uma melhoria geral na saúde do seu filho.
Um dos elementos-chave em melhorar a saúde digestiva é restaurar o equilíbrio no intestino. O sistema digestivo é o lar de bactérias saudáveis, bactérias insalubres, e leveduras. Quando estes três elementos não estão em equilíbrio, uma criança pode desenvolver disbiose. Esse desequilíbrio faz com que o crescimento de levedura, leve a problemas de comportamento, agressividade, distúrbios do sono, distúrbios intestinais e inúmeros outros. Ajustes na dieta e suplementação podem ajudar a controlar a disbiose. Infelizmente, o mau uso de antibióticos na comunidade médica tem levado a muitas crianças desenvolver a disbiose. Felizmente, o controle de leveduras através de intervenções dietéticas, prebióticos, probióticos (boas bactérias), e 11 Saccaromyces boulardii (levedura boa) pode ajudar a expulsar as bactérias ruins. Quando necessário, prescrições de medicamentos antifúngicos são muitas vezes incorporadas para ajudar a restaurar o equilíbrio no intestino.
Desintoxicação em um Mundo Tóxico
O mundo em que vivemos é tóxico, e crianças com ASD são geneticamente predispostas a serem suscetíveis a esta toxidade. Nossos filhos estão sendo bombardeados diariamente por substâncias químicas que estão afetando seus ciclos de metilação e desintoxicação.12
Estes ciclos afetam negativamente o sistema imunológico, a função cerebral, e a saúde em geral.13, 14 Quando o corpo está sob estresse tóxico, tem que ajustar seu metabolismo para lidar com o estresse. A metilação é o processo pelo qual o corpo ativa os seus genes ligando-os e desligando-os. Quando a metilação não está funcionando corretamente, ela precisa ser "resgatada" por um sistema de desintoxicação saudável. Quando o sistema de desintoxicação de uma criança é esmagado, a criança está perpetuamente em um ciclo vicioso de toxicidade.
Em um esforço para reduzir o efeito negativo que o ambiente tem sobre as vias de desintoxicação do seu filho, você pode começar por reduzir a carga tóxica. Há muitas estratégias que os pais podem implementar para começar este processo, alguns com relativa facilidade:
* Compre alimentos orgânicos
* Purifique sua fonte de água
* Use produtos naturais de limpeza
* Evite pesticidas em seu gramado
* Evite retardadores de chama, sempre que possível
* Coloque um purificador de ar no quarto de seu filho
* Remova o bisfenol-A (BPA), fitalatos (plásticos moles), e químicos que imitam hormônios.15
Ao reduzir a carga tóxica, queremos limitar a quantidade de produtos químicos que podem afetar a metilação de uma criança e as vias de desintoxicação. Apesar dos melhores esforços para fazer escolhas saudáveis e viver um estilo de vida "verde", é praticamente impossível eliminar todos os níveis de contato com as toxinas. Os instrumentos primários deste processo são o fígado, rins, e o trato gastrointestinal. Felizmente para nós, nossos corpos possuem uma incrível capacidade de desintoxicar. Essencialmente, estamos todos expostos a riscos ambientais em uma base diária, no entanto, alguns de nós estão mais preparados geneticamente para desintoxicar a nós mesmos. Se pudermos reduzir a carga tóxica e melhorar os caminhos de metilação e desintoxicação, podemos ter efeitos positivos dramáticos para a saúde em nossas crianças.
Nós sempre comprovamos que crianças com ASD possuem sistemas de desintoxicação naturais deficientes, resultando num aumento incrível de lixo metabólico.16, 17 Nós, como pais e médicos, precisamos implementar estratégias para reduzir a toxidade química dos nossos filhos e os níveis de toxicidade de metais pesados. Algumas ferramentas na abordagem biomédica do autismo que se destinam a estas questões são:
* Aumentar o apoio antioxidante
* Terapia com glutationa
* Suplementação de vitamina B12
* Terapia de quelação
* Sauna de infravermelho
Imunidade e Inflamação
Há um consenso geral entre a comunidade médica que a inflamação sistêmica desempenha um papel significativo no autismo. De grande preocupação para nós é a inflamação gastrointestinal e neurológica. Qualquer tipo de inflamação crônica, independentemente da sua fonte de origem, pode ter um impacto negativo sobre o cérebro. Quando a inflamação ocorre no intestino, pode conduzir a um sistema imunitário que se torna desregulado. Inflamação provoca um sistema imunológico desregulado, o que pode levar a infecções crônicas, alergia e autoimunidade. O sistema imunológico desregulado pode produzir anticorpos contra o cérebro no ASD, causando lesão cerebral.
Felizmente, temos vários meios à nossa disposição para resolver esta resposta inflamatória. Por exemplo, Actos é um medicamento originalmente usado para controlar os níveis de açúcar no sangue em diabéticos. Também tem sido demonstrado que têm efeitos anti-inflamatórios em crianças com TEA. A espironolactona é mais comumente usada como um medicamento para tratar a pressão arterial elevada. Espironolactona também demonstra propriedades imunológicas modificadoras, além de ser um potente anti-inflamatório.18
A grande discussão recentemente tem-se centrada sobre o uso de oxigenoterapia hiperbárica (OHB) para o autismo. OHB utiliza concentrações aumentadas de oxigênio em um ambiente com maior pressão atmosférica do que a normal, levando a uma maior quantidade de oxigênio dissolvido no sangue do que pode é conseguido sob condições normais. (Veja também o artigo do Dr. Lauren Underwood "Entendendo o uso de oxigenoterapia hiperbárica como uma opção de tratamento para crianças com autismo" na edição # 34.) As crianças com ASD geralmente apresentam sinais e sintomas de neuroinflamação e lesão cerebral, e oxigênio tem um efeito curativo sobre o tecido danificado. Então, crescentes níveis de oxigênio, aumentam as taxas de cura. Usar a alta pressão da OHB permite que o oxigênio para penetre mais profundamente nos tecidos danificados. Uma pesquisa em curso suporta esta intervenção como uma opção de tratamento, não-invasiva para crianças com ASD.19, 20
Conclusão
A abordagem biomédica para o tratamento do ASD é um esforço para restaurar o equilíbrio bioquímico nas nossas crianças. Fazemos isso através da interrupção de um ou mais dos ciclos viciosos que podem estar ocorrendo em seu filho. Embora saibamos que a ASD possui um componente genético, os insultos ambientais que estão contribuindo na epigenética para a nossa atual epidemia! 21 A disfunção gastrointestinal, a metilação diminuída, a desintoxicação deficiente, e alteração no sistema imunológico são os ciclos que precisam ser abordados. Encorajo-vos a construir um relacionamento com um médico que tenha sido treinado a utilizar a abordagem biomédica. Através de extensa história, exame físico minucioso, cuidadoso e com análise laboratorial, podemos criar um plano terapêutico global para o seu filho. Ao tratar a origem do problema biomédico, nós damos a sua criança uma chance de melhorar de comportamento. As crianças com ASD respondem à intervenção comportamental, mas eles o fazem com mais sucesso quando a sua saúde é restaurada!
Referências:
1 Yorbik O, et al. Zinc status in autistic children. J Trace Elem Exp Med. 2004;17(2):101-107.
2 Bilici M, et al. Double-blind, placebo-controlled study of zinc sulfate in the treatment of attention deficit hyperactivity disorder. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2004;28(1):181-90.
3 Mousain-Bosc M, et al. Improvement of neurobehavioral disorders in children supplemented with magnesium-vitamin B6. II. Pervasive developmental disorder-autism. Magnes Res. 2006;19(1):53-62.
4 Mousain-Bosc M, et al. Magnesium VitB6 intake reduces central nervous system hyperexcitability in children. J Am Coll Nutr. 2004;23(5): 545S-548S.
5 Meguid NA, et al. Role of polyunsaturated fatty acids in the management of Egyptian children with autism. Clin Biochem. 2008 Sep;41(13):1044-8.
6 Amminger GP, et al. Omega-3 fatty acids supplementation in children with autism: a doubleblind randomized, placebo-controlled pilot study. Biol Psychiatry. 2007;61(4):551-3.
7 Stevens LJ, et al. Omega-3 fatty acids in boys with behavior, learning, and health problems. Physiol Behav. 1996;59(4-5):915-20.
8 Whiteley P, et al. The ScanBrit randomised, controlled, single-blind study of a gluten- and casein-free dietary intervention for children with autism spectrum disorders. Nutr Neurosci. 2010 Apr;13(2):87-100.
9 Knivsberg AM, et al. A randomised, controlled study of dietary intervention in autistic syndromes. Nutr Neurosci. 2002;5(4):251-61.
10 Hsu CL, Lin CY, Chen CL, Wang CM, Wong MK. The effects of a gluten and casein-free diet in children with autism: a case report. Chang Gung Med J. 2009;Jul-Aug;32(4):459-65.
11 Erdeve O, et al. The probiotic effect of Saccharomyces boulardii in a pediatric age group. J Trop Pediatr. 2004 Aug;50(4):234-6.
12 DeSoto MC. Ockham’s Razor and autism: the case for developmental neurotoxins contributing to a disease of neurodevelopment. Neurotoxicology. 2009 May;30(3):331-7.
13 Windham GC, et al. Autism Spectrum Disorders in Relation to Distribution of Hazardous Air Pollutants in the San Francisco Bay Area. Environmental Health Perspectives. 2006 September;114(9):1438-1444.
14 Adams JB, et al. The severity of autism is associated with toxic metal body burden and red blood cell glutathione levels. J Toxicol. 2009;2009:532640.
15 Diamanti-Kandarakis E., et al. Endocrine-Disrupting Chemicals: An Endocrine Society Scientific Statement. Endocrine Reviews 30(4): 293-342.
16 Nataf R, et al. Porphyrinuria in childhood autistic disorder: implications for environmental toxicity. Toxicol Appl Pharmacol. 2006. 214(2):99-108.
17 Geier DA, et al. Biomarkers of environmental toxicity and susceptibility in autism. J Neurol Sci. 2009;280(1-2):101-8.
18 Bradstreet JJ, et al. Spironolactone might be a desirable immunologic and hormonal intervention in autism spectrum disorders. Med Hypotheses (2006), doi:10.1016/j.mehy.2006.10.015
19 Rossignol DA, Rossignol LW. Hyperbaric oxygen therapy may improve symptoms in autistic children. Medical Hypotheses. 2006;67: 216–228.
20 Rossignol DA, et al. Hyperbaric treatment for children with autism: a multicenter, randomized, double-blind, controlled trial. BMC Pediatr. 2009 Mar 13;9(1):21.
21 Deth R, et al. How environmental and genetic factors combine to cause autism: A redox/methylation hypothesis. Neurotoxicology. 2008: 29(1):190-201.
Introdução
As crianças diagnosticadas com transtorno do espectro do autismo (ASD) apresentam comportamentos repetitivos, têm dificuldade com a comunicação e enfrentam desafios na socialização com os outros. Enquanto as crianças com ASD exibem uma combinação desses sinais, é de extrema importância nos concentrarmos em tratar as causas subjacentes. A abordagem biomédica do autismo visa resolver os problemas genéticos, epigenéticos e bioquímicos, que são as causas subjacentes dos sintomas de nossas crianças. Epigenética é o processo pelo qual o nosso DNA se expressa. Isto ocorre através da ativação e desativação de genes e pode ser severamente afetado pelo ambiente. Insultos do ambiente levam a várias alterações bioquímicas epigenéticas, por sua vez, levam a mudanças na forma como se comportam as crianças com ASD. Essas agressões ambientais podem levar a mudanças bioquímicas que se manifestam como ciclos viciosos. A abordagem biomédica do autismo visa interromper estes ciclos viciosos em um esforço para restaurar a funcionalidade.
Esta abordagem pode ser resumida como "tirar o que prejudica, e dar o que cura." Esta abordagem, tentar interromper os vários ciclos viciosos, incluindo disfunção gastrointestinal, metilação deficiente, desintoxicação deficiente, e desregulação do sistema imune. Porque estas crianças têm problemas metabólicos subjacentes causados pela genética, epigenética, e toxicidades adquiridas do ambiente, elas melhoram quando tratamos estes problemas metabólicos. ASD é emocionalmente desgastante para os pais e tremendamente difícil de descobrir por um médico, por isso, as crianças com ASD alcançam benefícios maiores quando as intervenções biomédicas são feitas em conjunto com as terapias adequadas de comportamento. É quando nós aplicamos a abordagem biomédica que as crianças com ASD fazem os maiores avanços comportamentais!
Identificar deficiências minerais e vitamínicas
Corrigir as deficiências de vitaminas e minerais por meio de suplementação é um componente essencial para restaurar a saúde de nossas crianças. Muitas crianças com ASD são seletivas, com um repertório limitado na dieta. Além disso, dietas terapêuticas de exclusão (sem glúten e caseína, dieta de carboidratos específicos, etc) são estratégias de tratamento prioritárias, mas podem ampliar a necessidade de suplementação nutricional. Esses fatores, quando combinados com uma tendência para má digestão e absorção inadequada de nutrientes dos alimentos, podem resultar em deficiências nutricionais.
Deficiências comuns minerais e vitamínicas em crianças com ASD incluem zinco (1, 2), vitamina B6 e magnésio (3,4), ácidos graxos essenciais (EFAs) (5,6,7), vitamina A, vitamina D e vitamina E, para citar apenas alguns. Estabelecer o protocolo de suplementação correta para uma criança com necessidades nutricionais individuais irá melhorar a eficácia de outras intervenções biomédicas. A suplementação pode ajudar a reduzir o efeito negativo dos ciclos viciosos através da promoção da metilação, melhorando a desintoxicação, o fortalecimento do sistema imunológico e reduzindo o estresse oxidativo. Muitas das famílias dos meus pacientes relatam que as taxas de aquisição de novas competências aumentam assim como o aprendizado geral, uma vez que as necessidades nutricionais foram superadas.
Apesar da nossa compreensão geral de que as crianças com ASD requerem algum tipo de suplementação nutricional, é importante prestar atenção nas carências de cada um. A melhor maneira de determinar as necessidades específicas de seu filho é consultar com um médico que realiza os testes iniciais para estabelecer uma base. Esteja ciente de que o uso de algo que está disponível como um produto pronto não o torna necessariamente seguro para sua criança ou apropriado para sua situação.
Satisfazer as necessidades nutricionais de seu filho é uma das melhores maneiras de estabelecer uma base firme para outras intervenções biomédicas que você possa estar pensando. Pode ser uma das maneiras menos invasivas e mais rentáveis para começar a melhorar a saúde de seu filho!
Recuperar o intestino
Mudanças na dieta podem ser fundamentais para cuidar de crianças com autismo. No Holland Center and Clinic, nós comumente solicitamos a dieta SGSC como uma intervenção precoce. 8, 9,10 Freqüentemente há muitas pistas no exame físico e história do paciente que nos levará a uma sugestão dietética específica. A "teoria dos opiáceos" sugere que tanto o glúten e a caseína podem ter um efeito opiáceo no cérebro de seu filho. Devido à atividade defeituosa de enzimas digestivas no intestino (comum em ASD), o glúten e a caseína permanecem sem serem digeridos. Estas partículas não digeridas permanecem em circulação e podem imitar os efeitos dos opiáceos. É bastante comum conhecer histórias de crianças que consomem grandes quantidades de alimentos ricos em glúten e caseína e, em seguida, exibem o efeito de opiáceos. A enzima que muitas vezes não funciona corretamente é DPP-IV (dipeptidil peptidase-IV). Ingerir enzimas digestivas específicas podem ajudar à digestão, o que leva a uma diminuição da resposta inflamatória aos alimentos. A inflamação no intestino conduz a um ciclo vicioso de permeabilidade da parede intestinal alterada, aumentando a reação aos alimentos. As enzimas também podem ter um efeito positivo sobre a metilação porque quando a metilação é suportada, a desintoxicação melhora, levando a uma melhoria geral na saúde do seu filho.
Um dos elementos-chave em melhorar a saúde digestiva é restaurar o equilíbrio no intestino. O sistema digestivo é o lar de bactérias saudáveis, bactérias insalubres, e leveduras. Quando estes três elementos não estão em equilíbrio, uma criança pode desenvolver disbiose. Esse desequilíbrio faz com que o crescimento de levedura, leve a problemas de comportamento, agressividade, distúrbios do sono, distúrbios intestinais e inúmeros outros. Ajustes na dieta e suplementação podem ajudar a controlar a disbiose. Infelizmente, o mau uso de antibióticos na comunidade médica tem levado a muitas crianças desenvolver a disbiose. Felizmente, o controle de leveduras através de intervenções dietéticas, prebióticos, probióticos (boas bactérias), e 11 Saccaromyces boulardii (levedura boa) pode ajudar a expulsar as bactérias ruins. Quando necessário, prescrições de medicamentos antifúngicos são muitas vezes incorporadas para ajudar a restaurar o equilíbrio no intestino.
Desintoxicação em um Mundo Tóxico
O mundo em que vivemos é tóxico, e crianças com ASD são geneticamente predispostas a serem suscetíveis a esta toxidade. Nossos filhos estão sendo bombardeados diariamente por substâncias químicas que estão afetando seus ciclos de metilação e desintoxicação.12
Estes ciclos afetam negativamente o sistema imunológico, a função cerebral, e a saúde em geral.13, 14 Quando o corpo está sob estresse tóxico, tem que ajustar seu metabolismo para lidar com o estresse. A metilação é o processo pelo qual o corpo ativa os seus genes ligando-os e desligando-os. Quando a metilação não está funcionando corretamente, ela precisa ser "resgatada" por um sistema de desintoxicação saudável. Quando o sistema de desintoxicação de uma criança é esmagado, a criança está perpetuamente em um ciclo vicioso de toxicidade.
Em um esforço para reduzir o efeito negativo que o ambiente tem sobre as vias de desintoxicação do seu filho, você pode começar por reduzir a carga tóxica. Há muitas estratégias que os pais podem implementar para começar este processo, alguns com relativa facilidade:
* Compre alimentos orgânicos
* Purifique sua fonte de água
* Use produtos naturais de limpeza
* Evite pesticidas em seu gramado
* Evite retardadores de chama, sempre que possível
* Coloque um purificador de ar no quarto de seu filho
* Remova o bisfenol-A (BPA), fitalatos (plásticos moles), e químicos que imitam hormônios.15
Ao reduzir a carga tóxica, queremos limitar a quantidade de produtos químicos que podem afetar a metilação de uma criança e as vias de desintoxicação. Apesar dos melhores esforços para fazer escolhas saudáveis e viver um estilo de vida "verde", é praticamente impossível eliminar todos os níveis de contato com as toxinas. Os instrumentos primários deste processo são o fígado, rins, e o trato gastrointestinal. Felizmente para nós, nossos corpos possuem uma incrível capacidade de desintoxicar. Essencialmente, estamos todos expostos a riscos ambientais em uma base diária, no entanto, alguns de nós estão mais preparados geneticamente para desintoxicar a nós mesmos. Se pudermos reduzir a carga tóxica e melhorar os caminhos de metilação e desintoxicação, podemos ter efeitos positivos dramáticos para a saúde em nossas crianças.
Nós sempre comprovamos que crianças com ASD possuem sistemas de desintoxicação naturais deficientes, resultando num aumento incrível de lixo metabólico.16, 17 Nós, como pais e médicos, precisamos implementar estratégias para reduzir a toxidade química dos nossos filhos e os níveis de toxicidade de metais pesados. Algumas ferramentas na abordagem biomédica do autismo que se destinam a estas questões são:
* Aumentar o apoio antioxidante
* Terapia com glutationa
* Suplementação de vitamina B12
* Terapia de quelação
* Sauna de infravermelho
Imunidade e Inflamação
Há um consenso geral entre a comunidade médica que a inflamação sistêmica desempenha um papel significativo no autismo. De grande preocupação para nós é a inflamação gastrointestinal e neurológica. Qualquer tipo de inflamação crônica, independentemente da sua fonte de origem, pode ter um impacto negativo sobre o cérebro. Quando a inflamação ocorre no intestino, pode conduzir a um sistema imunitário que se torna desregulado. Inflamação provoca um sistema imunológico desregulado, o que pode levar a infecções crônicas, alergia e autoimunidade. O sistema imunológico desregulado pode produzir anticorpos contra o cérebro no ASD, causando lesão cerebral.
Felizmente, temos vários meios à nossa disposição para resolver esta resposta inflamatória. Por exemplo, Actos é um medicamento originalmente usado para controlar os níveis de açúcar no sangue em diabéticos. Também tem sido demonstrado que têm efeitos anti-inflamatórios em crianças com TEA. A espironolactona é mais comumente usada como um medicamento para tratar a pressão arterial elevada. Espironolactona também demonstra propriedades imunológicas modificadoras, além de ser um potente anti-inflamatório.18
A grande discussão recentemente tem-se centrada sobre o uso de oxigenoterapia hiperbárica (OHB) para o autismo. OHB utiliza concentrações aumentadas de oxigênio em um ambiente com maior pressão atmosférica do que a normal, levando a uma maior quantidade de oxigênio dissolvido no sangue do que pode é conseguido sob condições normais. (Veja também o artigo do Dr. Lauren Underwood "Entendendo o uso de oxigenoterapia hiperbárica como uma opção de tratamento para crianças com autismo" na edição # 34.) As crianças com ASD geralmente apresentam sinais e sintomas de neuroinflamação e lesão cerebral, e oxigênio tem um efeito curativo sobre o tecido danificado. Então, crescentes níveis de oxigênio, aumentam as taxas de cura. Usar a alta pressão da OHB permite que o oxigênio para penetre mais profundamente nos tecidos danificados. Uma pesquisa em curso suporta esta intervenção como uma opção de tratamento, não-invasiva para crianças com ASD.19, 20
Conclusão
A abordagem biomédica para o tratamento do ASD é um esforço para restaurar o equilíbrio bioquímico nas nossas crianças. Fazemos isso através da interrupção de um ou mais dos ciclos viciosos que podem estar ocorrendo em seu filho. Embora saibamos que a ASD possui um componente genético, os insultos ambientais que estão contribuindo na epigenética para a nossa atual epidemia! 21 A disfunção gastrointestinal, a metilação diminuída, a desintoxicação deficiente, e alteração no sistema imunológico são os ciclos que precisam ser abordados. Encorajo-vos a construir um relacionamento com um médico que tenha sido treinado a utilizar a abordagem biomédica. Através de extensa história, exame físico minucioso, cuidadoso e com análise laboratorial, podemos criar um plano terapêutico global para o seu filho. Ao tratar a origem do problema biomédico, nós damos a sua criança uma chance de melhorar de comportamento. As crianças com ASD respondem à intervenção comportamental, mas eles o fazem com mais sucesso quando a sua saúde é restaurada!
Referências:
1 Yorbik O, et al. Zinc status in autistic children. J Trace Elem Exp Med. 2004;17(2):101-107.
2 Bilici M, et al. Double-blind, placebo-controlled study of zinc sulfate in the treatment of attention deficit hyperactivity disorder. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry. 2004;28(1):181-90.
3 Mousain-Bosc M, et al. Improvement of neurobehavioral disorders in children supplemented with magnesium-vitamin B6. II. Pervasive developmental disorder-autism. Magnes Res. 2006;19(1):53-62.
4 Mousain-Bosc M, et al. Magnesium VitB6 intake reduces central nervous system hyperexcitability in children. J Am Coll Nutr. 2004;23(5): 545S-548S.
5 Meguid NA, et al. Role of polyunsaturated fatty acids in the management of Egyptian children with autism. Clin Biochem. 2008 Sep;41(13):1044-8.
6 Amminger GP, et al. Omega-3 fatty acids supplementation in children with autism: a doubleblind randomized, placebo-controlled pilot study. Biol Psychiatry. 2007;61(4):551-3.
7 Stevens LJ, et al. Omega-3 fatty acids in boys with behavior, learning, and health problems. Physiol Behav. 1996;59(4-5):915-20.
8 Whiteley P, et al. The ScanBrit randomised, controlled, single-blind study of a gluten- and casein-free dietary intervention for children with autism spectrum disorders. Nutr Neurosci. 2010 Apr;13(2):87-100.
9 Knivsberg AM, et al. A randomised, controlled study of dietary intervention in autistic syndromes. Nutr Neurosci. 2002;5(4):251-61.
10 Hsu CL, Lin CY, Chen CL, Wang CM, Wong MK. The effects of a gluten and casein-free diet in children with autism: a case report. Chang Gung Med J. 2009;Jul-Aug;32(4):459-65.
11 Erdeve O, et al. The probiotic effect of Saccharomyces boulardii in a pediatric age group. J Trop Pediatr. 2004 Aug;50(4):234-6.
12 DeSoto MC. Ockham’s Razor and autism: the case for developmental neurotoxins contributing to a disease of neurodevelopment. Neurotoxicology. 2009 May;30(3):331-7.
13 Windham GC, et al. Autism Spectrum Disorders in Relation to Distribution of Hazardous Air Pollutants in the San Francisco Bay Area. Environmental Health Perspectives. 2006 September;114(9):1438-1444.
14 Adams JB, et al. The severity of autism is associated with toxic metal body burden and red blood cell glutathione levels. J Toxicol. 2009;2009:532640.
15 Diamanti-Kandarakis E., et al. Endocrine-Disrupting Chemicals: An Endocrine Society Scientific Statement. Endocrine Reviews 30(4): 293-342.
16 Nataf R, et al. Porphyrinuria in childhood autistic disorder: implications for environmental toxicity. Toxicol Appl Pharmacol. 2006. 214(2):99-108.
17 Geier DA, et al. Biomarkers of environmental toxicity and susceptibility in autism. J Neurol Sci. 2009;280(1-2):101-8.
18 Bradstreet JJ, et al. Spironolactone might be a desirable immunologic and hormonal intervention in autism spectrum disorders. Med Hypotheses (2006), doi:10.1016/j.mehy.2006.10.015
19 Rossignol DA, Rossignol LW. Hyperbaric oxygen therapy may improve symptoms in autistic children. Medical Hypotheses. 2006;67: 216–228.
20 Rossignol DA, et al. Hyperbaric treatment for children with autism: a multicenter, randomized, double-blind, controlled trial. BMC Pediatr. 2009 Mar 13;9(1):21.
21 Deth R, et al. How environmental and genetic factors combine to cause autism: A redox/methylation hypothesis. Neurotoxicology. 2008: 29(1):190-201.
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Fatores Metabólicos,
Tratamento Biomédico
sábado, 24 de março de 2012
Autismo e a Síndrome de Deficiência de Receptores de Folato
Por Claudia Marcelino:
Ao tomar conhecimento desta pesquisa publicada no Neuropediatric Journal em 2007, fiquei impressionada por dois motivos:
- 1º por ter sido feita diretamente com pacientes e não com ratos;
- 2º pelos pacientes terem recebido um tratamento relativamente simples: níveis adequados de folato via oral e com isso apresentado bons resultados em um prazo curto, apenas um ano.
25 crianças entre 2 e 12 anos, com diagnóstico de autismo clássico de Kanner com e sem déficits neurológicos, foram examinadas para a constatar-se o nível de fosfato no fluido cerebro-espinal, embora todas as crianças apresentassem níveis normais de folato no plasma sanguíneo.
23 crianças apresentavam baixos níveis no cérebro e 19 delas também apresentavam auto anticorpos aos receptores de folato.
A autoimunidade aos receptores de folato ou a redução do transporte de folato que atravesse a barreira hemato encefálica parece representar um fator muito importante no desenvolvimento do autismo para pelo menos uma parcela dos pacientes diagnosticados com a síndrome.
O fluido cerebro espinal destes pacientes foi obtido através de pulsão lombar e cuidadosamente preparados para a detecção dos níveis de 5MTHF conforme descrito na pesquisa e comparados com os níveis de pacientes saudáveis na mesma idade.
Para os pacientes detectados com baixos níveis de 5MTHF foi estabelecido um protocolo de tratamento com administração oral de 1 mg de folinato de cálcio para cada quilo de peso, divididos em 2 doses, durante aproximadamente um ano com acompanhamento dos níveis no fluido cerebro espinal aos 3 e 6 meses de tratamento e avaliações através de escalas de diagnóstico para os défictis de comunicação, sociabilidade e interesses.
Dois pacientes que foram diagnosticados precocemente, aos 2 anos e 8 meses e outro aos 3 anos e 2 meses e receberam o tratamento, foram curados com a total recuperação do autismo e déficits neurológicos.
Três pacientes mais velhos diagnosticados e tratados a partir da idade de 4, 9, 8 e 11,9 anos, não se recuperaram do autismo, mas apresentaram melhoras dos seus défictis neurológicos.
Os outros 13 pacientes na faixa etária entre três e sete anos, mostraram uma boa resposta após o tratamento com melhoria da maior parte dos défictis neurológicos, mas apenas recuperação parcial do seu autismo.
Esta recuperação se apresentou da seguinte forma:
- Melhoria do comprometimento social de 4 entre os 13 pacientes;
- Reversão da comunicação prejudicada em 9 dos 13 pacientes;
- Desaparecimento de comportamento e interesses restritos perseverantes em 6 dos 13 pacientes.
O percentual de melhoria global e melhoria de cada recurso mostrou uma tendência de melhor resultado se o diagnóstico e tratamento acontecerem em uma idade mais precoce.
O tratamento também mostrou-se efetivo no alívio de convulsões e ataxia, mas apresenta uma resposta baixa na irritabilidade e demostra-se sem efeito sobre discinesias, retardo mental e autismo em pacientes mais velhos.
O exame de níveis de folato no fluído cerebro espinal de pacientes com suspeita de autismo clássico, pode vir a ser determinante para o tratamento efetivo do distúrbio.
Para maiores informações:
http://www.garabedianproperties.com/Info/ramaekers2007.pdf
domingo, 4 de março de 2012
Autismo, Vit. D - Sulfatação e Intestino Permeável:
Por Claudia Marcelino.
Como eu já comentei aqui no blog na 1ª postagem sobre a vit. D, eu estou realmente perplexa no quanto ela influencia todas as questões conhecidas envolvidas no autismo, seja na sua origem, seja no seu agravamento.
Acompanhando o trabalho do Dr. Bradstreet, surgiu o interesse de conhecer mais sobre a vit. D, até então com a sua importância totalmente desconhecida para mim. E é realmente muito promissor o que o entendimento em manter um nível adequado desta vitamina pode ajudar na qualidade de vida de nossas crianças.
Já falei aqui na 1ª postagem sobre o seu envolvimento no sistema imunológico que pode estar contribuindo com muitos casos de autismo. Hoje falo sobre seu envolvimento na sulfatação e no intestino permeável, o que também contribui na imunologia, já que 70% do nosso sistema de proteção encontra-se no intestino.
Desde 2007 meu filho faz uma dieta rígida que eu denomino como a DAMA - Dieta Amiga do Autista.
Nesta dieta não entra glúten, leite, soja, açúcar, corantes, aditivos neuro excitatórios como glutamato monossódico e aspartame e alimentos alergênicos.
A princípio eu sabia que ele era alérgico a alho e mandioca. E mesmo tendo uma alimentação super controlada, melhorando visivelmente dos sintomas que foram agravados pelo autismo, nos últimos 2 anos ele foi ficando cada vez mais reativo a um número maior de alimentos como vocês podem ver na postagem "Alergia Cerebral e Autismo".
Seu comportamento se mantinha controlável desde que os alimentos fossem mantidos longe. Cada vez que ele consumia acidentalmente algum dos alimentos, as reações ficavam mais graves e demoradas. Ao mesmo tempo, cada vez mais eu percebia que ele reagia a alimentos que não apresentava reação antes, principalmente fenóis. A intolerância a fenol complica muito o caso porque há muitos alimentos ricos em fenóis (chocolate, frutas silvestres, cítricos, tomate, oleaginosas...), o que restringe enormemente as opções de alimentação. Compostos fenólicos dependem de moléculas de sulfato na fase II de desintoxicação do fígado para serem excretados. Não havendo sulfato suficiente, há um acúmulo de fenóis no corpo gerando aumento de toxinas.
Ele passou a ter verdadeiros surtos psicóticos muito desgastantes. Obviamente alguma coisa estava errada e o mais óbvio é chegar a conclusão de que seu intestino estava hiper permeável.
Um intestino permeável permite que alimentos parcialmente digeridos entrem na corrente sanguínea ativando reações alérgicas.
O que gera um intestino permeável?
- Disbiose intestinal: predominância de bactérias patogênicas, Candidiase e fungos;
- Alimentação inadequada rica em amidos e carboidratos refinados;
- Baixa sulfatação. Como eu comento no meu livro, a baixa concentração de sulfato altera a função dos glicosaminoglucanos heparansulfatados que seria entre outras, manter as células da mucosa intestinal unida.
Sabendo disso, parti para a eliminação: meu filho não tem problemas de disbiose e nem uma alimentação rica em amidos que propiciasse esse desequilíbrio. Em compensação, o problema de sulfatação foi comprovado em laboratório. Nos mesmos exames seu nível de vit. D no plasma estava baixíssimo 15ng/ml. Abaixo de 20 ng/ml é uma deficiência significativa que pode gerar consequências graves. Um nível entre 70 e 100 ng/ml seria o ideal para pacientes crônicos.
Já que passei a ver tanto distúrbio envolvido com a vit. D, comecei a me perguntar: Será que a deficiência de vitamina D poderia estar afetando os níveis de sulfato e com isso deixando seu intestino cada vez mais vulnerável?
Parti para a pesquisa e... não é que tem tudo a ver?!
Estes são alguns dos resultados encontrados:
- Uma das proteínas chaves envolvidas no transporte transcelular de sulfato é a NaSi-1 e a vit. D controla este processo através da expressão desta proteína. Como a expressão desta proteína acontece nos rins, há uma grande excreção de sulfato na urina e os níveis plasmáticos são diminuídos em 50%. O aumento da disponibilidade de vit. D altera a expressão desta proteína aumentando a sulfatação;
- Outra proteína que também transporta sulfato e se expressa nos rins a NA-SO4, também é afetada pela deficiência de vit. D. Na pesquisa, a suplementação de vit. D resultou numa normalização dos níveis plasmáticos de sulfato, na normalização da proteína e na excreção urinária de sulfato;
- Os receptores de vitamina D desempenham um papel crítico na homeostase da barreira intestinal, preservando a integridade dos complexos de junção e da capacidade de cicatrização do epitélio do cólon. Portanto, a deficiência de vitamina D pode comprometer a mucosa intestinal, levando a susceptibilidade à danos.
- O sulfato é essencial na formação das proteínas de mucina que cobrem as paredes do intestino. Estas proteínas tem duas funções importantes: barrar o vazamento do conteúdo do intestino e bloquear o transporte de toxinas do intestino para a corrente sanguínea.
- O sulfato é necessário para liberar a cascata de enzimas digestivas pancreáticas: proteases, amilases e lipases. Sem elas os alimentos não são digeridos corretamente agravando a situação do intestino e das alergias e disbiose;
Referências:
- Critical role of vitamin D in sulfate homeostasis: regulation of the sodium-sulfate cotransporter by 1,25-dihydroxyvitamin D3: http://ajpendo.physiology.org/content/287/4/E744.full
- Abnormal Sulfate Metabolism in Vitamin D–deficient Rats
Isabelle Fernandes,* Geeta Hampson,* Xavier Cahours,‡ Philippe Morin,‡ Christiane Coureau,* Sylviane Couette,*Dominique Prie,* Jürg Biber,§ Heini Murer,§ Gérard Friedlander,* and Caroline Silve*
*Inserm U 426, Faculté Xavier Bichat and Université Paris VII, Paris, France;
‡Institut de Chimie Organique et Analytique and URA CNRS 499, Université d’Orléans, Orléans, France; and § Department of Physiology, University of Zürich, Zürich, Switzerland.
- Novel role of the vitamin D receptor in maintaining the integrity of the intestinal mucosal barrier: http://ajpgi.physiology.org/content/294/1/G208.abstract?cited-by=yes&legid=ajpgi;294/1/G208
- Sulfate and Sulfation
http://www.epsomsaltcouncil.org/articles/sulfation_benefits.pdf
Conclusão:
Em caso de constatação de alergia alimentar múltipla, hiper permeabilidade intestinal e intolerância a compostos fenólicos, além das medidas profiláticas de afastar os alimentos indevidos da dieta, suplementar com enzimas digestivas e enzimas próprias para a degradação de fenóis, é importante direcionar os níveis de sulfato bio disponíveis e de vitamina D para um processo adequado de sulfatação.
Lembrando que um médico ou nutricionista qualificado é que deve direcionar o tratamento e as indicações, visto que há casos de mutações genéticas e problemas com bactérias que podem ser agravados com altos níveis de sulfato disponíveis.
sexta-feira, 2 de março de 2012
Autismo poderia ser causado por micróbios?
Por Claudia Marcelino.
Esta é a pergunta que está levando cientistas do mundo todo a trabalhar para descobrir a resposta.
Aqui no blog eu já coloquei a tradução de 2 entrevistas do programa Autism Enigma da rede Canadense CBC, justamente falando sobre o trabalho de alguns cientistas em provar a correlação dos sintomas do autismo com infestação de bactérias. A 1ª matéria está aqui, a 2ª matéria está aqui.
Neste último mês de fevereiro, a revista Science et Vie, publicou um artigo: La Faute aux Microbes - A Culpa é dos Micróbios, discutindo que os distúrbios da mente e do cérebro como Alzheimer, Parkinson, Autismo e Depressão, poderiam ser de origem bacteriana. Esta idéia ainda causa surpresa e choque em muitos, mas as evidências estão crescendo, trazendo esperanças na mudança terapêutica para milhares de pessoas. Em 1881, Louis Pasteur já dizia que "os males da alma" poderiam ser a representação de doenças infecciosas comuns.
Uma amiga que leu a matéria disse que em resumo, estava escrito:
Desde 1990, está sendo observado que 43% das mães de autistas tiveram infecção durante a gestação;
Em 1998 uma mãe de autista sugeriu o desequilíbrio na flora intestinal com uma infestação da bactéria Clostridium tetani (é a do tétano);
Anne Maccartney (professora na universidade de Reading - Inglaterra) confirmou esta observação anterior;
Outro estudo aponta a bactéria do gênero Desulfovibrio;
Vários autistas tem sido submetidos a um tratamento com antibióticos e tem melhorado;
Há uma hipótese que os autistas tem um problema genético que os impede de digerir o açúcar e de absorver os alimentos.
Logo após a revista ter chegado as bancas, um programa de televisão também francês, pôs no ar uma matéria: Poderia o autismo ser curado com antibióticos?
Neste programa são entrevistados o Prof. Montagnier (virologista, prêmio Nobel de medicina em 2008 e descobridor do retrovírus causador da AIDS) e o Prof. Perrone, médico especialista em doenças infecto contagiosas.
Este é o vídeo da matéria da televisão francesa e logo abaixo encontra-se a transcrição em português das legendas.
Esta é a pergunta que está levando cientistas do mundo todo a trabalhar para descobrir a resposta.
Aqui no blog eu já coloquei a tradução de 2 entrevistas do programa Autism Enigma da rede Canadense CBC, justamente falando sobre o trabalho de alguns cientistas em provar a correlação dos sintomas do autismo com infestação de bactérias. A 1ª matéria está aqui, a 2ª matéria está aqui.
Neste último mês de fevereiro, a revista Science et Vie, publicou um artigo: La Faute aux Microbes - A Culpa é dos Micróbios, discutindo que os distúrbios da mente e do cérebro como Alzheimer, Parkinson, Autismo e Depressão, poderiam ser de origem bacteriana. Esta idéia ainda causa surpresa e choque em muitos, mas as evidências estão crescendo, trazendo esperanças na mudança terapêutica para milhares de pessoas. Em 1881, Louis Pasteur já dizia que "os males da alma" poderiam ser a representação de doenças infecciosas comuns.
Uma amiga que leu a matéria disse que em resumo, estava escrito:
Desde 1990, está sendo observado que 43% das mães de autistas tiveram infecção durante a gestação;
Em 1998 uma mãe de autista sugeriu o desequilíbrio na flora intestinal com uma infestação da bactéria Clostridium tetani (é a do tétano);
Anne Maccartney (professora na universidade de Reading - Inglaterra) confirmou esta observação anterior;
Outro estudo aponta a bactéria do gênero Desulfovibrio;
Vários autistas tem sido submetidos a um tratamento com antibióticos e tem melhorado;
Há uma hipótese que os autistas tem um problema genético que os impede de digerir o açúcar e de absorver os alimentos.
Logo após a revista ter chegado as bancas, um programa de televisão também francês, pôs no ar uma matéria: Poderia o autismo ser curado com antibióticos?
Neste programa são entrevistados o Prof. Montagnier (virologista, prêmio Nobel de medicina em 2008 e descobridor do retrovírus causador da AIDS) e o Prof. Perrone, médico especialista em doenças infecto contagiosas.
Este é o vídeo da matéria da televisão francesa e logo abaixo encontra-se a transcrição em português das legendas.
Avanços muito promissores: seremos capazes de curar o autismo graças aos antibióticos?
Parece inacreditável e ainda em muitos casos, funciona e os sintomas desaparecem.
Esta é a hipótese lançada por alguns cientistas norte-americanos e alguns médicos franceses também estão liderando este caminho na luta contra o autismo.
200 adultos jovens com autismo já se beneficiaram com estes tratamentos, aqui está a matéria de Claudine e Gilbert Pasquier Antoine.
(Duas crianças, com idades entre cerca de 10, estão jogando tranquilamente dentro da casa eles também estão juntos conversando muito "normalmente")
Comentário: Nada incomum é notado com o menino mais jovem, ele é falante e está à vontade na frente da câmera, mas ele é autista. À sua mãe foi dado um diagnóstico oficial em 2008, após muitos anos de ponderações ansiosas. Alexandre de repente parou de se comunicar quando ele tinha 18 meses de idade.
Laurence Raguenet (mãe de Alexandre): «ele se fechou em si mesmo, ele não prestava mais atenção ao que lhe perguntavam, ele parecia perdido em seus pensamentos, perdido em seu próprio mundo, podíamos ver que ele não prestava atenção, ele era totalmente ausente.
Comentário: Nessa época, ele também tinha olheiras sob seus olhos, ele sofria de dores de cabeça, eczema e coceira, que o faziam se sentir exausto. Hoje seus problemas de saúde praticamente desapareceram. Com a obtenção de toda a sua energia de volta, o menino também recuperou o gosto pela aprendizagem.
Ele deve esta metamorfose completa a um médico que descobriu o culpado por seus problemas: a doença de Lyme causada por bactérias transmitidas por carrapatos. Tratar esta infecção crônica teve efeitos positivos inesperadamente.
Dr. Philippe Raymond (um membro de um grupo de médicos e cientistas chamados CHRONIMED): «Alexandre recebeu cursos regulares de antibióticos. Os cursos foram ministrados regularmente durante o primeiro período de 6 meses, mas a frequência dos cursos diminuiu após isso e a partir do segundo ano ele começou a sofrer recaídas (sim, às vezes há recaídas).
Comentário: Alguns médicos na França prescreve medicamentos anti-infecciosos para crianças autistas, os resultados são surpreendentes, entre 200 casos tratados em 6 anos, 4 de 5 crianças vêem os seus sintomas desaparecerem ou regredirem fortemente" Dr. Philippe Raymond:« Quando funciona, os resultados sobre os sintomas comportamentais e cognitivos são óbvios em apenas 3 meses. No primeiro mês, eu já vejo que essas crianças já têm uma visão mais serena da vida, eles sorriem, os seus rostos ficam mais relaxados, eles não se comportam tão mal, eles já não estão tão doentes »Alexandre avançou incrivelmente rápido na escola e também com a fonoaudióloga. Sylvie Manternach-Bancel (fonoaudióloga): «Eu posso ver a diferença entre quando faz uso de antibióticos e quando ele não faz uso por um tempo. Recentemente, nas últimas 2 semanas, Alexandre tornou-se perturbado novamente, ele foi um pouco agressivo, ele era um pouco mais delicado. Quando falei com sua mãe, ela confirmou que ele não tinha qualquer tratamento por 3 ou 4 meses, e que ela sentiu que os efeitos estavam começando a se desgastar, então talvez esteja na hora dele ser tratado novamente com outra dose de antibióticos.No subúrbio parisiense de Jouy-en-Josas, o professor Luc Montagnier está investigando a hipótese infecciosa. O pesquisador desenvolveu um método inovador que lhe permite detectar infecções latentes no sangue dos jovens com autismo.
Prof. Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina: «nós achamos que são bactérias que vêm da mucosa intestinal e que, quando a inflamação está presente, escoará através da mucosa muito frágil para a corrente sanguínea e produzem toxinas que podem atingir o cérebro. Esse é o mecanismo que estamos olhando, mas não queremos falar de uma bactéria em particular. O que sabemos é que os sinais que estamos detectando normalmente vêm de bactérias que são patogênicas para o homem.
»Comentário: Esta não é a primeira vez na história da medicina, certas doenças que por muito tempo foram consideradas doenças psiquiátricas, acabaram, de fato, sendo contagiosas, como no caso da sífilis.
Prof Christian Perronne, (Chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário de Garches, Paris-Ouest, membro do Comité de Saúde Pública): "outro exemplo bem mais recente é o de úlceras estomacais que foram consideradas como ligadas ao estresse , pensava-se serem de origem psicossomática, agora se sabe que são devidas à bactéria Helicobacter pylori, que é tratada com 10 dias de antibióticos. Na história da medicina, vemos que muitas doenças podem ser devido aos micróbios, na verdade, depende principalmente da evolução das técnicas de diagnóstico para esses micróbios. »Publicações científicas americanas já estão estabelecendo uma ligação entre autismo e infecções crônicas.
Na França, um grande hospital universitário está prestes a lançar um estudo sobre a eficiência de antibióticos contra o autismo. A mãe do Alexandre já está convencida, aos 10 anos de idade seu filho tem definitivamente seu apetite pela vida de volta.
Parece inacreditável e ainda em muitos casos, funciona e os sintomas desaparecem.
Esta é a hipótese lançada por alguns cientistas norte-americanos e alguns médicos franceses também estão liderando este caminho na luta contra o autismo.
200 adultos jovens com autismo já se beneficiaram com estes tratamentos, aqui está a matéria de Claudine e Gilbert Pasquier Antoine.
(Duas crianças, com idades entre cerca de 10, estão jogando tranquilamente dentro da casa eles também estão juntos conversando muito "normalmente")
Comentário: Nada incomum é notado com o menino mais jovem, ele é falante e está à vontade na frente da câmera, mas ele é autista. À sua mãe foi dado um diagnóstico oficial em 2008, após muitos anos de ponderações ansiosas. Alexandre de repente parou de se comunicar quando ele tinha 18 meses de idade.
Laurence Raguenet (mãe de Alexandre): «ele se fechou em si mesmo, ele não prestava mais atenção ao que lhe perguntavam, ele parecia perdido em seus pensamentos, perdido em seu próprio mundo, podíamos ver que ele não prestava atenção, ele era totalmente ausente.
Comentário: Nessa época, ele também tinha olheiras sob seus olhos, ele sofria de dores de cabeça, eczema e coceira, que o faziam se sentir exausto. Hoje seus problemas de saúde praticamente desapareceram. Com a obtenção de toda a sua energia de volta, o menino também recuperou o gosto pela aprendizagem.
Ele deve esta metamorfose completa a um médico que descobriu o culpado por seus problemas: a doença de Lyme causada por bactérias transmitidas por carrapatos. Tratar esta infecção crônica teve efeitos positivos inesperadamente.
Dr. Philippe Raymond (um membro de um grupo de médicos e cientistas chamados CHRONIMED): «Alexandre recebeu cursos regulares de antibióticos. Os cursos foram ministrados regularmente durante o primeiro período de 6 meses, mas a frequência dos cursos diminuiu após isso e a partir do segundo ano ele começou a sofrer recaídas (sim, às vezes há recaídas).
Comentário: Alguns médicos na França prescreve medicamentos anti-infecciosos para crianças autistas, os resultados são surpreendentes, entre 200 casos tratados em 6 anos, 4 de 5 crianças vêem os seus sintomas desaparecerem ou regredirem fortemente" Dr. Philippe Raymond:« Quando funciona, os resultados sobre os sintomas comportamentais e cognitivos são óbvios em apenas 3 meses. No primeiro mês, eu já vejo que essas crianças já têm uma visão mais serena da vida, eles sorriem, os seus rostos ficam mais relaxados, eles não se comportam tão mal, eles já não estão tão doentes »Alexandre avançou incrivelmente rápido na escola e também com a fonoaudióloga. Sylvie Manternach-Bancel (fonoaudióloga): «Eu posso ver a diferença entre quando faz uso de antibióticos e quando ele não faz uso por um tempo. Recentemente, nas últimas 2 semanas, Alexandre tornou-se perturbado novamente, ele foi um pouco agressivo, ele era um pouco mais delicado. Quando falei com sua mãe, ela confirmou que ele não tinha qualquer tratamento por 3 ou 4 meses, e que ela sentiu que os efeitos estavam começando a se desgastar, então talvez esteja na hora dele ser tratado novamente com outra dose de antibióticos.No subúrbio parisiense de Jouy-en-Josas, o professor Luc Montagnier está investigando a hipótese infecciosa. O pesquisador desenvolveu um método inovador que lhe permite detectar infecções latentes no sangue dos jovens com autismo.
Prof. Luc Montagnier, Prêmio Nobel de Medicina: «nós achamos que são bactérias que vêm da mucosa intestinal e que, quando a inflamação está presente, escoará através da mucosa muito frágil para a corrente sanguínea e produzem toxinas que podem atingir o cérebro. Esse é o mecanismo que estamos olhando, mas não queremos falar de uma bactéria em particular. O que sabemos é que os sinais que estamos detectando normalmente vêm de bactérias que são patogênicas para o homem.
»Comentário: Esta não é a primeira vez na história da medicina, certas doenças que por muito tempo foram consideradas doenças psiquiátricas, acabaram, de fato, sendo contagiosas, como no caso da sífilis.
Prof Christian Perronne, (Chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário de Garches, Paris-Ouest, membro do Comité de Saúde Pública): "outro exemplo bem mais recente é o de úlceras estomacais que foram consideradas como ligadas ao estresse , pensava-se serem de origem psicossomática, agora se sabe que são devidas à bactéria Helicobacter pylori, que é tratada com 10 dias de antibióticos. Na história da medicina, vemos que muitas doenças podem ser devido aos micróbios, na verdade, depende principalmente da evolução das técnicas de diagnóstico para esses micróbios. »Publicações científicas americanas já estão estabelecendo uma ligação entre autismo e infecções crônicas.
Na França, um grande hospital universitário está prestes a lançar um estudo sobre a eficiência de antibióticos contra o autismo. A mãe do Alexandre já está convencida, aos 10 anos de idade seu filho tem definitivamente seu apetite pela vida de volta.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Vit. D e Autismo - GcMAF e Nagalase:
Por Claudia Marcelino.
Como muitas mães e pais de autistas ao redor do mundo inteiro, eu gosto de ler sobre autismo, estudar e estar a par de todas as pesquisas falando sobre o tema.
Participo de vários grupos de trocas de e-mails e visito páginas e blogs diariamente que tratam sobre o tema, sempre em busca de atualização e respostas de todos os tipos sobre o autismo. Os estudos que mais me interessam são referentes a parte médica da desordem.
Quando acompanhamos as notícias que pipocam na mídia todos os dias, verificamos que elas são tão abrangentes como o próprio autismo, relatam descobertas ou na maioria das vezes, relatam constatação de problemas na área genética, imunológica, gastrintestinal, celular, cerebral... sem levar a lugar algum ou mostrar soluções efetivas que contribuam com o bem estar do autista, que aponte com precisão a origem do distúrbio ou que mostre caminhos para remediar, tratar ou prevenir a síndrome.
A anos acompanhando diariamente as notícias, li alguns artigos falando sobre a falta de vit. D em gestantes como possível aumento de risco de desenvolvimento de autismo em bebês, a incidência aumentada em famílias mais ricas em relação a famílias pobres, a regiões e países frios ou chuvosos e baixa incidência de exposição solar... mas tudo sempre muito vago, sem ligar uma coisa a outra ou ir a fundo nas explicações do porque estes dados seriam importantes. Não dei a mínima importância, afinal, que raios uma vitamina que tem a ver com os ossos estaria implicada no autismo?!
Mas a uns 5 meses atrás quando comecei a tomar conhecimento das novas investidas do Dr. Jefff Bradstreet através do seu blog numa proteína chamada GcMAF, passei a ler cada vez mais sobre o assunto que acaba levando a vitamina D e a cabeça foi fervilhando com tanta informação. Um artigo foi puxando a outro e mais outro e mais outro ... uau! Quanta informação importante! Dr. Bradstreet, um médico DAN dos mais requisitados e com vasta experiência, diz que esta descoberta envolvendo o autismo é o que lhe aconteceu de mais importante nos últimos 15 anos!
E eu fiquei muito surpresa em descobrir que a vitamina D exerce controle sobre o sistema imunológico inato e adquirido, a sulfatação, a expressão genética, a resposta a todo tipo de fator ambiental, o crescimento celular com a diferenciação de células e a apoptose ... simplesmente tudo o que vemos envolvido no autismo.
O meu objetivo com estas postagens que serão divididas porque o assunto é extenso, é organizar as idéias envolvendo todos os tópicos da vitamina D e suas implicações no autismo, gerar informação para que possamos juntos com nossos médicos, chegar a formas efetivas de tratar nossas crianças e contribuir para a melhora das suas qualidades de vida.
De forma alguma quero transformar a vitamina D numa panacéia curadora de todos os males, mas contribuir de alguma forma para que seu valor e importância no caso seja reconhecido e direcionado de acordo.
Então vamos começar pelo começo: os trabalhos do Dr. Bradstreet com a GcMAF.
Não sei como e nem por quê o Dr. Bradstreet começou a testar seus pacientes autistas para medir os níveis de nagalase.
Nagalase é uma enzima secretada por células cancerígenas. Esta enzima inibe a proteína receptora de vit D que ativa os macrófagos, a GcMAF, de forma que o sistem imunológico não reconheça o perigo deixando-as livres para se proliferarem.
Talvez o Dr. Bradstreet tenha tido o insight de testar seus pacientes autistas porque além de células cancerígenas, vírus, bactérias e fungos também segregam esta enzima nagalase provocando o mesmo mecanismo de inativação de macrófagos. Sabemos que vírus, bactérias e fungos estão intimamente ligados ao autismo. Vírus liberam esta enzima nagalase como uma substância paralisante que permite não resistência para a sua entrada na célula minando a reação imunológica e permitindo a permanência do estado viral.
Com 400 pacientes testados, 80% deles apresentaram altas taxas de nagalase, o mesmo índice de pacientes com câncer e aids! 80% destes pacientes também apresentam baixos índices críticos de vitamina D.
GcMAF e Vit D:
A Proteína Derivadora de Ativação de Macrófagos, também conhecida como Proteína Ligadora de Vitamina D (VDBP), é produzida naturalmente no nosso fígado, em seguida, secretada para a corrente sanguínea. Uma das muitas funções da GcMAF é doar um dos seus muitos açúcares para um macrófago, que, por sua vez, irá tornar-se ativado. Macrófagos (do grego: grande comedor) são células do sistema imunológico responsáveis por destruir, comer elementos patogênicos e estranhos ao corpo além de restos de células mortas, num processo conhecido como fagocitose. No cérebro estas células são chamadas de micróglias.
Com a proteína ativadora desses macrófagos imobilizada pela nagalase, o cérebro torna-se susceptível a todo tipo de danos por substâncias que não deveriam estar lá.
Neste vídeo tem uma explicação simples de como a GcMAF é desativada por patógenos que ataca as suas moléculas de açúcar:
A GcMAF ou VDBP anda de braços dados com a vitamina D: quanto mais vitamina D, mais VDBP. Deficiência ou níveis insuficientes de vitamina D, níveis insuficientes de VDBP ou GcMAF que ainda na presença de vírus, bactérias ou fungos não os combaterão.
Todas as células cerebrais possuem receptores de vitamina D.
Nosso corpo é uma máquina perfeita e certamente ela deve ser muito importante para a regulação das funções cerebrais.
Nesta palestra do Dr. Carlos Pardo ele explica o sistema imunitário cerebral e o papel das micróglias. Por ser um latino falando inglês, é fácil de entender sua palestra, para quem sabe inglês claro, já que a palestra não apresenta legendas.
Bactérias intestinais produzem uma certa quantia de nagalase. É normal apresentarmos níveis inferiores a 0.8.
Este nível é considerado para bactérias probióticas que as produzem para se manterem vivas e livres de serem destruídas pelos macrófagos.
O interessante é que mães de autistas também apresentam níveis anormais de nagalase. Como sabemos que cerca de 90% das mulheres atualmente apresentam disbiose intestinal, muito provavelmente estes altos índices estão vindo da presença de bactérias patogênicas.
Então aqui já temos dois fatores de risco para nosas crianças:
- Baixos níveis de vitamina D na vida intrauterina com sequência na 1ª infância e flora bacteriana anormal herdada pela mãe.
Assim como a nagalase permite a proliferação de células cancerígenas, no caso de nossas crianças ela está certamente mantendo a inflamação cerebral.
Daí, concluí que a nagalase pode ser um importante biomarcador de inflamação cerebral.
A estratégia do Dr. Bradstreet é suplementar com GcMAF, sim ela pode ser feita em laboratório e, trazer os níves de nagalase a níveis normais utilizando uma proteína que o próprio sistema imunológico fabrica para se defender. Isto indicaria que o sistema imunológico estaria trabalhando corretamente se livrando dos patógenos, se livrando da inflamação e enviando os sinais corretos para o restante do sistema.
A partir daí ele trabalha com trasplante de células tronco na tentativa de recompor os danos que já foram causados.
Este tratamento é caro, experimental, complicado e ninguém sabe no que vai dar, apesar das crianças estarem apresentando respostas satisfatórias. São tentativas de pôr as coisas no rumo. É praticamente inviável para a maioria das pessoas:
- A nagalase só é testada num laboratório na Holanda com filial em New Jersey nos EUA;
- A GcMAF só é vendida na Europa (Holanda) por 660 euros para uma média de 8 aplicações;
- A GcMAF é altamente susceptível a temperatura ambiente o que gera um grande risco no transporte para locais distantes;
- Não temos médicos qualificados para acompanhar o tratamento. Só quem está aplicando este tratamento no autismo é o Dr. Bradstreet.
- A resposta ao tratamento depende da expressão genética dos genes VDR, dependendo das mutações apresentadas pelo paciente é que serão calculadas as doses que deverão ser utilizadas. Isto implica num teste genético de nutrigenoma, só feito nos EUA, o que significa mais um gasto e de acordo com o resultado, o tratamento pode quadruplicar as despesas de medicação.
Mas... podemos aproveitar boa parte de toda essa história:
- A vitamina D é crucial para o desenvolvimento saudável e prognóstico de nossas crianças. É importante suplementá-la na gravidez e mantê-la em níveis adequados. Há uma grande discussão ainda entre os médicos do que seriam estes níveis óptimos, mas vale a pena se esforçar para descobrir. Os mais comedidos falam entre 50ng/ml a 80ng/ml e os mais entusiastas falam entre 60 e 160ng/ml;
- A GcMAF é produzida pelo fígado. Muitas de nossas crianças estão com o fígado sobrecarregado por deficiência de glutationa, problemas com desentoxicação e sulfatação. Cuidar do fígado e mantê-lo saudável, seria então de extrema importância no autismo;
- Exstem dezenas de tratamentos biomédicos disponíveis e muitas vezes eles são necessários até mesmo para clarear a situação e perceber qual o grande problema da criança, mas não devemos nos distanciar do foco: o que estaria gerando todos os sintomas da encefalopatite autística seriam: vírus, ou bactérias ou fungos, ou até mesmo, tudo junto!
- De acordo com o Prof. Marco Ruggiero, o aspartame pode interromper a função da GcMAF, assim como os corantes carragena E407 e E407a;
- Vitamina C ou curcúma ajudam a implementar o sistema imunológico;
- Faça uma alimentação que beneficie o seu sistema imunológico: alimentação fresca e saudável rica em lipídeos. Fique longe de açúcar, amidos, grãos. Uma dieta alcalina ajuda muito.
Kent Heceknlively, pai de uma menina com autismo que contribui com artigos para o blog "Age of Autism", relata uma experiência muito interessante com sua filha:
Ela não é paciente do Dr. Bradstreet, mas em maio de 2001 ele fez o exame para testar sua nagalase já que ele estava desesperado com uma série de convulsões intensas, ela apresentou um resultado de 3.3 (normal seria entre 0.35 a 0.95).
Para controlar as convulsões, eles iniciaram a dieta cetogênica.
As convulsões diminuíram em 80%, as fezes se normalizaram e ao retestar a nagalase 4 meses depois, os níveis tinham baixado para 1.7, ainda alto, mas com uma grande queda em pouco tempo. Isto levou-o a concluir que uma dieta baixa no consumo de carboidratos exerce controle sobre a carga viral.
Concluindo, mesmo que não tenhamos acesso ao tratamento do Dr. Bradstreet, podemos através das soluções apresentadas, diminuir ou até mesmo cessar o impacto inflamatório no cérebro de nossas crianças.
Referências:
O que é GcMAF: http://www.gc-maf.de/en/what-is-gcmaf.html
Informações sobre tratamento com GcMAF:
http://www.gcmaf.eu/info/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=18&Itemid=23
Vit D e Câncer: http://www.naturalnews.com/031577_vitamin_D_scientific_research.html
Vitamina D e seu papel no sistema imunológico: http://www.fasebj.org/content/15/14/2579.full
Blog do Dr. Bradstreet: http://drbradstreet.org/
Blog Age of Autism: http://www.ageofautism.com/2011/10/dr-bradstreet-nagalase-and-the-viral-issue-in-autism.html
Vit D, Autismo e doenças da civilização moderna: http://www.wholefoodsmagazine.com/columns/vitamin-connection/new-research-vitamin-d-part-5-vitamin-d-autism-and-other-childhood
GcMAF e Imunoterapia 1ª e 2ª parte:
Como muitas mães e pais de autistas ao redor do mundo inteiro, eu gosto de ler sobre autismo, estudar e estar a par de todas as pesquisas falando sobre o tema.
Participo de vários grupos de trocas de e-mails e visito páginas e blogs diariamente que tratam sobre o tema, sempre em busca de atualização e respostas de todos os tipos sobre o autismo. Os estudos que mais me interessam são referentes a parte médica da desordem.
Quando acompanhamos as notícias que pipocam na mídia todos os dias, verificamos que elas são tão abrangentes como o próprio autismo, relatam descobertas ou na maioria das vezes, relatam constatação de problemas na área genética, imunológica, gastrintestinal, celular, cerebral... sem levar a lugar algum ou mostrar soluções efetivas que contribuam com o bem estar do autista, que aponte com precisão a origem do distúrbio ou que mostre caminhos para remediar, tratar ou prevenir a síndrome.
A anos acompanhando diariamente as notícias, li alguns artigos falando sobre a falta de vit. D em gestantes como possível aumento de risco de desenvolvimento de autismo em bebês, a incidência aumentada em famílias mais ricas em relação a famílias pobres, a regiões e países frios ou chuvosos e baixa incidência de exposição solar... mas tudo sempre muito vago, sem ligar uma coisa a outra ou ir a fundo nas explicações do porque estes dados seriam importantes. Não dei a mínima importância, afinal, que raios uma vitamina que tem a ver com os ossos estaria implicada no autismo?!
Mas a uns 5 meses atrás quando comecei a tomar conhecimento das novas investidas do Dr. Jefff Bradstreet através do seu blog numa proteína chamada GcMAF, passei a ler cada vez mais sobre o assunto que acaba levando a vitamina D e a cabeça foi fervilhando com tanta informação. Um artigo foi puxando a outro e mais outro e mais outro ... uau! Quanta informação importante! Dr. Bradstreet, um médico DAN dos mais requisitados e com vasta experiência, diz que esta descoberta envolvendo o autismo é o que lhe aconteceu de mais importante nos últimos 15 anos!
E eu fiquei muito surpresa em descobrir que a vitamina D exerce controle sobre o sistema imunológico inato e adquirido, a sulfatação, a expressão genética, a resposta a todo tipo de fator ambiental, o crescimento celular com a diferenciação de células e a apoptose ... simplesmente tudo o que vemos envolvido no autismo.
O meu objetivo com estas postagens que serão divididas porque o assunto é extenso, é organizar as idéias envolvendo todos os tópicos da vitamina D e suas implicações no autismo, gerar informação para que possamos juntos com nossos médicos, chegar a formas efetivas de tratar nossas crianças e contribuir para a melhora das suas qualidades de vida.
De forma alguma quero transformar a vitamina D numa panacéia curadora de todos os males, mas contribuir de alguma forma para que seu valor e importância no caso seja reconhecido e direcionado de acordo.
Então vamos começar pelo começo: os trabalhos do Dr. Bradstreet com a GcMAF.
Não sei como e nem por quê o Dr. Bradstreet começou a testar seus pacientes autistas para medir os níveis de nagalase.
Nagalase é uma enzima secretada por células cancerígenas. Esta enzima inibe a proteína receptora de vit D que ativa os macrófagos, a GcMAF, de forma que o sistem imunológico não reconheça o perigo deixando-as livres para se proliferarem.
Talvez o Dr. Bradstreet tenha tido o insight de testar seus pacientes autistas porque além de células cancerígenas, vírus, bactérias e fungos também segregam esta enzima nagalase provocando o mesmo mecanismo de inativação de macrófagos. Sabemos que vírus, bactérias e fungos estão intimamente ligados ao autismo. Vírus liberam esta enzima nagalase como uma substância paralisante que permite não resistência para a sua entrada na célula minando a reação imunológica e permitindo a permanência do estado viral.
Com 400 pacientes testados, 80% deles apresentaram altas taxas de nagalase, o mesmo índice de pacientes com câncer e aids! 80% destes pacientes também apresentam baixos índices críticos de vitamina D.
GcMAF e Vit D:
A Proteína Derivadora de Ativação de Macrófagos, também conhecida como Proteína Ligadora de Vitamina D (VDBP), é produzida naturalmente no nosso fígado, em seguida, secretada para a corrente sanguínea. Uma das muitas funções da GcMAF é doar um dos seus muitos açúcares para um macrófago, que, por sua vez, irá tornar-se ativado. Macrófagos (do grego: grande comedor) são células do sistema imunológico responsáveis por destruir, comer elementos patogênicos e estranhos ao corpo além de restos de células mortas, num processo conhecido como fagocitose. No cérebro estas células são chamadas de micróglias.
Com a proteína ativadora desses macrófagos imobilizada pela nagalase, o cérebro torna-se susceptível a todo tipo de danos por substâncias que não deveriam estar lá.
Neste vídeo tem uma explicação simples de como a GcMAF é desativada por patógenos que ataca as suas moléculas de açúcar:
A GcMAF ou VDBP anda de braços dados com a vitamina D: quanto mais vitamina D, mais VDBP. Deficiência ou níveis insuficientes de vitamina D, níveis insuficientes de VDBP ou GcMAF que ainda na presença de vírus, bactérias ou fungos não os combaterão.
Todas as células cerebrais possuem receptores de vitamina D.
Nosso corpo é uma máquina perfeita e certamente ela deve ser muito importante para a regulação das funções cerebrais.
Nesta palestra do Dr. Carlos Pardo ele explica o sistema imunitário cerebral e o papel das micróglias. Por ser um latino falando inglês, é fácil de entender sua palestra, para quem sabe inglês claro, já que a palestra não apresenta legendas.
Bactérias intestinais produzem uma certa quantia de nagalase. É normal apresentarmos níveis inferiores a 0.8.
Este nível é considerado para bactérias probióticas que as produzem para se manterem vivas e livres de serem destruídas pelos macrófagos.
O interessante é que mães de autistas também apresentam níveis anormais de nagalase. Como sabemos que cerca de 90% das mulheres atualmente apresentam disbiose intestinal, muito provavelmente estes altos índices estão vindo da presença de bactérias patogênicas.
Então aqui já temos dois fatores de risco para nosas crianças:
- Baixos níveis de vitamina D na vida intrauterina com sequência na 1ª infância e flora bacteriana anormal herdada pela mãe.
Assim como a nagalase permite a proliferação de células cancerígenas, no caso de nossas crianças ela está certamente mantendo a inflamação cerebral.
Daí, concluí que a nagalase pode ser um importante biomarcador de inflamação cerebral.
A estratégia do Dr. Bradstreet é suplementar com GcMAF, sim ela pode ser feita em laboratório e, trazer os níves de nagalase a níveis normais utilizando uma proteína que o próprio sistema imunológico fabrica para se defender. Isto indicaria que o sistema imunológico estaria trabalhando corretamente se livrando dos patógenos, se livrando da inflamação e enviando os sinais corretos para o restante do sistema.
A partir daí ele trabalha com trasplante de células tronco na tentativa de recompor os danos que já foram causados.
Este tratamento é caro, experimental, complicado e ninguém sabe no que vai dar, apesar das crianças estarem apresentando respostas satisfatórias. São tentativas de pôr as coisas no rumo. É praticamente inviável para a maioria das pessoas:
- A nagalase só é testada num laboratório na Holanda com filial em New Jersey nos EUA;
- A GcMAF só é vendida na Europa (Holanda) por 660 euros para uma média de 8 aplicações;
- A GcMAF é altamente susceptível a temperatura ambiente o que gera um grande risco no transporte para locais distantes;
- Não temos médicos qualificados para acompanhar o tratamento. Só quem está aplicando este tratamento no autismo é o Dr. Bradstreet.
- A resposta ao tratamento depende da expressão genética dos genes VDR, dependendo das mutações apresentadas pelo paciente é que serão calculadas as doses que deverão ser utilizadas. Isto implica num teste genético de nutrigenoma, só feito nos EUA, o que significa mais um gasto e de acordo com o resultado, o tratamento pode quadruplicar as despesas de medicação.
Mas... podemos aproveitar boa parte de toda essa história:
- A vitamina D é crucial para o desenvolvimento saudável e prognóstico de nossas crianças. É importante suplementá-la na gravidez e mantê-la em níveis adequados. Há uma grande discussão ainda entre os médicos do que seriam estes níveis óptimos, mas vale a pena se esforçar para descobrir. Os mais comedidos falam entre 50ng/ml a 80ng/ml e os mais entusiastas falam entre 60 e 160ng/ml;
- A GcMAF é produzida pelo fígado. Muitas de nossas crianças estão com o fígado sobrecarregado por deficiência de glutationa, problemas com desentoxicação e sulfatação. Cuidar do fígado e mantê-lo saudável, seria então de extrema importância no autismo;
- Exstem dezenas de tratamentos biomédicos disponíveis e muitas vezes eles são necessários até mesmo para clarear a situação e perceber qual o grande problema da criança, mas não devemos nos distanciar do foco: o que estaria gerando todos os sintomas da encefalopatite autística seriam: vírus, ou bactérias ou fungos, ou até mesmo, tudo junto!
- De acordo com o Prof. Marco Ruggiero, o aspartame pode interromper a função da GcMAF, assim como os corantes carragena E407 e E407a;
- Vitamina C ou curcúma ajudam a implementar o sistema imunológico;
- Faça uma alimentação que beneficie o seu sistema imunológico: alimentação fresca e saudável rica em lipídeos. Fique longe de açúcar, amidos, grãos. Uma dieta alcalina ajuda muito.
Kent Heceknlively, pai de uma menina com autismo que contribui com artigos para o blog "Age of Autism", relata uma experiência muito interessante com sua filha:
Ela não é paciente do Dr. Bradstreet, mas em maio de 2001 ele fez o exame para testar sua nagalase já que ele estava desesperado com uma série de convulsões intensas, ela apresentou um resultado de 3.3 (normal seria entre 0.35 a 0.95).
Para controlar as convulsões, eles iniciaram a dieta cetogênica.
As convulsões diminuíram em 80%, as fezes se normalizaram e ao retestar a nagalase 4 meses depois, os níveis tinham baixado para 1.7, ainda alto, mas com uma grande queda em pouco tempo. Isto levou-o a concluir que uma dieta baixa no consumo de carboidratos exerce controle sobre a carga viral.
Concluindo, mesmo que não tenhamos acesso ao tratamento do Dr. Bradstreet, podemos através das soluções apresentadas, diminuir ou até mesmo cessar o impacto inflamatório no cérebro de nossas crianças.
Referências:
O que é GcMAF: http://www.gc-maf.de/en/what-is-gcmaf.html
Informações sobre tratamento com GcMAF:
http://www.gcmaf.eu/info/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=18&Itemid=23
Vit D e Câncer: http://www.naturalnews.com/031577_vitamin_D_scientific_research.html
Vitamina D e seu papel no sistema imunológico: http://www.fasebj.org/content/15/14/2579.full
Blog do Dr. Bradstreet: http://drbradstreet.org/
Blog Age of Autism: http://www.ageofautism.com/2011/10/dr-bradstreet-nagalase-and-the-viral-issue-in-autism.html
Vit D, Autismo e doenças da civilização moderna: http://www.wholefoodsmagazine.com/columns/vitamin-connection/new-research-vitamin-d-part-5-vitamin-d-autism-and-other-childhood
GcMAF e Imunoterapia 1ª e 2ª parte:
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
O que posso fazer para ajudar meu filho com autismo?
Achei esta matéria incrível! Elucidativa e inspiradora. Pude entender melhor a cascata de eventos que se sucede no autismo e porque em muitos casos ele vai se agravando ao longo do tempo. Compreendi como meu filho chegou aonde chegou, com comprometimento nas 3 áreas descritas: gastrintestinal, imunológica e mitocondrial. Portanto, não poderia deixar de traduzir e repassar informações tão esclarecedoras.
O que posso fazer para ajudar meu filho com autismo?
Por Nancy O'Hara, MD e Szakacs Gail, MD
Tradução de Claudia Marcelino de um texto Original da Revista Autism File.
O que é o autismo?
É um transtorno do desenvolvimento caracterizado por problemas com a interação social, a comunicação e comportamentos repetitivos e restritivos?
Sim, mas isso é um rótulo, e não uma verdadeira compreensão.
É um distúrbio cerebral que só é determinado geneticamente e intratável?
Não, é uma doença geneticamente influenciada, ambientalmente disparada no cérebro e no corpo que envolve vários ciclos viciosos e é tratável.
Perturbações do espectro do autismo afetam aproximadamente um em cada 91 crianças nos Estados Unidos e uma em 57 meninos. É mais comum do que a síndrome de Down, espinha bífida, o câncer infantil, e fibrose cística juntas. Um em cada 6 crianças atualmente tem um distúrbio de desenvolvimento ou de comportamento.
Cada um dos nossos filhos é um presente enorme. Nossos presentes no espectro do autismo, estão envoltos em muitas camadas de papel de embrulho. É nosso trabalho começar a desembrulhar cada camada para permitir que os verdadeiros dons de nossos filhos possam brilhar.
Estas camadas de papel de embrulho, os ciclos viciosos, representam problemas no intestino com má digestão, absorção, defeitos nutricionais e disbiose (predomínio de bactérias patogênicas), problemas no sistema imunológico com alergias, inflamação, infecções freqüentes e distúrbios auto-imunes; problemas no sistema de desintoxicação com uma incapacidade de remover os germes, alérgenos, substâncias químicas e metais a partir de seus sistemas, e estresse oxidativo resultante de disfunção mitocondrial.
Todas as nossas crianças vivem em um mundo tóxico. Devido a problemas com o metabolismo da glutationa (a bioquímica de metilação e sulfatação e da sua capacidade para desintoxicar), nossas crianças são muito mais sensíveis às toxinas a que cada um de nós estão expostos diariamente. É como se essas crianças fossem os nossos canários. Onde eu cresci em West Virginia, eles enviavam canários às minas de carvão. Se os canários morressem, isso significava que a mina era muito tóxica para os mineiros. Devido à sua capacidade diminuída ou inabilidade para desintoxicar, as crianças com autismo são nossos canários. Precisamos ajudar nossos filhos a remover estes germes, alérgenos e toxinas de seu sistema, a fim de atingir seu pleno potencial.
Vamos olhar para cada um dos problemas médicos que os nossos filhos podem estar enfrentando. Houveram quatro grandes mudanças ao longo das últimas décadas que eu acredito terem levado à proliferação de autismo. Para os nossos filhos, há uma predisposição genética, exposição de toxinas repetidas, em seguida (quando um feto, a exposição a toxinas maternas, amálgamas, o consumo de peixe, e as vacinas, e quando um bebê e criança, exposição a antibióticos, vacinas, e toxinas em nosso ambiente e alimentos). Há a deterioração nutricional, alimentos com agrotóxicos, processados e refinados.
"Há um aumento no número de vacinas a partir de 3 para 34 durante a infância e primeira infância. Finalmente, e mais importante para os nossos filhos, há um aumento da susceptibilidade a todas estas toxinas devido a uma diminuição na sua capacidade de desintoxicar devido à disfunção metabólica, incluindo o aumento do estresse oxidativo e depleção de glutationa, bem como a disfunção mitocondrial. Existem vários sinais clínicos que indicam que essas crianças têm maior susceptibilidade na infância e primeira infância.
Então, onde começamos? Com cada criança: olhe o que ele ou ela pode precisar receber ou se livrar para atingir seu pleno potencial.
Ele ou ela pode precisar de mais nutrientes, enzimas, ou antioxidantes como vitaminas A, C, D e E e glutationa. Ele ou ela pode precisar se livrar de germes, tais como leveduras ou vírus, alérgenos, como glúten ou alimentos fenólicos, ou metais como chumbo ou mercúrio. Isso pode ser um processo difícil, mas começaremos por construir a fundação, e construir um passo de cada vez. Vamos começar com o intestino.
Como Emerson disse: "O que está por trás de nós e o que está diante de nós são pequenas coisas em comparação com o que está dentro de nós." Ele poderia estar se referindo ao intestino. Sempre que começamos uma discussão sobre o tratamento do autismo, é preciso começar com o intestino. Muitas de nossas crianças têm problemas com inflamação intestinal (uma mucosa intestinal vermelha e inflamada), com disbiose (muitos maus germes, em comparação com os germes bons) e permeabilidade anormal (por causa dos germes e da inflamação, moléculas ou alérgenos atravessam a mucosa intestinal provocando alergias e sensibilidades).
Quais são algumas das pistas que o meu filho pode ter problemas de intestino?
■ Dificuldade na amamentação
■ cólica persistente
■ refluxo gastroesofágico
■ Sensibilidades alimentares
■ Falta de crescimento
■ Nádegas com marcas ou sinais
■ História de antibióticos freqüentes
■ Postura anormal
■ Manipulação da genitália / coceira anal
■ Comportamento auto-lesivo
■ Birras inexplicáveis / choros
■ Irritabilidade (especialmente antes de evacuações)
■ Pouco sono
■ Diarréia
■ Constipação
■ Inchaço
■ Dor
Como o Dr. Michael Gershon aponta em seu livro O Segundo Cérebro, tudo que nos alimenta e alimenta o nosso cérebro passa por nossa flora intestinal. Quando falamos de problemas neurológicos, como autismo, devemos primeiro começar no intestino. Então, o que a limpeza do intestino significa? Primeiro, significa tratar a constipação. Não podemos absorver e utilizar adequadamente os nutrientes ou eliminar as toxinas, a menos que tenhamos movimentos intestinais regulares e diários. A constipação é um obstáculo para todas as outras opções terapêuticas. Então, primeiro devemos restabelecer um padrão rítmico do intestino e reparado e, em seguida, olhar para as causas subjacentes tais como a retenção voluntária, negligência ou espasmos do cólon, ou flora anormal (germes).
Guia para tratamento da constipação (Em ordem de sucesso):
■ Fluidos, ameixas
■ Fibra
■ Citrato de magnésio
■ Vitamina C
■ Senna
■ Óleos(azeite, mineral)
■ Probióticos (germes benéficos)
■ Antimicrobianos / remédios antifúngicos
■ Enemas / supositórios
■ Medicamentos de prescrição
O próximo passo no tratamento do intestino está na mudança da dieta da criança. Não há tal coisa como junk food, ou é lixo ou comida. Ter uma dieta livre de alimentos processados, conservantes, açúcares adicionados e aditivos é essencial. Evite excitotoxinas (por exemplo, a cafeína, glutamato monossódico, e corantes), evitar alimentos fenólicos se o seu filho parece sensível (por exemplo, uvas e morangos), e evitar alimentos alergênicos (crianças viciam naquilo que são sensíveis). Coma orgânicos tanto quanto possível (especialmente frango, pêras, maçãs, pimentões, salsão, morangos, cerejas, uvas, espinafre, alface e batata).
Também pode ser importante remover aqueles alimentos que são mais difíceis de digerir, como glúten, leite e carboidratos complexos (amidos). Se o intestino está inflamado, tem muitos germes maus (disbiose), ou não possui as enzimas adequadas para processar os alimentos, então ele não vai absorvê-los e digerí-los adequadamente.
Pense em um alimento como o leite como uma longa cadeia de clipes. Se o intestino está funcionando bem, em seguida, a cadeia de clipes de papel é dividida, os clipes são separados (aminoácidos) e absorvidos, visto pelo corpo como o leite, e utilizado como combustível de forma adequada para o cérebro. Se as enzimas não estão adequadamente presentes, o intestino está inflamado, ou existem muitos germes patogênicos, então a longa cadeia de clipes de papel é apenas dividida em cadeias menores. Esta cadeia (chamada de peptídeo) é vista pelo organismo como um alérgeno, algo estranho, não é utilizada de forma eficaz pelo organismo, e pode imitar outros opiáceos como moléculas levando a sintomas de confusão mental, cognição pobre e comportamentos anormais, como hiperatividade e rigidez. Tudo isso acontece porque o corpo não pode efetivamente quebrar certos alimentos e usá-los como combustível.
Se as medidas acima, incluindo a remoção de alimentos alergénicos, bem como a caseína (100% durante pelo menos 3 semanas) e glúten (100% durante pelo menos 3 meses), não ajudar a aliviar os sintomas comportamentais ou curar o intestino, em seguida, considere tentar outras dietas, tais como:
- GAPS (sugerida pela Dra. Natasha Campbell-McBride),
- BED (Dieta da ecologia corporal por Donna Gates), ou
- SCD (™ dieta de carboidratos específicos por Elaine Gottschall).
Essas dietas, a SCD por exemplo, são destinadas a interromper o ciclo de absorção e disbiose por retirar alimentos dos micróbios. Dissacárideos (açúcares complexos) são mais difíceis de digerir, não são imediatamente absorvidos e, por conseguinte, danificam o intestino alimentando os germes maus (levedura, Clostridia, e parasitas). A SCD é feita apenas de açúcares simples em frutas, vegetais e mel, bem como carnes e outras proteínas para curar o intestino e, eventualmente, permitir uma boa digestão.
Além de problemas de intestino, nossas crianças também podem ter indícios de irregularidades no sistema imunológico, tais como história familiar de doença auto-imune (tireoidite, diabetes, doença inflamatória do intestino); ouvido crônico, sinusite e infecções da garganta, e alergias alimentares e ambientais ou sensibilidades. Eles também podem ter evidências de piora sazonal dos sintomas comportamentais e / ou melhoria cognitiva com febres. Estes são os sinais de alteração no sistema imunológico.
Indícios de alteração no sistema imunológico:
■ Eczema
■ Olheiras alérgicas
■ Rinite alérgica
■ Respiração bucal crônica
■ Apnéia do sono
■ Asma
■ Verrugas
■ Molusco contagioso
■ Herpes
■ Infecções fúngicas da pele
Se seu filho tiver provas de desregulação imune, o primeiro passo ainda está em curar o intestino. Outras opções a considerar podem ser anti-inflamatórios (uma criança cujas birras diminuem com o ibuprofeno é um bom candidato para posterior investigação e tratamento do sistema imunológico) e de outros imunomoduladores (por exemplo, TSO, gamaglobulinas, agonistas PPAR, Pycnogenol, a curcumina , ácidos graxos essenciais, quercetina e urtiga, para citar alguns).
Além dos problemas do intestino e imunológico, as crianças podem também ter problemas metabólicos. Problemas metabólicos são defeitos nas vias bioquímicas do nosso corpo que o estresse causa.
Por exemplo, como a pesquisa da Dra. S. Jill James tem mostrado, sabemos que a química de metilação (o processo de tomada de alimento - metionina - e transformá-lo em homocisteína e, em seguida, em última análise, a glutationa) está danificado em nossas crianças. Um local da lesão nesta via é metionina sintetase (MS) que recicla homocisteína de volta para metionina e é propensa a danos por mercúrio e outros metais pesados. Como resultado desta lesão, temos pouca metionina. Como uma outra consequência, há uma falta de glutationa (a molécula sulfurosa pegajosa que é nosso principal desintoxicante e antioxidante). A escassez de glutationa resulta em mais estresse oxidativo. É aí que o ácido folínico, a metil B-12, e os outros doadores metílicos (como betaína a / k / a TMG ou trimethylglycine) são necessários para tratar problemas subjacentes. Antioxidantes, tais como vitaminas A, E C, D, e, especialmente a glutationa são essenciais na diminuição do stress oxidativo.
Quando há estresse oxidativo, há aumento da susceptibilidade às toxinas, produtos químicos, metais pesados e pesticidas, aumento da susceptibilidade a alergias e infecções, e diminuição da produção de glutationa e fluxo aumentado de toxinas. E tudo isso leva a uma disfunção mitocondrial. As mitocôndrias são as células de energia do nosso corpo e são fundamentais para todos os processos, neurológicos e outras. A função mitocondrial é afetada por metais pesados (mercúrio, arsênio, chumbo, cádmio, alumínio), pesticidas, PCBs, germes e infecções, má nutrição e estresse oxidativo / glutationa reduzida.
Indícios de disfunção mitocondrial incluem:
■ Baixo tônus muscular - sucção fraca, salivação excessiva, controle pobre cabeça
■ Constipação
■ PICA
■ Os distúrbios do movimento - e todos os distúrbios de postura
■ Hipotonia / hipertonia
■ Convulsões (agudas, recorrentes, hipoglicemia)
■ Juntas e articulações hiperflexíveis
■ Baixa tolerância física
■ Costas curvadas quando sentado
■ Dificuldade de se situar no espaço
■ Dificuldades motoras finas e grossas
■ Pobre coordenação olho-mão
■Atrasos na linguagem expressiva e receptiva
■ Dismotilidade gastrointestinal, constipação, refluxo
■ Enxaquecas
■ Sudorese anormal
Os sintomas neurológicos de disfunção mitocondrial podem ser fixados ou aumentados durante o estresse (por exemplo, jejum, infecções, exercícios). Os sintomas podem ser devido a perturbações do metabolismo da gordura e carboidratos(tal como com intestino má absorção e disbiose), hipoglicemia (o cérebro depende de um fornecimento contínuo de açúcar / glucose para o combustível), e produção de radicais livres (como no stress oxidativo).
Embora tenha sido originalmente pensado que apenas uma pequena percentagem de crianças com autismo tinham disfunção mitocondrial, estudos recentes indicam que os números podem exceder 40-50% das nossas crianças. Um estudo realizado por Shoffner indicou que 78% das crianças com ASD tinham defeitos da fosforilação oxidativa, um tipo de disfunção mitocondrial.
Portanto, se, além de problemas gastrintestinais e disfunção imunológica, você suspeitar que há disfunção mitocondrial, os seguintes laboratórios e intervenções devem ser considerados:
Labs - mitocondrial
Elevação isolada de AST ou ALT
Piruvato, lactato (soro, LCR)
Amônia
Creatinina quinase
Aminoácidos Comparação elevada (alanina: lisina> 2,5)
Ácidos orgânicos (elevação metabólitos de ácidos graxos)
Carnitina, livre e total
Biópsia de pele (fibroblastos - 50% imprecisa)
Biópsia muscular (histiopath, EM, mtDNSA, OXPHOS)
Intervenções mitocondriais / "Cocktail"
■ CoQ10
■ Carnitina
■ Riboflavina
■ antioxidantes (vitaminas A, C, D, E, e GSH)
■ B-6 e magnésio
■ Outros vitaminas do complexo B (B-12, o ácido folínico, tiamina)
O que posso fazer para ajudar meu filho com autismo?
1. Curar o intestino - constipação, disbiose, inflamação,
2. Evitar o que prejudica - aditivos, toxinas, alérgenos
3. Dar o que cura - nutrientes, probióticos, ácidos graxos essenciais (EFAs)
4. Corrigir problemas metabólicos e mitocondriais - metil B-12, ácido folínico, B-6, magnésio, glutationa reduzida (GSH), antioxidantes, anti-inflamatórios.
O autismo é uma etiqueta. Seu filho não é um rótulo, mas uma pessoa que sofre de problemas médicos que precisam ser descobertos, direcionados e tratados. Encontre estas pistas em seu filho, e participe de grupos de outras crianças e famílias que ajudem você a embarcar em sua jornada. Procure um médico para discutir todos os sinais, testes e intervenções para o seu filho. Confie no seu intestino e do seu filho! Boa sorte na sua jornada em direção à saúde e recuperação de seu filho!
Sistema Gastrintestinal
- Ashwood P, Anthony A, Pellicer AA, Torrente F, Walker-Smith JA, Wakefield AJ. “Intestinal lymphocyte populations in children with regressive autism: evidence for extensive mucosal immunopathology”; J Clin Immunol. 2003 Nov;23(6):504-17.
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- Pellicano R, Bonardi R, Smedile A, Saracco G, Ponzetto A, Lagget M, Morgando A, Balzola F, Bruno M, Marzano A, Ponti V, Debernardi Venon W, Ciancio A, Rizzetto M, Astegiano. “Gastroenterology outpatient clinic of the Molinette Hospital” (Turin, Italy) the 2003-2006 report, M. Minerva Med. 2007 Feb;98(1):19-23.
- Valicenti-McDermott M, McVicar K, Rapin I, Wershil BK, Cohen H, Shinnar S. “Frequency of gastrointestinal symptoms in children with autistic spectrum disorders and association with family history of autoimmune disease”; J Dev Behav Pediatr. 2006 Apr;27(2 Suppl):S128-36.
Sistema Imunológico
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- Dietert RR, Dietert JM . “Potential for early-life immune insult including developmental immunotoxicity in autism and autism spectrum disorders: focus on critical windows of immune vulnerability”; J Toxicol Environ Health B Crit Rev. 2008 Oct;11(8):660-80.
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- Ferrante P, Saresella M, Guerini FR, Marzorati M, Musetti MC, Cazzullo AG. “Significant association of HLA A2-DR11 with CD4 naive decrease in autistic children”; Diabetes Technol Ther. 2003;5(1):67-73.
- Lucarelli S, Frediani T, Zingoni AM, Ferruzzi F, Giardini O, Quintieri F, Barbato M, D’Eufemia P, Cardi E. “Food Allergy and infantile Allergy”; Panminerva Med. 1995 Sep;37(3):137-41.
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- Singh VK, Lin SX, Newell E, Nelson C. “Abnormal measles-mumps-rubella antibodies and CNS autoimmunity in children with autism”; J Biomed Sci. 2002 Jul-Aug;9(4):359-64.
- Vojdani A. “Antibodies as predictors of complex autoimmune diseases”;
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Sistemas Metabólico e Mitocondrial
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O que posso fazer para ajudar meu filho com autismo?
Por Nancy O'Hara, MD e Szakacs Gail, MD
Tradução de Claudia Marcelino de um texto Original da Revista Autism File.
O que é o autismo?
É um transtorno do desenvolvimento caracterizado por problemas com a interação social, a comunicação e comportamentos repetitivos e restritivos?
Sim, mas isso é um rótulo, e não uma verdadeira compreensão.
É um distúrbio cerebral que só é determinado geneticamente e intratável?
Não, é uma doença geneticamente influenciada, ambientalmente disparada no cérebro e no corpo que envolve vários ciclos viciosos e é tratável.
Perturbações do espectro do autismo afetam aproximadamente um em cada 91 crianças nos Estados Unidos e uma em 57 meninos. É mais comum do que a síndrome de Down, espinha bífida, o câncer infantil, e fibrose cística juntas. Um em cada 6 crianças atualmente tem um distúrbio de desenvolvimento ou de comportamento.
Cada um dos nossos filhos é um presente enorme. Nossos presentes no espectro do autismo, estão envoltos em muitas camadas de papel de embrulho. É nosso trabalho começar a desembrulhar cada camada para permitir que os verdadeiros dons de nossos filhos possam brilhar.
Estas camadas de papel de embrulho, os ciclos viciosos, representam problemas no intestino com má digestão, absorção, defeitos nutricionais e disbiose (predomínio de bactérias patogênicas), problemas no sistema imunológico com alergias, inflamação, infecções freqüentes e distúrbios auto-imunes; problemas no sistema de desintoxicação com uma incapacidade de remover os germes, alérgenos, substâncias químicas e metais a partir de seus sistemas, e estresse oxidativo resultante de disfunção mitocondrial.
Todas as nossas crianças vivem em um mundo tóxico. Devido a problemas com o metabolismo da glutationa (a bioquímica de metilação e sulfatação e da sua capacidade para desintoxicar), nossas crianças são muito mais sensíveis às toxinas a que cada um de nós estão expostos diariamente. É como se essas crianças fossem os nossos canários. Onde eu cresci em West Virginia, eles enviavam canários às minas de carvão. Se os canários morressem, isso significava que a mina era muito tóxica para os mineiros. Devido à sua capacidade diminuída ou inabilidade para desintoxicar, as crianças com autismo são nossos canários. Precisamos ajudar nossos filhos a remover estes germes, alérgenos e toxinas de seu sistema, a fim de atingir seu pleno potencial.
Vamos olhar para cada um dos problemas médicos que os nossos filhos podem estar enfrentando. Houveram quatro grandes mudanças ao longo das últimas décadas que eu acredito terem levado à proliferação de autismo. Para os nossos filhos, há uma predisposição genética, exposição de toxinas repetidas, em seguida (quando um feto, a exposição a toxinas maternas, amálgamas, o consumo de peixe, e as vacinas, e quando um bebê e criança, exposição a antibióticos, vacinas, e toxinas em nosso ambiente e alimentos). Há a deterioração nutricional, alimentos com agrotóxicos, processados e refinados.
"Há um aumento no número de vacinas a partir de 3 para 34 durante a infância e primeira infância. Finalmente, e mais importante para os nossos filhos, há um aumento da susceptibilidade a todas estas toxinas devido a uma diminuição na sua capacidade de desintoxicar devido à disfunção metabólica, incluindo o aumento do estresse oxidativo e depleção de glutationa, bem como a disfunção mitocondrial. Existem vários sinais clínicos que indicam que essas crianças têm maior susceptibilidade na infância e primeira infância.
Então, onde começamos? Com cada criança: olhe o que ele ou ela pode precisar receber ou se livrar para atingir seu pleno potencial.
Ele ou ela pode precisar de mais nutrientes, enzimas, ou antioxidantes como vitaminas A, C, D e E e glutationa. Ele ou ela pode precisar se livrar de germes, tais como leveduras ou vírus, alérgenos, como glúten ou alimentos fenólicos, ou metais como chumbo ou mercúrio. Isso pode ser um processo difícil, mas começaremos por construir a fundação, e construir um passo de cada vez. Vamos começar com o intestino.
Como Emerson disse: "O que está por trás de nós e o que está diante de nós são pequenas coisas em comparação com o que está dentro de nós." Ele poderia estar se referindo ao intestino. Sempre que começamos uma discussão sobre o tratamento do autismo, é preciso começar com o intestino. Muitas de nossas crianças têm problemas com inflamação intestinal (uma mucosa intestinal vermelha e inflamada), com disbiose (muitos maus germes, em comparação com os germes bons) e permeabilidade anormal (por causa dos germes e da inflamação, moléculas ou alérgenos atravessam a mucosa intestinal provocando alergias e sensibilidades).
Quais são algumas das pistas que o meu filho pode ter problemas de intestino?
■ Dificuldade na amamentação
■ cólica persistente
■ refluxo gastroesofágico
■ Sensibilidades alimentares
■ Falta de crescimento
■ Nádegas com marcas ou sinais
■ História de antibióticos freqüentes
■ Postura anormal
■ Manipulação da genitália / coceira anal
■ Comportamento auto-lesivo
■ Birras inexplicáveis / choros
■ Irritabilidade (especialmente antes de evacuações)
■ Pouco sono
■ Diarréia
■ Constipação
■ Inchaço
■ Dor
Como o Dr. Michael Gershon aponta em seu livro O Segundo Cérebro, tudo que nos alimenta e alimenta o nosso cérebro passa por nossa flora intestinal. Quando falamos de problemas neurológicos, como autismo, devemos primeiro começar no intestino. Então, o que a limpeza do intestino significa? Primeiro, significa tratar a constipação. Não podemos absorver e utilizar adequadamente os nutrientes ou eliminar as toxinas, a menos que tenhamos movimentos intestinais regulares e diários. A constipação é um obstáculo para todas as outras opções terapêuticas. Então, primeiro devemos restabelecer um padrão rítmico do intestino e reparado e, em seguida, olhar para as causas subjacentes tais como a retenção voluntária, negligência ou espasmos do cólon, ou flora anormal (germes).
Guia para tratamento da constipação (Em ordem de sucesso):
■ Fluidos, ameixas
■ Fibra
■ Citrato de magnésio
■ Vitamina C
■ Senna
■ Óleos(azeite, mineral)
■ Probióticos (germes benéficos)
■ Antimicrobianos / remédios antifúngicos
■ Enemas / supositórios
■ Medicamentos de prescrição
O próximo passo no tratamento do intestino está na mudança da dieta da criança. Não há tal coisa como junk food, ou é lixo ou comida. Ter uma dieta livre de alimentos processados, conservantes, açúcares adicionados e aditivos é essencial. Evite excitotoxinas (por exemplo, a cafeína, glutamato monossódico, e corantes), evitar alimentos fenólicos se o seu filho parece sensível (por exemplo, uvas e morangos), e evitar alimentos alergênicos (crianças viciam naquilo que são sensíveis). Coma orgânicos tanto quanto possível (especialmente frango, pêras, maçãs, pimentões, salsão, morangos, cerejas, uvas, espinafre, alface e batata).
Também pode ser importante remover aqueles alimentos que são mais difíceis de digerir, como glúten, leite e carboidratos complexos (amidos). Se o intestino está inflamado, tem muitos germes maus (disbiose), ou não possui as enzimas adequadas para processar os alimentos, então ele não vai absorvê-los e digerí-los adequadamente.
Pense em um alimento como o leite como uma longa cadeia de clipes. Se o intestino está funcionando bem, em seguida, a cadeia de clipes de papel é dividida, os clipes são separados (aminoácidos) e absorvidos, visto pelo corpo como o leite, e utilizado como combustível de forma adequada para o cérebro. Se as enzimas não estão adequadamente presentes, o intestino está inflamado, ou existem muitos germes patogênicos, então a longa cadeia de clipes de papel é apenas dividida em cadeias menores. Esta cadeia (chamada de peptídeo) é vista pelo organismo como um alérgeno, algo estranho, não é utilizada de forma eficaz pelo organismo, e pode imitar outros opiáceos como moléculas levando a sintomas de confusão mental, cognição pobre e comportamentos anormais, como hiperatividade e rigidez. Tudo isso acontece porque o corpo não pode efetivamente quebrar certos alimentos e usá-los como combustível.
Se as medidas acima, incluindo a remoção de alimentos alergénicos, bem como a caseína (100% durante pelo menos 3 semanas) e glúten (100% durante pelo menos 3 meses), não ajudar a aliviar os sintomas comportamentais ou curar o intestino, em seguida, considere tentar outras dietas, tais como:
- GAPS (sugerida pela Dra. Natasha Campbell-McBride),
- BED (Dieta da ecologia corporal por Donna Gates), ou
- SCD (™ dieta de carboidratos específicos por Elaine Gottschall).
Essas dietas, a SCD por exemplo, são destinadas a interromper o ciclo de absorção e disbiose por retirar alimentos dos micróbios. Dissacárideos (açúcares complexos) são mais difíceis de digerir, não são imediatamente absorvidos e, por conseguinte, danificam o intestino alimentando os germes maus (levedura, Clostridia, e parasitas). A SCD é feita apenas de açúcares simples em frutas, vegetais e mel, bem como carnes e outras proteínas para curar o intestino e, eventualmente, permitir uma boa digestão.
Além de problemas de intestino, nossas crianças também podem ter indícios de irregularidades no sistema imunológico, tais como história familiar de doença auto-imune (tireoidite, diabetes, doença inflamatória do intestino); ouvido crônico, sinusite e infecções da garganta, e alergias alimentares e ambientais ou sensibilidades. Eles também podem ter evidências de piora sazonal dos sintomas comportamentais e / ou melhoria cognitiva com febres. Estes são os sinais de alteração no sistema imunológico.
Indícios de alteração no sistema imunológico:
■ Eczema
■ Olheiras alérgicas
■ Rinite alérgica
■ Respiração bucal crônica
■ Apnéia do sono
■ Asma
■ Verrugas
■ Molusco contagioso
■ Herpes
■ Infecções fúngicas da pele
Se seu filho tiver provas de desregulação imune, o primeiro passo ainda está em curar o intestino. Outras opções a considerar podem ser anti-inflamatórios (uma criança cujas birras diminuem com o ibuprofeno é um bom candidato para posterior investigação e tratamento do sistema imunológico) e de outros imunomoduladores (por exemplo, TSO, gamaglobulinas, agonistas PPAR, Pycnogenol, a curcumina , ácidos graxos essenciais, quercetina e urtiga, para citar alguns).
Além dos problemas do intestino e imunológico, as crianças podem também ter problemas metabólicos. Problemas metabólicos são defeitos nas vias bioquímicas do nosso corpo que o estresse causa.
Por exemplo, como a pesquisa da Dra. S. Jill James tem mostrado, sabemos que a química de metilação (o processo de tomada de alimento - metionina - e transformá-lo em homocisteína e, em seguida, em última análise, a glutationa) está danificado em nossas crianças. Um local da lesão nesta via é metionina sintetase (MS) que recicla homocisteína de volta para metionina e é propensa a danos por mercúrio e outros metais pesados. Como resultado desta lesão, temos pouca metionina. Como uma outra consequência, há uma falta de glutationa (a molécula sulfurosa pegajosa que é nosso principal desintoxicante e antioxidante). A escassez de glutationa resulta em mais estresse oxidativo. É aí que o ácido folínico, a metil B-12, e os outros doadores metílicos (como betaína a / k / a TMG ou trimethylglycine) são necessários para tratar problemas subjacentes. Antioxidantes, tais como vitaminas A, E C, D, e, especialmente a glutationa são essenciais na diminuição do stress oxidativo.
Quando há estresse oxidativo, há aumento da susceptibilidade às toxinas, produtos químicos, metais pesados e pesticidas, aumento da susceptibilidade a alergias e infecções, e diminuição da produção de glutationa e fluxo aumentado de toxinas. E tudo isso leva a uma disfunção mitocondrial. As mitocôndrias são as células de energia do nosso corpo e são fundamentais para todos os processos, neurológicos e outras. A função mitocondrial é afetada por metais pesados (mercúrio, arsênio, chumbo, cádmio, alumínio), pesticidas, PCBs, germes e infecções, má nutrição e estresse oxidativo / glutationa reduzida.
Indícios de disfunção mitocondrial incluem:
■ Baixo tônus muscular - sucção fraca, salivação excessiva, controle pobre cabeça
■ Constipação
■ PICA
■ Os distúrbios do movimento - e todos os distúrbios de postura
■ Hipotonia / hipertonia
■ Convulsões (agudas, recorrentes, hipoglicemia)
■ Juntas e articulações hiperflexíveis
■ Baixa tolerância física
■ Costas curvadas quando sentado
■ Dificuldade de se situar no espaço
■ Dificuldades motoras finas e grossas
■ Pobre coordenação olho-mão
■Atrasos na linguagem expressiva e receptiva
■ Dismotilidade gastrointestinal, constipação, refluxo
■ Enxaquecas
■ Sudorese anormal
Os sintomas neurológicos de disfunção mitocondrial podem ser fixados ou aumentados durante o estresse (por exemplo, jejum, infecções, exercícios). Os sintomas podem ser devido a perturbações do metabolismo da gordura e carboidratos(tal como com intestino má absorção e disbiose), hipoglicemia (o cérebro depende de um fornecimento contínuo de açúcar / glucose para o combustível), e produção de radicais livres (como no stress oxidativo).
Embora tenha sido originalmente pensado que apenas uma pequena percentagem de crianças com autismo tinham disfunção mitocondrial, estudos recentes indicam que os números podem exceder 40-50% das nossas crianças. Um estudo realizado por Shoffner indicou que 78% das crianças com ASD tinham defeitos da fosforilação oxidativa, um tipo de disfunção mitocondrial.
Portanto, se, além de problemas gastrintestinais e disfunção imunológica, você suspeitar que há disfunção mitocondrial, os seguintes laboratórios e intervenções devem ser considerados:
Labs - mitocondrial
Elevação isolada de AST ou ALT
Piruvato, lactato (soro, LCR)
Amônia
Creatinina quinase
Aminoácidos Comparação elevada (alanina: lisina> 2,5)
Ácidos orgânicos (elevação metabólitos de ácidos graxos)
Carnitina, livre e total
Biópsia de pele (fibroblastos - 50% imprecisa)
Biópsia muscular (histiopath, EM, mtDNSA, OXPHOS)
Intervenções mitocondriais / "Cocktail"
■ CoQ10
■ Carnitina
■ Riboflavina
■ antioxidantes (vitaminas A, C, D, E, e GSH)
■ B-6 e magnésio
■ Outros vitaminas do complexo B (B-12, o ácido folínico, tiamina)
O que posso fazer para ajudar meu filho com autismo?
1. Curar o intestino - constipação, disbiose, inflamação,
2. Evitar o que prejudica - aditivos, toxinas, alérgenos
3. Dar o que cura - nutrientes, probióticos, ácidos graxos essenciais (EFAs)
4. Corrigir problemas metabólicos e mitocondriais - metil B-12, ácido folínico, B-6, magnésio, glutationa reduzida (GSH), antioxidantes, anti-inflamatórios.
O autismo é uma etiqueta. Seu filho não é um rótulo, mas uma pessoa que sofre de problemas médicos que precisam ser descobertos, direcionados e tratados. Encontre estas pistas em seu filho, e participe de grupos de outras crianças e famílias que ajudem você a embarcar em sua jornada. Procure um médico para discutir todos os sinais, testes e intervenções para o seu filho. Confie no seu intestino e do seu filho! Boa sorte na sua jornada em direção à saúde e recuperação de seu filho!
Sistema Gastrintestinal
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- Pellicano R, Bonardi R, Smedile A, Saracco G, Ponzetto A, Lagget M, Morgando A, Balzola F, Bruno M, Marzano A, Ponti V, Debernardi Venon W, Ciancio A, Rizzetto M, Astegiano. “Gastroenterology outpatient clinic of the Molinette Hospital” (Turin, Italy) the 2003-2006 report, M. Minerva Med. 2007 Feb;98(1):19-23.
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- Dietert RR, Dietert JM . “Potential for early-life immune insult including developmental immunotoxicity in autism and autism spectrum disorders: focus on critical windows of immune vulnerability”; J Toxicol Environ Health B Crit Rev. 2008 Oct;11(8):660-80.
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Sistemas Metabólico e Mitocondrial
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